UMA AÇÃO QUE INSPIRA Na última quinta-feira, a comunidade da Escola Estadual de Ensino Médio Danton Corrêa da Silva deu um belo exemplo de empatia e união. Uma iniciativa solidária tomou forma no Salão Paroquial, onde voluntários se dedicaram à triagem e organização de roupas doadas, preparando-as para quem mais precisa. Idealizada pela coordenadora Marli, a ação contou com a participação entusiasmada de estudantes, que se prontificaram a fazer a diferença. Entre a separação de calçados e o cuidadoso agrupamento de vestuário por tamanho e tipo, cada voluntário contribuiu com seu tempo e esforço, reforçando a importância da solidariedade e do trabalho em equipe. ‘O sentimento de ajudar as outras pessoas é muito bom,’ compartilharam os participantes, destacando a satisfação em contribuir para o bem-estar comunitário. ‘Foi a maneira que encontramos de ajudar mesmo de longe,’ disse uma das voluntárias sobre a experiência. Esta ação não apenas ajudou a organizar doações vitais para a comunidade, mas também serviu como uma valiosa lição de cidadania e responsabilidade social para todos os envolvidos. A solidariedade é uma força poderosa, capaz de transformar vidas e comunidades. Parabéns a todos que participaram e fizeram desta iniciativa um sucesso!
TEMPOS DE MOBILIZAÇÃO
RECONSTRUÇÃO DE CASAS E ESTRADAS É ESTIMADA EM ATÉ R$ 30 MILHÕES A Região das Hortênsias em especial Canela e Gramado está buscando se recuperar dos estragos causados pelas fortes chuvas que assolam o Rio Grande do sul. Já são 19 dias de clima instável com precipitações que provocaram mortes, deslizamentos de terra, rachaduras em asfalto e deixaram 265 pessoas desabrigadas ou desalojadas. Um total de 208 vítimas das chuvas foram alocadas em abrigos disponibilizados pela Prefeitura. Sob o atendimento da Secretaria de Assistência Social, elas estão recebendo café da manhã, almoço, lanche e janta. Conforme o site Climatempo, a média de chuvas prevista para o mês de maio em Canela era de 142 milímetros, no entanto, até o dia 13 foram registrados 529 milímetros, o que representa um aumento de 373% em relação ao acumulado normal para o período.O evento climático obstruiu estradas, derrubou árvores a tingiu principalmente as estradas do interior, destruindo algumas vias ou danificando severamente o pavimento de outras. Na área rural, as localidades mais atingidas foram o Morro Calçado, Bugres, Canastra, Rancho Grande, Chapadão, Passo do Louro, Morro do Catarina, Amoreiras, Quilombo, Linha São João e Linha São Paulo. FAMÍLIAS que moravam em áreas de risco serão realocadas Foto: Divulgação Conforme Constantino Orsolin, prefeito de Canela, alguns pontos de alagamentos foram identificados na área urbana. Serviços devem ser realizados nesses locais, com o objetivo de evitar que a situação se repita. De acordo com o gestor, a cidade não sofreu com mais inundações, porque recentemente a Secretaria de Obras realizou a limpeza de bueiros, o que colaborou com o escoamento das águas. A Defesa Civil e a Prefeitura estão elaborando um plano de trabalho visando a recuperação dos pontos danificados pela chuvarada. Com base em perdas na economia e avarias provocadas na malha viária da área rural e em locais considerados áreas de risco, a estimativa é de que para o restabelecimento de Canela sejam necessários de R$ 25 a R$ 30 milhões. Um campanha de arrecadação da Prefeitura para arrecadação de valores por meio de um Pix Solidário, até quarta-feira (15) tinha recebido R$ 7,4 mil em doações. Os recursos deverão ser solicitados ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional e posteriormente aplicados na recuperação ou reconstrução das vias do interior e construção de 59 novas residências para as famílias que moravam em áreas de riscos e ficaram desabrigadas. As moradias serão erguidas nos loteamentos populares Renascer e Recomeçar.As áreas de reascentamento receberão as casas dos moradores da Vila Dante e partes altas e baixas do bairro Santa Marta. Estudos técnicos de geologia e outras análises estão sendo realizadas para embasarem o plano de recuperação que será encaminhado ao Governo Federal. “Saímos de uma pandemia que nos atingiu fortemente, mas conseguimos dar a volta por cima. Mais uma vez vamos conseguir superar as dificuldades. O canelense é forte, resiliente, solidário e criativo”, declara o prefeito Constantino Orsolin. PREVENÇÃO A EVENTOS CLIMÁTICOS E DESASSOREAMENTO DE LAGO ALGUMAS estradas da zona rural precisarão ser reconstruídas ou receber reparos amplosFoto: Divulgação Para poder definir as ações de melhoria mais adequadas, a Prefeitura contratará uma empresa de geologia para realizar um estudo técnico, tanto da cidade quanto do interior. Através da análise, será possível identificar os locais propensos a deslizamentos de terra, inundações, afundamentos de solo, entre outros, em eventos futuros. Com isso, será possível traçar um plano de ações para reconstrução da infraestrutura danificada, de prevenção em situações climáticas extremas que possam acontecer novamente, bem como formas de mitigar os danos. “Em última análise, o objetivo do estudo é proteger vidas, propriedades e o meio ambiente”, explica Constantino Orsolin, prefeito de Canela. Um estudo nas redes de drenagem do município, limpeza e desassoreamento do lago do Parque do Lago também são ações que serão desenvolvidas pelo Executivo municipal. SECRETARIA E TRADE TURÍSTICO BUSCAM PLANO ESTRATÉGICO O setor de Turismo está auxiliando na reconstrução de cidades atingidas em todo Estado, principalmente Igrejinha e Três Coroas. Porém, o trade também está se mobilizando de forma visando a retomada do fluxo turístico na região. Para Canela, o segmento turístico representa 76% da economia da cidade, sendo a principal fonte de renda para os cofres públicos e privados. Neste sentindo, empresários, Secretaria de Turismo e Conselho Municipal de Turismo (Comtur), estiveram reunidos na quarta-feira (15) para debater estratégias para atrair visitantes e fazer o turismo voltar a pulsar. O encontro foi coordenado pelo secretário municipal, Gilmar Ferreira, onde foram discutidas ações para a retomada das atividades do setor, de momento atingido quase ao nível da paralisação. Foram abordados temas como a possibilidade de associar a imagem de Canela com a de Gramado para surtir mais efeito; a maneira como estão sendo divulgadas notícias que geram efeitos negativos na movimentação turística; as formas de buscar auxílio financeiro sem pagar juros altos; a possibilidade de se oferecer descontos nos estabelecimentos como atrativo inicial para a normalização das atividades. Eventos de turismo reunindo destinos, que divulgam suas ações e atrativos, continuam acontecendo entre eles Canela participará da Bolsa Nacional de Turismo (BNT) Mercosul, em Camboriú, nos dias 24 e 25 de maio. Para que essas feiras de turismo, no entanto, sejam proveitosas é necessário que Canela já tenha datas de eventos próximos, como a Temporada de Inverno e Festa Colonial, confirmadas, o que não está sendo possível determinar enquanto O Rio Grande do Sul passa pela fase aguda das consequências das enchentes, principalmente no que se refere aos acessos em reconstrução, ao fechamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho e à comoção que ainda atinge todos os gaúchos. REUNIÃO debateu possíveis estratégias visando a retomada do Turismo em Canela e regiãoFoto: Divulgação TEMPORADA DE INVERNO E SONHO DE NATAL ESTÃO MANTIDOS O secretário municipal de Turismo, Gilmar Ferreira destaca que ainda não é possível estimar em valores os prejuízos a cadeia turística causados pelas inundações porque o pior cenário para o setor ainda está por vir. “Os reflexos virão daqui pra frente e neste momento não temos dados seguros para nos basearmos”, comenta Ferreira.
ATENÇÃO ESPECIAL PARA DESINFECÇÃO DA ÁGUA
A desinfecção da água para consumo humano é uma das principais medidas para evitar a disseminação de doenças infectocontagiosas durante períodos de enchentes. A água para consumo humano deve ser filtrada (com filtro doméstico, coador de papel ou pano limpo), e, posteriormente, fervida. A fervura da água elimina bactérias, vírus e parasitas; por isso, é o método preferencial para tratamento da água de consumo humano. Nos locais em que a rede de abastecimento estiver comprometida, é indispensável que a população consuma água de fontes seguras, de garrafas e galões lacrados. Na impossibilidade de consumir água mineral, é indicado realizar o procedimento de desinfecção caseira da água. Para isso, a orientação é aplicar a seguinte fórmula: a cada 1 litro de água utilizar duas gotas de solução de hipoclorito de sódio a 2,5%, deixando a mistura repousar por 30 minutos. Para facilitar seus cuidados, reproduzimos aqui as orientações do folheto do Ministério da Saúde.
SOCIAL DA SAMANTA – 624
Está é uma das turminhas da Risque e Rabisque, no registro com a Diretora Ciça Matte! Admirável todos os movimentos solidários envolvendo todos os pequenos desta escolinha. Importante despertar e incentivar desde cedo o amor ao próximo. Foram arrecadações de doação, almoço solidário, customização de tampas de marmitas e muito mais. Parabéns! Foto: Janis Duarte Em essência o coração de Zanis Coelho é grande, pois está sempre ajudando o próximo! Este registro é do seu voluntariado junto à Acic em Canela! Créditos: Ana Nase Marilda Rocha que é integrante do núcleo de empreendedorismo feminino da Acic, também está sendo voluntária neste momento onde a única o faz a força em nosso RS! Créditos: Ana Nase Tamares Strasburger, Rocsana Trautmann, Vitória Paixão, Tania Pinheiro, Pamela Lima, Gabriela Boecher, Fatima Foss, Paula Figueiredo, Carlos Lima, Karin Oliveira, Muriel Diniz,Amanda Basei, Daiana Keller e Amanda Ribeiro fazem parte do grupo voluntário independente “Mãos Amigas”. Incansáveis eles atuam em diversas frentes e diversas localidades! Parabéns! Foto: Divulgação ERRATA Na semana passada me equivoquei com o nome de um voluntário! Já pedi desculpas e hoje venho me retratar que quem segue fazendo muitos trabalhos em prol de pessoas e locais afetados em Canela é o competente e comprometido Marco Sanhudo! Parabéns e obrigada! Foto: Divulgação
SOCIAL DA BINA – 624
Niçara Ecke com Rose Garcia e Rafaela Hoppner ajudando as famílias de Três Coroas Foto: Divulgação Renata Boeira e Patrícia Reis lideraram grupos de voluntários na limpeza das casas em Três Coroas Foto: Divulgação Simone Prestes tomou a frente em grupos de voluntários e tem movimentando as doações para municípios como Três Coroas, Igrejinha, Triunfo e Roca Sales Foto: Divulgação Manu Costa motivou os amigos e foi ajudar a limpar casas no Vale do Paranhana Foto: Divulgação Katlen Kaefer auxiliou no resgate de cães e gatos na enchente Foto: Divulgação
NÃO É MINHA CULPA
Eu sou água, líquido vital presente em 70% da superfície do planeta. Quando escorro da montanha para a planície, de forma a não causar estragos na paisagem, sou admirada e reverenciada. Igualmente, numa calma praia de brancas areias com sol e coqueiros, sou querida. Quando proporciono banhos quentes nas casas, lavo as roupas suadas das pessoas, elimino seus excrementos e carrego para longe seus odores, sou amada. Meu caminho natural sempre foi correr dos lugares altos para as baixadas, até chegar ao mar. No trajeto, passo em solos de diferentes locais, quando vou me espremendo entre paredões, espalhando ou caindo como cascata. Encontro pedras e cascalhos de todos os tipos e tamanhos, os quais vou rolando, quebrando, polindo e formando seixos e areia fina. Cavouco barrancas e levo a terra adiante para criar novos ambientes. Atravesso florestas, as quais sombreiam meu corpo e também, com suas raízes, agarram e protegem as barrancas para não me entregarem todo o solo precioso, fundamental para as árvores. Danço pelos campos sedentos de nutrientes dissolvidos, os quais espalho generosamente entre as gramíneas, vassouras, carquejas e trevos. Descanso um pouco nas planícies, onde me acalmo e viro lagos e lagunas prontas para saciar a sede de lavouras de arroz e soja. Finalmente, entrego-me ao sal do gigantesco oceano, o qual me recebe sem nada pedir em troca, aceitando meu açúcar de água doce misturar-se ao seu corpo salgado. Quando o sol me arrancar novamente, agora na forma de vapor, e o vento me levar de volta para algum continente, caio novamente como chuva e começo uma nova caminhada até o mar. Assim eu vou ao mar e volto aos continentes, vou e volto, desde o início dos tempos. Quando alguns raros fatores naturais se somam e acumulam um grande volume de mim num único lugar, num tempo curto, eu viro um mostro líquido capaz de imprimir grandes alterações no meu trajeto. Arrasto e levo tudo pela frente, destruo sem piedade quaisquer obstáculos, sejam florestas, encostas, estradas, casas ou cidades inteiras. Deixo marcas amargas por onde passo, tiro vidas de quem não puder me suportar ou fugir a tempo. Crio tragédias medonhas e modifico paisagens, obrigando todos a se reorganizarem e até mudando pequenas cidades de local, temendo novos desastres. Nestas condições, fico enlouquecida, não enxergo nada, não escolho caminho e não meço consequências. Crio uma enchente sinistra, alterando a vida e a geografia. Sou uma ferramenta natural, modeladora da paisagem durante estes eventos raros, onde vou alargando os desfiladeiros, criando novas praias, novas curvas de rios e carregando a rica e preciosa lama, fertilizando e alegrando a vegetação. Mas, nas cidades e estradas, este lodo causa transtornos inimagináveis aos moradores, pois o deposito aleatoriamente em todos os lugares, inclusive dentro de suas casas, exigindo esforço para a retirada após minha passagem. Nestes últimos dias, aconteceu isso comigo num rincão chamado Rio Grande do Sul, no sul do Brasil. Fiz grandes estragos e as pessoas vão levar tempo para se recuperarem, mas saibam que não tenho controle sobre mim. Sou vital, mas posso ser letal. Não tenho culpa. Sou água.
EM BUSCA DE CADA ANIMAL VIVO
São frequentes nesses dias encharcados as imagens de flagelados em desespero, mesmo depois de terem sido resgatados, porque tiveram que deixar para trás, ou não encontraram mais, seus cães e gatos. E também pontuam na internet casos de outros animais em situação difícil, como porcos e cavalos – dentre estes, Caramelo, o cavalo cuja resistência em cima de um telhado o tornou celebridade. Voluntários da causa animal, pertencentes a ONGs ou não, auxiliados por bombeiros ou não, estão escrevendo belas páginas de amor aos de quatro patas, aqui em Canela, Gramado e pelo Estado afora. O CAVALO Caramelo, na arte do designer Diego Santos. Típico do bicho-homem, no entanto, o lado cruel também se manifesta, na forma de animais não só abandonados na iminência de um alagamento mas, inacreditavelmente, acorrentados. Denúncias surgem, o salvamento parte mas muitas vezes não dá tempo. Seguem aqui singelas homenagens a pessoas incansáveis no salvamento e acolhimento de animais. Nas figuras delas, que todo o voluntariado se sinta reconhecido. NESTA caçamba, com a bombeira Soldada Viviane, uma cachorrinha com oito filhotes, resgatada numa pedreira em área de risco. Ajudaram a ONG Amigo Bicho, o grupo Causa Animal, a Polícia Civil e a Defesa Civil. VOLTANDO A SER PETS A Associação Mãos Dadas, Patas Salvas é uma das tantas instituições para quem não há tempo ou estrada ruim quando se trata de buscar, tratar e procurar quem adote cães e gatos abandonados. Muitas vezes, donos que perderam têm a emoção de reencontrar, com a ajuda desses anjos da guarda, seus animais. Nessa enchente, voluntários da Mãos Dadas, Patas Salvas, efetuaram resgates em Canela (no Canastra), em Igrejinha e seguem atendendo chamados. No porta malas dos carros, sempre a ração, cobertores e produtos de higiene. CARLA e Roberta, da Mãos Dadas, Patas Salvas e um resgatado. OUTRA FAÇANHA DE EXEMPLO Quando o espetáculo de luz e som Luminata foi criado para a Catedral de Pedra, inicialmente para o período da Páscoa deste ano, seus criadores nem de longe imaginavam que a segunda temporada teria por mote reverenciar a bravura do gaúcho, mas diante de uma tragédia climática sem precedentes. E também para agradecer pela ajuda vinda de todas as partes. A partir de agora até 31 de maio, às 20 e 21h, uma narração especial, acompanhada de um hino Rio- grandense gravada pelos músicos gaúchos Yamandu Costa e Renato Borghetti, volta a emocionar. Na fachada de basalto, o verde, o amarelo e o vermelho. O PEDIDO DOS PRODUTORES DO TEM CULTURA EM CANELA O Conselho de Cultura de Canela envia manifestação sobre o atraso no pagamento dos contratos referentes ao Edital 08 / 2023 – Tem Cultura em Canela. Segundo o Conselho, inicialmente previsto para pagamento em dezembro passado, apenas quatro dos nove contemplados receberam uma primeira parcela. O comunicado diz que “dois produtores já assinaram diversos aditivos contratuais, onde constam novas datas para execução de seus projetos, mas que perdem a validade por não terem andamento no Departamento de Compras (em apreciação há 40 dias ou mais) ou na Procuradoria. Três dos contemplados são pessoas físicas e, mesmo que o edital tenha tido aprovação do Jurídico da Prefeitura para sua publicação em novembro, agora não se encontra uma forma de pagá-los. Segundo o Departamento de Cultura, pasta de dentro da Secretaria de Turismo, é preciso alteração em lei municipal para efetuar pagamento a pessoas físicas”. No que tange à Câmara de Vereadores, a vereadora Carla Reis informa que o projeto de lei entrou na casa dia 8 de abril e foi votado dia 23 de abril, sendo aprovado por unanimidade. A entidade termina frisando que “os trabalhadores da Cultura de Canela precisam mais do que nunca serem pagos por projetos aprovados no ano passado. A maior parte deles deverá ser realizada em bairros e zona rural da cidade, levando alegria aos moradores nestes momentos difíceis. Em tempo: metade dos projetos possui cunho ambiental, provocando também a reflexão sobre a crise climática que todos enfrentamos”.
AFINAL, O QUE É REUMATISMO?
Dr. Joelson Oliveira – Médico Reumatologista Quando se fala sobre reumatismo, logo vem na mente a imagem de uma pessoa idosa com dores nas juntas.Mas, reumatismo é mais do que isso.Na verdade, o termo reumatismo está relacionado com o conceito de doença autoimune.Para explicar melhor esse conceito, devemos pensar que temos em nosso sangue o nosso sistema imunológico, que costumo comparar com soldadinhos, prontos para nos defender de qualquer inimigo, seja ele um vírus, uma bactéria, etc. No caso do reumatismo, ocorre uma confusão com esses soldadinhos, e eles perdem a capacidade de nos reconhecer, nos confundindo como um inimigo, levando-os a atacar o próprio corpo.É claro que nem todos seremos alvo do nosso próprio sistema imunológico, pois para isso é necessário um conjunto de situações, tal como nascer com alterações genéticas que predisponham essa confusão dos nossos soldadinhos. Ao contrário do que muitos pensam, nascer com essas alterações genéticas não quer dizer que obrigatoriamente você apresentará os sintomas do reumatismo logo na infância. Esses sintomas podem surgir ao longo da vida. Essas alterações genéticas podem ficar adormecidas por muitos anos e depois por influência de outros fatores como alimentação, obesidade, estresse, consumo de tabaco e de álcool, entre outros, podem vir a acordar e então causar os sintomas das doenças.As doenças reumáticas são crônicas e ainda hoje não sabemos como curá-las, mas podemos controlar os sintomas por meio de medicamentos e mudanças no estilo de vida. Diante disso, é fundamental procurar auxílio do médico reumatologista para receber o diagnóstico correto e o tratamento adequado, buscando uma melhora na qualidade de vida.
SAIREMOS MAIS FORTES!
Hoje escrevo minha primeira coluna após o início desta tragédia que se estabeleceu sobre o nosso estado. Impossível imaginar que viveríamos um desafio ainda maior do que vivemos na pandemia de COVID 19, mas estamos vivendo! Apesar de todo o temor que nos abate com essa enchente horrorosa, confesso que estou otimista. Sei que passaremos por uma crise terrível, que teremos uma tarefa de reconstrução gigantesca. Entretanto, o despertar do povo gaúcho e a sua reorganização em função deste acontecimento é marcante e definitiva. A partir do momento em que nos demos conta da gravidade da situação, um movimento espontâneo aflorou e se espalhou entre a grande maioria das pessoas. Mesmo sem saber muito bem o que fazer, nos organizamos e iniciamos, da forma que podíamos, um processo de, naquele primeiro momento, sobrevivência. Cuidando dos nossos irmãos desabrigados, resgatando pessoas, animais, estruturando abrigos e tentando também entender o que se passava. Eu jamais vou esquecer a cena que presenciei ao chegar a Igrejinha e Três Coroas. O cenário de destruição, sujeira, lodo e a perplexidade das pessoas. Chegávamos nas casas e as pessoas tentavam, sozinhas ou em pequenos grupos, limpar uma quantidade inimaginável de lodo, restos de móveis e eletrodomésticos, latas, garrafas, tudo! Não precisamos de muito tempo para entender o que precisávamos fazer e vimos que era limpar, limpar e limpar. Iniciamos por casas e depois nas escolas, postos de saúde, tudo. Hoje a situação está longe do ideal, mas as pessoas já conseguem vislumbrar um futuro. Suas casas estão limpas e já começam a receber as primeiras doações. Isso tudo em um trabalho voluntário, onde cada um, dentro de suas possibilidades, doa seu tempo, sua força física, intelectual ou psicológica. Temos ainda um longo caminho pela frente. A imensa maioria dos lares afetados aqui no Rio Grande do Sul, segue debaixo de água ou impossibilitados de serem limpos, ocupados ou reconstruídos. Também precisamos recuperar a infra estrutura de estradas, hospitais, postos de saúde, escolas. Temos de cuidar dos negócios para que as pessoas tenham emprego e dignidade. O nosso turismo também precisa ser retomado aqui em Canela e Gramado, mas isso demanda que saiamos desta calamidade inicial. Entretanto uma certeza eu tenho. Não sei se em dois, dez ou vinte anos, mas olharemos para esses dias e perceberemos que vivemos um ponto de virada. Seremos uma sociedade mais próspera, mais humana, mais unida e melhor. Nosso estado nunca mais será o mesmo, nossos filhos nunca mais serão os mesmos. E isso me conforta e me faz seguir em frente.
O OUTONO NO RIO GRANDE DO SUL
(Entre o humor e a poesia…) (Santiago, em seu livro “Os Causos do Macanudo Taurino Fagunde”. Mercado Aberto/POA – 1982) ………………………………………. Outonias (Luiz Coronel) Rio Guaíba no outono Somente os cabelos rubros / aparecem sob as cobertas, Mas logo o sol se levanta / e nada em águas despertas. Com esse ouro laminado / que tem o guaíba no outono, Quando o sol quer se sentar / as águas lhe servem de trono. O sol estende sua colcha / de um vermelho rarefeito. E, como as águas são frias, / devagar, entra no leito. Melancolias de outono Neste outono tão azul / tão de leve o tempo avança. As horas não correm, dançam / enquanto o tempo descansa. A lua vinha presa com mil estrelas de escolta. Se o sol levou a saudade, quem mandou trazer de volta? Lá vem o sol ovelheiro, / retouçando pelo espaço tomo um mate, me espreguiço / e a manhã me dá um abraço. Luiz Coronel escreveu centenas de poemas, entre os quais Gaudêncio Sete Luas, Pilchas, Esporas do vento, Cordas de espinho, O Amor em paz, O tempo e o vento, Relembranças, A triste milonga de Leontina das Dores, O ferido coração da América… Escreveu dezenas de livros, como Domingo Ensolarado, Um Cronista Inesperado, 50 anos de poesia, A Esperança e o Desalento, Filé de Borboleta, Érico Veríssimo 100 anos, Um Girassol na Neblina, Cidades Gaúchas… Luiz Coronel, escritor, compositor e publicitário, nasceu a 16 de julho de 1938 em Bagé – a Rainha da Fronteira – aqui no Rio Grande do Sul… a nossa terra!