DEPOIS DO TEMPORAL, UMA ENXURRADA DE SOLIDARIEDADE Canela e região buscam recuperar-se dos estragos causados pelas fortes chuvas que atingiram o Estado na última semana. Após os temporais, uma enxurrada de ações solidárias está trazendo esperança e fazendo a diferença para as vítimas das chuvas que tiveram que sair de casa. Muitas pessoas e entidades estão engajadas em campanhas de arrecadações de donativos e recursos financeiros. Mais de 300 voluntários foram cadastrados e diariamente um grupo é chamado para dedicar esforços para receber, separar e distribuir doações que estão sendo concentradas no Salão Paroquial. Cada doação é cuidadosamente organizada em kits personalizados, levando em consideração as necessidades específicas dos afetados. Para receber auxílio, as pessoas são encaminhadas aos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) ou ao salão paroquial, onde assistentes sociais estão disponíveis para auxiliar individualmente cada família, garantindo o respeito e a dignidade em meio à adversidade. Além dos esforços locais, a solidariedade se estendeu além das fronteiras de Canela. No último final de semana, a Defesa Civil organizou uma ação solidária em apoio aos municípios vizinhos igualmente afetados pelas fortes chuvas. Com milhares de doações arrecadadas, incluindo alimentos não perecíveis, água mineral e itens de higiene, a iniciativa busca aliviar os efeitos das adversidades climáticas nas famílias mais necessitadas. As doações foram encaminhadas em comboio com apoio das forças de segurança e veículos de voluntários e de empresas que cederam suas frotas para Três Coroas, Igrejinha, Araricá e Novo Hamburgo. A sociedade civil como um todo está mobilizada em ajudar os flagelados. Várias entidades estão promovendo ações solidárias, como o Parque Mini Mundo que realiza a Campanha do Agasalho, A Brocker Turismo e Hasam Móveis estão arrecadando fundos para adquirem MDF para a produção de móveis para as pessoas afetadas pelas enchentes. A Polícia Civil, Loja Maçonica de Canela e a Associação Comercial e Industrial de Canela (ACIC) em conjunto estão arrecadando valores para a aquisição de refrigeradores e distribuição de refrigeradores. CANELA TERÁ ACESSO A PROGRAMAS E RECURSOS Canela recebeu apoio dos governos Estadual e Federal após ter sua situação de calamidade pública decretada devido às fortes chuvas. O Decreto N° 10.210, que reconheceu a gravidade da situação, foi homologado pelo Governo Estadual no sábado (4) e posteriormente pelo Governo Federal. Com validade de 180 dias, o decreto coloca a Prefeitura de Canela sob o guarda-chuva do Governo Estadual, permitindo o acesso a programas específicos e recursos para a recuperação. O prefeito Constantino Orsolin destacou que estão sendo preparados cadastros e registros para a apresentação do Plano de Recuperação, visando habilitar programas de limpeza urbana, assistência social e a liberação do Fundo de Garantia Por tempo de Serviço (FGTS). MAIS DE 20 TONELADAS DE DOAÇÕES CHEGARAM PELO AR O Aeroporto Municipal também tem sido um local de recebimento de milhares de doações. Diariamente de dez a 20 aeronaves de pequeno e médio porte pousam trazendo donativos vindos de várias regiões do Brasil, principalmente de Santa Catarina. “Até o momento já recebemos mais de 20 toneladas de doações entre medicamentos, produtos de higiene, roupas, rações e água,” conta o instrutor de vôo Diego Dornelles. Ele é morador de São Jerônimo, município da Região Metropolitana, que também está sofrendo com as cheias. “Assim que liberar as estradas vou para a minha cidade para ajudar lá também”, comenta ele. “Oitenta por cento das doações estão vindo de Santa Catarina. Um grupo de pilotos e empresários de Porto Belo chamado Asas Solidárias tem encabeçado as arrecadações e transporte das doações que partem da Costa Esmeralda,” afirma Dornelles. “Em apenas um dia, recebemos cerca de dez toneladas e contamos com o apoio de mais de 30 pessoas para descarregar as doações”, disse. VOOS SOLIDÁRIOS O aeroclube também tem auxiliado turistas que não tem como deixar Canela e Gramado por terra ou pelo ar em razão da inundação do Aeroporto Salgado Filho. Os visitantes estão embarcando nos helicópteros ou aviões que aterrizam no aeroporto municipal para deixar suprimentos e retornariam para os locais de partida, sem passageiros. “Estamos conciliando alguns voos. As aeronaves voltam vazias, então organizamos voos solidários. Os turistas têm embarcado para qualquer lugar onde possam pegar voos comerciais para voltarem para casa. Florianópolis, São Paulo e Curitiba têm sido os principais destinos”, explica o instrutor de voo, Fábio Fayz. A Defesa Civil municipal é quem tem direcionado o envio dos mantimentos. Canela, Gramado e Três Coroas são as cidades para onde a maioria das cargas está sendo repassada. AEROPORTO tem sido um dos pontos de concentração das doações vindas de fora do estado Foto: Diego Dornelles FAMÍLIAS QUE DEIXARAM SUAS CASAS SÃO ABRIGADAS PELA PREFEITURA O mais recente boletim da Defesa Civil municipal, divulgado às 18 horas de quinta-feira (9), informou que 292 pessoas estão desabrigadas, 203 desalojadas, sete feridos e nenhuma desaparecida. Entre as pessoas que tiveram que sair de casa, mais de 50 delas estão temporariamente abrigadas na rede hoteleira. O Hotel Caracol é dos estabelecimentos pagos pela Prefeitura para receber os desabrigados. A maioria são famílias que por determinação da Defesa Civil tiveram que deixar seus lares porque estavam em área de risco de deslizamento de terra no bairro Santa Marta. O Poder Executivo também fornece a alimentação dessas pessoas. As refeições incluem café da manhã, almoço, café da tarde e janta. Várias crianças de zero a 9 anos estão instaladas no hotel. Cada família ocupa um quarto ou acomodações individuais também são disponibilizadas. As doações para as famílias atingidas pelas chuvas podem ser feitas diretamente no Salão Paroquial, Praça da Matriz, 69, das 8h às 17h.Conforme a Defesa Civil roupas serão extremamente necessárias em breve, mas no momento o estoque do órgão está sendo organizado com a ajuda de voluntários dedicados. A solicitação é para que os vestuários sejam guardados para um chamamento futuro, possivelmente no início da semana. As principais necessidades são colchoes, alimentos para cesta básica, material de higiene e limpeza, toalhas de rosto e banho, roupas de cama e água. “NÃO PODEMOS NOS QUEIXAR, AQUI NÃO ESTAMOS CORRENDO RISCO” Desempregado Robson
NA CIDADE DA COZINHA COM ALMA, A ALMA DOS CANELENSES
Interino: Claiton Saul Quando a boa gastronomia de Canela começou a se destacar na Serra pela diversidade e excelência, com chefs, restaurantes e bistrôs estabelecendo-se aqui com suas culinárias autorais, passou a ser recorrente dizer que nossa cidade é a da cozinha com alma. Pois agora, em face desses acontecimentos climáticos catastróficos, Canela e comida se juntam para mostrar outra alma, a dos canelenses. São dezenas de pessoas da comunidade, que não fazem questão de se identificar, respondendo ao chamado de amenizar o sofrimento de flagelados locais e da região levando-lhes o alento de saciar a fome. Preparam refeições e fazem chegar até eles e também a voluntários nas linhas de frente. Retratamos aqui alguns dentre os muitos grupos de trabalho que se formaram. INCANSÁVEIS NA CASA PAROQUIAL Ao lado da Catedral de Pedra, a Casa Paroquial se tornou um imenso QG para recebimento de doações de todos tipos, inclusive para encaminhamento para cidades próximas. O grupo de mulheres na cozinha montada, que tem como uma das coordenadoras Janete Welter, há vários dias está preparando quatro refeições por dia para o voluntariado, para bombeiros voluntários e para pessoal que veio de outros locais para nos ajudar nessa calamidade. “Começamos cozinhando no CRAS e estamos aqui. Não temos horário, ajudar é um dever”, diz Janete. NO FLAGELO DA CIDADE PRÓXIMA “Você é filho amado, Deus está contigo”. A frase escrita na tampa da marmita é o primeiro -aviso, para quem recebe a refeição, de que não está sozinho. Thais de Paula, Josiane Seller e cerca de 20 amigos criaram, mais que um grupo para cozinhar e levar comida quente para Três Coroas, uma pequena força-tarefa. São mulheres e homens de mangas arregaçadas na cozinha e botas de borracha no lodo, ajudando a limpar casas na cidade devastada. Também entregam kits de higiene, toalhas e cobertas que arrecadaram. DA COZINHA DA UCS PARA QUEM NÃO TEM MAIS COZINHA Jovem cozinheiro de mão cheia, o canelense Martim Gil organizou, junto com colegas e amigos, a produção de 600 refeições para Três Coroas e Igrejinha. A UCS emprestou as instalações, açougues doaram alguma carne e o pessoal pôs a mão na massa. Fizeram um cardápio variado, incluindo biscoitos e sanduíches, levaram para lá e voltaram com a alma leve. Com o que sobrou da campanha que o grupo fez, via Pix – e que arrecadou R$ 11 mil – vão comprar material de higiene e limpeza. COZINHANDO NA LINHA DE FRENTE Estão pegando a estrada para Três Coroas, desde o dia 6 de maio, um grupo de canelenses, dividido em duas turmas que se revezam, para preparar refeições no próprio local. Levam a matéria-prima e procuram lugar onde podem cozinhar. Uma turma é coordenada por Eduardo Sauerssig (foto abaixo) e, outra, por Alexandre Cruz e Luciano Nunes. Com almoço ou janta, alimentam cerca de 250 pessoas por dia. A solidariedade da rapaziada já rendeu também a entrega de 300 cobertores, água e muito mais. Agendaram ir para Roca Sales na semana que vem. Quem quiser mandar doações por eles, ligue para 54 9 9925 5240.
SOCIAL DA BINA -623
VOLUNTÁRIOS Minha coluna desta semana é uma homenagem a todas aquelas pessoas que estão na linha de frente ajudando as pessoas e os animais atingidos pela enchente no RS. Não há nada mais social do que ajudar o próximo. VAKINHA Se vocês quer ajudar mas não consegue ser voluntário na limpeza e atendimento aos desabrigados, pode doar para a Vakinha liderada pela Brocker Turismo e Hasam Móveis. Todo o valor arrecadado será destinado a fazer kits de móveis para doar às famílias que perderam tudo. É só escanear este QR Code: João Pedro Prux e Fernanda Tomasini voluntários de limpeza Foto: Bina Santos Sérgio Tortelli voluntário em resgate na água Foto: Divulgação Equipes Alpen Park, Gramado Minha Paixão, Catherine e guia Jonas voluntários de alimentação e limpeza Foto: Divulgação Tiago Pereira voluntário de alimentação, limpeza e cuidados com Pets Foto: Divulgação Equipe Hector de voluntários de limpeza Foto: Divulgação Médico Veterinário Olinto Bialoso atuando nos atendimentos de primeiros socorros em Canoas Foto: Divulgação Tamara Silva do @memtalizegramado (a direita, de marrom) a frente da equipe que produz marmitas em Canoas Foto: Divulgação
SOCIAL DA SAMANTA – 623
UMA COLUNA SOCIAL DIFERENTE! É incrível o quanto a solidariedade, empatia e carinho invadiram os corações de muitos Canelenses e Gramadenses nesse momento em que estamos passando. É incrível saber que cada um doa e se doa! E como dizem: “uma pessoa não consegue ajudar todo mundo, mas todo mundo consegue ajudar uma pessoa” e essa corrente do bem é o nosso maior bem! Por isso, aqui alguns registros de amor ao próximo! Atuando fortemente no interior da nossa cidade em resgates, desobstrução de acessos, distribuindo mantimentos e apoiando a defesa civil e bombeiros, Henrique Hehn e Marco Sanhudo junto de muitos voluntários que não tenho todos os nomes, mais as equipes Na Trilha Offroad, Só Canela no Mato e Equipe Mato ou Morro estão fazendo a diferença! Foto: Divulgação Galera do bem atuando nas cidades vizinhas atingidas: João Guilherme Flores, Evelyn Dias, Fabrício Duarte, Sol Morais, Eduarda Ludwig, Sofia Viezzer, Pedro Belotto e Martim Gil Foto: Divulgação APASG – Associação dos parques e atrações da Serra Gaúcha tem feito muitos mutirões junto dos associados e seus colaboradores em várias frentes. Uma união de força Foto: Divulgação Henrique Haller, Alan Bonatto, Karen Alencar, Juliana Arsand, Christofer Boeira, Graziela Hoffmann e Leonel Pompeo não estão medindo esforços para ajudar as pessoas atingidas na nossa região! Foto: Divulgação Famiglia Pastasciutta junto com a Equipe 4X4 em uma das varias ações que estão sendo realizadas como tou com Chefs, equipe e família para a produção e distribuição de 1600 marmitas de macarrão à bolonhesa! Foto: Divulgação
NÓS NÃO ESTAMOS SÓS
NÓS NÃO ESTAMOS SÓS Nos momentos críticos como o que estamos atravessando, a solidariedade que brota das fontes mais variadas nos mostra que tem muita gente pensando na gente, e isso toca fundo no coração. O gaúcho valente, hoje tem mais que façanhas para mostrar a toda Terra, tem sofrimento, depois que nosso chão virou literalmente um rio grande. E o planeta está vendo. A ajuda material é fundamental, mas a espiritual também é um socorro. INTERCAMBIANDO AUXÍLIO Pietra Salgado, de 15 anos, é uma canelense que está vivendo por um ano no Canadá, como intercambista do Rotary Internacional.Está sendo hospedada por famílias do Distrito 5360 naquele país e conseguiu uma resposta esplêndida ao apelo que fez aos rotarianos canadenses, servindo de porta voz de um pedido do seu Clube de Canela, o Rotary Inspiração. Alertou seus anfitriões sobre o que se passa aqui e a solicitação rendeu uma ajuda monetária, oriunda de mais de 10 clubes de Rotary de lá, de US$ 11.300.Thank you very much, Canadians!Bravo, Pietra! Pietra no momento em que relata detalhes da doação dos canadenses e, abaixo, boquiaberta ao saber do valor que será enviado para cá AJUDE-NOS A AJUDAR Criança não engana, carinha de criança não mente. Como o Marista de Canela, também é de Maria Imaculada o Colégio Teresiano de Rivera, no Uruguai, onde foi gravado um vídeo com pequenos alunos estampando sua consternação com as nossas enchentes. Vale a pena baixar o vídeo Ayudanos a Ayudar, digitando: www.youtube.com/watch?v=7oNTIeE0GlI Gravada na instituição de 84 anos, a singela produção é tocante pela mensagem de ânimo e pela ajuda solicitada aos uruguaios. Crianças no Colégio de Rivera e o vídeo que gravaram, oferecendo solidariedade e pedindo a ajuda dos hermanos MAIS QUE ORAÇÕES Uma das vozes mais poderosas do planeta a clamar por ajuda e misericórdia para os gaúchos, o Papa Francisco mostra a faceta de ser também um homem prático. Ele, como nós, sabe que Deus vai nos ajudar a nos restabelecermos desse golpe, mas também adotou a solução terrena de mandar um polpudo auxílio. O Santo Padre destinou um valor de 100 mil Euros (mais de R$ 500 mil), através da Esmolaria Apostólica, para auxílio dos desabrigados, valor que será repassado para a Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que abrange todo o Rio Grande do Sul, para ajudar no que for possível.
GATOS FERAIS
Feral é uma denominação dada a um animal doméstico, seja cão, gato ou porco que se afasta do convívio humano e passa a viver independente, retornando a sua condição selvagem. Este fato acontece quando há uma falta de comida ou abrigo, forçando-os a se virarem por conta própria. Em Canela, no Açougue e Mercearia Gallas, surgiu um destes casos quando uma gata, já em estado feral, deu cria no abrigo alto e seguro de uma aba do telhado. Seus três filhotes cresceram, estão bem desenvolvidos e aparentemente saudáveis. Como já são ferais, não aceitam a aproximação de ninguém. Fogem a menor tentativa de serem pegos e afagados. Assim me disse o Carlos Gallas, um dos proprietários do estabelecimento: “Muita gente quer adotar os gatos e eu digo: é só pegar e levar. Mas ninguém consegue.” Furiosos, reagem com mordidas e arranhões a qualquer um que se aproxime, deixando claro o lado indomável deles. Tornaram-se uma família de gatos selvagens urbanos, desafiando quem consiga pegar qualquer um deles. A instalação de alguma gaiola com isca poderia capturar um ou outro, mas estes gatos não se adaptam ao convívio doméstico e expressam seu modo ancestral de sobreviver, caçando e se abrigando em locais inusitados, seguros e longe do alcance de predadores e humanos. Na Estância Tio Tonho, em São José dos Ausentes, tem gatos vivendo pelo galpão, são ariscos e não se deixam pegar. Igualmente, utilizam a segurança do abrigo para ali viverem e criarem seus filhotes. É um caso intermediário de gato feral com alguma tolerância à presença humana, em troca de abrigo e algum alimento. Os gatos selvagens do Gallas já são uma atração, seja pelo inusitado do local ou pela beleza dos olhos azuis dos filhotes e sua autonomia. De cima do telhado, observam os curiosos que ficam fotografando e tentando atrair um ou outro, sem sucesso. Quanto tempo ficarão por ali? Eles decidem. Quando a mãe achar o lugar impróprio, vai sumir com suas crias para um outro abrigo considerado melhor e mais seguro, longe dos olhares dos curiosos querendo, a todo custo, reverter seu comportamento para se tornarem animais domésticos. Um saludo aos gatos ferais, independentes, intrigantes e fascinantes.
CUIDADOS COM OS CABELOS DURANTE O INVERNO
Dra Yale Jerônimo – Dermatologia e Tricologia Com o inverno chegando, nossos fios precisam de cuidados mais específicos, sabia disso? É que no inverno, o cabelo pode ficar mais ressecado e frágil devido ao clima frio e seco. E alguns cuidados você pode ter para manter seu cabelo saudável durante o frio; Sempre falo da importância da hidratação – a água que bebemos deve ser sempre lembrada: no inverno sentimos menos sede, e temos a tendência de beber uma quantidade de água menor ao longo do dia! Por isso, lembre-se da quantidade mínima diária ideal pro nosso corpo: 30ml por quilo ou em termos práticos, falamos de um mínimo de 2L ao dia. Além da hidratação do corpo, é importante lembrar da hidratação dos nossos cabelos – Uma dica é a de usar máscaras capilares ou condicionadores mais intensos para repor a umidade perdida. Esse tipo de cuidado periódico, a cada 15 dias, ajuda as hastes dos nossos fios a manterem o brilho e a aparência de cabelos saudáveis. Também importante falar dos cuidados no banho: água muito quente pode ressecar ainda mais os cabelos, deixando-os frágeis e sem brilho. É que o calor da água abre as camadas dos nossos fios, deixando mais exposto a agressões. Opte por banhos mornos para preservar a hidratação natural dos fios e evitar o ressecamento excessivo. A mesma atenção vale para os cuidados pós banho, pois com a vigência do clima frio, muitas pessoas costumam secar mais os cabelos e utilizam ferramentas de calor, como secador de cabelo e chapinha. No entanto, é importante lembrar de proteger os fios contra o calor excessivo. Antes de utilizar essas ferramentas, aplique um protetor térmico para minimizar os danos causados pelo calor. É graças a ele que as cutículas que temos nos fios permanecem mais fechadas e protegidas! Outra dica importante é a de estimular a circulação sanguínea no couro cabeludo para a saúde dos nossos folículos; Durante o banho, aproveite para fazer massagens suaves no couro cabeludo. Isso ajudará a melhorar a circulação, promovendo o crescimento saudável dos cabelos. Sempre enfatizo que couro cabeludo bem cuidado é a hortinha necessária para o crescimento satisfatório dos cabelos. E não para por aí, hein? Alimentação também é importante pra ter cabelos bonitos. Frutas, legumes e verduras, tendo uma alimentação equilibrada! Ah: falo sempre do ovo! Nele encontramos itens muito importantes como selênio, zinco, além de complexos de vitaminas que são essenciais. Seu cabelo vai agradecer! Com essa soma de cuidados, que fazem a diferença, você poderá desfrutar de cabelos bonitos e cheios de saúde durante toda a estação mais fria do ano!
SE VOCÊ TEVE SORTE NA VIDA…
“SE VOCÊ TEVE SORTE NA VIDA, CERTIFIQUE-SE DE QUE OUTRAS PESSOAS TENHAM SORTE TAMBÉM”. Dentre os incontáveis conselhos sobre Investimentos proferidos por Warren Buffett na última conferência da Berkshire Hathaway, nada me tocou mais do que a frase mencionada acima. Embora eu estivesse ansiosa para assistir atentamente à tão esperada reunião anual dos acionistas da Berkshire neste último sábado; ao mesmo tempo em que eu escutava o Buffett falar, não conseguia tirar os meus pensamentos de um outro lugar. E não, este lugar não era o show da Madonna no Rio de Janeiro… este lugar era o meu amado Rio Grande do Sul, que vem sendo tragicamente afetado por chuvas severas e inundações sem precedentes. É difícil dormir e acordar nos últimos dias sendo gaúcha, especialmente quando se está longe de casa. O sentimento de impotência soma-se a uma profunda tristeza, difícil de se colocar em palavras. É devastador testemunhar o centro histórico de Porto Alegre tomado pela água, centenas de cidades gaúchas quase totalmente imersas. É angustiante ver as pessoas sendo resgatadas dos telhados de suas casas, ver as ruas pelas quais costumávamos andar transformando-se em rios. É estarrecedor receber fotos de nossos clientes empreendedores, mostrando suas operações inundadas, maquinário e estoques totalmente perdidos. Sim, isso tudo é muito pesado. Mas diante de tanta perda, há intangíveis que nunca faltarão ao povo gaúcho. Esperança, força e união são adjetivos que nos definem. Frente à típica burocracia e ineficiência pública, que ficam ainda mais evidentes nestes momentos de crise, os verdadeiros heróis desta atual catástrofe, aqueles que estão incansavelmente salvando vidas, doando recursos e abrigando os tantos desalojados são, formidavelmente, o próprio povo rio-grandense. Aos meus amigos, parentes, conhecidos, clientes, e a todos vocês que leem o artigo de hoje e que estão fazendo a diferença no front: a minha eterna gratidão e admiração. Além dos heróis de barcos e jet-skis, estamos contando também com a ajuda dos heróis digitais nesta batalha. Aqueles que não existiam na última enchente de 1941, e que hoje contribuem compartilhando informações relevantes e mobilizando pessoas do mundo inteiro em prol da solidariedade. É incrível o poder que as mídias sociais têm para unir e difundir ideias boas. Por meio de canais digitais, pessoas de todos os continentes deste planeta têm contribuído com doações. Minuto a minuto, essa importante ajuda financeira chega diretamente às pessoas que precisam, estejam elas nos abrigos, nos times de resgate ou limpando e reconstruindo as cidades. Graças à era digital na qual estamos inseridos e ao poder da conexão em prol do bem, a ajuda está chegando de maneira rápida a quem mais precisa, sem burocracia ou corrupção. Quem me conhece sabe que eu sempre busco olhar o copo meio cheio nessas situações desafiadoras. Lembrar que somos sortudos e privilegiados neste momento é um bom começo. Muitos de nós possuem um lar alternativo, ou contam com o apoio de um amigo ou familiar para se abrigar. Muitos dos que nos leem aqui possuem uma reserva financeira que fará muita diferença neste momento de incerteza. A maioria de nós tem saúde, energia e disposição para ajudar as pessoas que foram mais severamente impactadas. Tenho certeza de que cada um de nós tem um grau de “sorte” dentro de si, frente a esta situação tão infeliz. Agora é hora de resgatarmos essa esperança, nos fortalecermos e ajudarmos uns aos outros. Assim como os retornos compostos nos investimentos, a esperança retroalimentada tem um poder inabalável. Unidos e esperançosos, nos reergueremos e reconstruiremos um Rio Grande do Sul ainda mais forte. Contem sempre conosco, especialmente nestes tempos difíceis.
SISTEMA COMANDO DE INCIDENTES
Em novembro do ano passado e em janeiro deste ano, aqui nesta coluna, publiquei os textos “Despreparo” e “Despreparo – Parte 2”, falando sobre a falta de ações para atendimento em situações de desastres. Estamos passando pela maior enchente da história de nosso Estado. E acabou surgindo uma luz para um começo de preparo. Em Canela, o Corpo de Bombeiros propôs a criação do SISTEMA COMANDO DE INCIDENTES – SCI. O sistema foi criado nos anos 70 na Califórnia (EUA), onde os incêndios florestais eram recorrentes e de grande extensão. As autoridades perceberam que não faltavam recursos materiais e humanos para atendimento. O que acontecia eram ações improvisadas de várias instituições causando desperdício de tempo e de recursos. O sistema consiste basicamente num organograma onde cada instituição tem uma tarefa específica coordenada por um comando. Todas as ocorrências são recebidas num só lugar e todas as informações e ações são organizadas. Isso possibilita agilidade no atendimento e otimização de recursos, evitando que instituições fiquem “batendo cabeça” em ocorrências. Esse protocolo já era conhecido pelos Bombeiros do Rio Grande do Sul, mas para funcionar precisa ter cooperação entre várias instituições. A ferramenta possibilita o comando, a segurança, a informação pública, o planejamento das operações, a logística e a administração. Então no dia 03/05, no Corpo de Bombeiros Militar de Canela, foi instalado o Sistema Comando de Incidentes com várias instituições. Além do Corpo de Bombeiros, participaram Defesa Civil, Brigada Militar, Patrulha Ambiental, Polícia Civil, Prefeitura Municipal com diversos setores e secretarias, civis voluntários e instituições privadas como a Associação Comercial e Industrial de Canela e o Rotary Club de Canela. O Comando entrou imediatamente em operação. Além das ações de resgate e atendimento, toda a documentação necessária foi elaborada e, em 24 horas, a situação de calamidade já havia sido devidamente registrada nos órgãos e sistemas estaduais e federais. Importante destacar que o SCI foi instituído com prazo inicial de 05 dias podendo prolongar-se no tempo ou se contrair, o que aconteceu no dia 05 de maio quando os objetivos foram alcançados, com resgate de pessoas e atividades de defesa civil. Agora seguem os trabalhos de assistência social para atendimentos dos desabrigados e também de reconstrução de vias de acesso.O Corpo de Bombeiros de Canela como coordenador do Sistema Comando de Incidentes agradece a todos os envolvidos pela disponibilidade na instalação e funcionamento das ações coordenadas, cujo objetivo é salvar vidas, atender desabrigados e minimizar os impactos que o desastre climático está causando a todos.
POBRE ESTÂNCIA DE SÃO PEDRO!
(A semana que o Rio Grande parou e chorou!…) Os últimos acontecimentos no nosso Estado – desnecessário elencar – nos trouxeram à lembrança muitas histórias, causos e versos na nossa literatura, onde a temática é a preocupação do gaúcho com sua terra natal… Onofre Machado Ramos, em seu livro Cantos que eu canto, muito bem descreve a preocupação do homem com o meio ambiente, nestes versos que exprimem esperança e fé… “Olha prá baixo, São João! / Tem pena deste meu pago. Eu que fui sempre índio vago, / não sei nenhuma oração. (…………..) Eu tive o pampa por berço e tenho este céu por teto; / sou um pobre analfabeto mas de todo o coração, / eu te prometo uma vela e te peço comovido / atende este meu pedido: Olha prá baixo, São João”. Amaro Juvenal em seu famoso “poemeto campestre” Antônio Chimango – livro escrito há mais de 100 anos (1915) – cria citações de inusitadas, como na estrofe 97 – Quarta Ronda – onde lemos: “O Camaquã ficou cheio, deitou água campo fora, ali nos veio a caipora, que o destino ninguém poupa: Nem tempo pra mudar roupa nem pra desatar a espora” Mais adiante, na estrofe 197 – Quinta Ronda: “Pobre Estância de São Pedro / que tanta fama gozaste! (…………..)”. E, na estrofe 200: “Os açudes arrombados, / as invernadas abertas; As varges estão desertas, / onde o gado andava em pontas; (……………)”. José Hernández, no seu famoso Martín Fierro, no Canto X, estrofe 297, nos traz: “Hoje temos que sofrer / desgraças que não têm conta; Mas nada me desaponta / porque é assim este pastel: Na vida a gente defronta / mais voltas que um carretel…”. Mas, vale lembrar, uma preocupação maior, que diz respeito à conservação da nossa memória: documentos pessoais e públicos, fotografias, álbuns, arquivos, etc, que podem ter sido perdidos para sempre. Mas, o gaúcho continua de pé e â ordem, vigilante e atento, para guardar (e resguardar) a história passada e presente dessa hoje tão sofrida Estância de São Pedro – primitivo nome do Rio Grande do Sul… a nossa terra!