Canela é amplamente reconhecida por seus destinos turísticos e pela rica gastronomia que atrai visitantes de todas as partes do Brasil. Contudo, além das rotas tradicionais de restaurantes (no Centro, nas imediações da Catedral e no caminho para o Laje de Pedra) a cidade guarda redutos de culinária preciosa em locais mais afastados do glamour central. Nesses tranquilos bairros residenciais, surgem estabelecimentos que têm conquistado o coração dos moradores locais, destacando-se não apenas pela qualidade excepcional de seus pratos, mas também pelo papel vital que desempenham na dinâmica social e econômica da cidade.Entre os vários estabelecimentos que enriquecem o cenário gastronômico de Canela distantes do Centro, selecionamos quatro, não apenas por seu sucesso junto à comunidade local, mas por representarem a diversidade e a excelência que tantos outros oferecem. Esses restaurantes, tornaram-se casos de sucesso, evidenciados pela fidelidade de uma clientela formada majoritariamente por moradores da cidade – com exceção de um, que é prestigiado na mesma medida por gramadenses e turistas. Essa base de clientes leal aprecia o ambiente acolhedor e a dedicação no preparo dos pratos, impulsionando a expansão de suas instalações e, possivelmente, a abertura de novas filiais no futuro.As histórias desses quatro estabelecimentos refletem um compromisso com a excelência e uma forte ligação com a comunidade local, que continua a apoiar e celebrar esses verdadeiros tesouros escondidos. Em suas trajetórias, vemos não apenas o sucesso empresarial, mas também o impacto positivo que têm na vida social de Canela. PORÃO LANCHES O AUTÊNTICO HAMBÚRGUER DE COSTELA Fundado durante a pandemia de Covid-19, em 2021, o Porão Lanches rapidamente se destacou como uma das principais casas de lanches em Canela. O ambiente acolhedor e cuidadosamente decorado encanta os clientes desde a entrada. Sob a direção de Jairo de Moura Soares, de 42 anos, e sua esposa Rose, o Porão oferece um hambúrguer de costela que é um verdadeiro sucesso entre os clientes, agradando até os paladares mais exigentes.A inspiração para o famoso hambúrguer de costela surgiu há dez anos, durante uma viagem de férias de Soares a Santa Catarina. “Aquele hambúrguer de costela ficou na minha mente. Eu queria criar algo diferente, e foi assim que o hambúrguer de costela apareceu no Porão”, relata Soares. O que começou como uma atividade temporária durante a pandemia se transformou em um negócio principal, graças ao sucesso dos lanches e ao excelente atendimento. “O que era para ser um quebra-galho acabou se tornando minha atividade principal”, revela Soares.Com o aumento da demanda, o Porão Lanches expandiu seu espaço físico para oferecer uma experiência ainda melhor aos clientes. Embora a maioria dos frequentadores seja de Canela, muitos também vêm de Gramado. “Minha melhor propaganda sempre foi o boca a boca. Quem construiu minha marca foi o cliente, ao receber um bom produto e recomendá-lo adiante”, afirma Soares.Localizado no bairro Eugênio Ferreira, o Porão Lanches utiliza a vizinhança como ponto de referência. “O cemitério sempre foi um ponto de referência; quando me perguntam onde fica, eu sempre digo que é atrás do cemitério”, comenta Soares. Jairo de Moura Soares deixou a área de A&B para se dedicar ao restaurante CREP’S DA HORA UMA DAS DELICIAS QUE SÓ TEM NO LEODORO DE AZEVEDO Um comércio afastado do Centro, mas que caiu no gosto do público. Esse é o Crepe da Hora, mais um exemplo de negócio aberto durante a pandemia que prosperou e que atualmente é um dos pontos mais procurados para refeições em Canela. No menu são mais de 30 sabores de crepes, panquecas e batata frita, que tornaram o local famoso pela variedade e qualidade dos seus produtos. “Não compro preço, compro qualidade. Acho que qualidade e preço barato não caminham juntos. Você precisa escolher o que quer oferecer, qualidade você vai vender sempre e atrair sempre novos clientes”, afirma o proprietário do Crep’s da Hora, Fabiano de Souza da Silva, 40 anos.O empresário já trabalha com crepes em feiras e eventos, mas ter um ponto fixo não estava em seus planos porque o seu primeiro empreendimento não tinha dado certo. “Mas aí veio a pandemia, que na época parou todos meus eventos. Então montamos uma estrutura bem no local onde hoje está.Enfim a pandemia passou, as coisas foram voltando ao normal”, relembra Fabiano. “Mas eu não podia abandonar aquele cliente que me abraçou na época que em que mais precisei. Importante ressaltar o comprometimento dos colaboradores que me ajudam para que saia tudo quase perfeito”, comenta ele. Depois de emplacar o sucesso com os crepes, o cachorro quente também ganhou destaque.Fabiano tentou implantar uma franquia de uma marca famosa de cachorro quente, mas acabou não acontecendo. “Então resolvi criar o meu dog, mas tinha de ser aberto pois prensado qualquer lugar ou lancheria faziam, e nas minhas coisas gosto de ter o diferencial”, explica.Com o sucesso de procura, o Crep’s da Hora precisou ampliar a sua estrutura-. “Já que na pandemia não podia ter mesa e as minhas vendas já eram boas e os clientes pediam lugar para sentar, então quando ela passou resolvi abrir um quiosque inovador com mesas e alguns lugares para sentar”, conta Fabiano. Negócio iniciou na pandemia Com o sucesso, lancheria expandiu sua estrutura GARAGEM LANCHES PRATOS FEITOS COM SABORES INCONFUNDÍVEIS O que era para ser uma lancheria somente com tele-entrega tornouse um dos restaurantes de bairro mais tradicionais de Canela. O Garagem Lanches é conhecido pelo sabor dos seus lanches e pratos feitos. É um melhor do que o outro, servido em um local aconchegante e com atendimento de primeira linha. “Um tempo atrás, nós tínhamos o Ponto A, vendemos e fomos embora. Voltamos quase dez anos depois. Não queríamos mais ter lancheria, mas caminhando pelas ruas o pessoal comentava quando íamos abrir alguma coisa. Que tinham saudade dos nossos lanches”, relembra Sandro Montenegro. Juntamente com a família, ele resolveu montar o Garagem Lanches, atrás de casa onde moravam no bairro Palace Hotel. “A ideia inicial era trabalharmos somente com tele-entrega”, destaca Montenegro. Em pouco tempo, o estabelecimento precisou aumentar o espaço físico devido à
SPACCIO RAR: O MELHOR DA TRADIÇÃO CULINÁRIA DA ITÁLIA
A comida italiana é sempre irresistível, generosa, saborosa e alegre, se é que se pode traduzir comida em estado de espírito. Aqui na coluna sempre me deleitei escrevendo sobre o Spaccio RAR que para mim tem todas essas qualidades e recentemente, fui pessoalmente desfrutar da sua inigualável gastronomia. Essa genuína trattoria traz o melhor da tradição culinária da Itália, utilizando produtos de denominação de origem que podem ser adquiridos diretamente no Empório localizado no mesmo espaço. O cardápio elaborado magistralmente pelo Chef Mauro Peres com os insumos frescos do Empório é um convite para uma viagem pelos sabores italianos. A Massa Artesanal recheada com Ragu de Pato, o Tortiglioni alla Carbonara com pecorino romano, grana padano e guanciale artesanal, a Lasanha com diversas opções de molho, o Risotto ao Vinho e as opções do mar com peixe e camarão nos fazem querer voltar todos os dias pois fica difícil escolher um único prato. Além disso, a trattoria oferece uma completa carta de vinhos e espumantes da renomada marca RAR. Gramado Parks aposta na capacitação com a Escola de Gastronomia A iniciativa, lançada recentemente, surge como resposta à necessidade de aprimorar a excelência operacional e promover experiências únicas para os clientes. Mais do que um espaço de ensino, a Escola de Gastronomia busca consolidar uma cultura organizacional que valoriza a expertise individual e incentiva a troca de conhecimento entre colaboradores. Com a proposta de abordar temas em três grandes eixos — Institucional, Técnico e Comportamental —, os treinamentos são planejados de acordo com os diferentes cargos da estrutura de gastronomia. O conteúdo é ministrado por instrutores da equipe interna da Gramado Parks, profissionais com vasta experiência e reconhecimento nacional e internacional. Com 20 módulos planejados, a Escola de Gastronomia busca não apenas o desenvolvimento dos colaboradores, mas também fortalecer a reputação da Gramado Parks como referência em excelência gastronômica, encantando clientes e fortalecendo laços com a comunidade. Enquanto a Escola avança com novas turmas e módulos, a Gramado Parks também está em busca de novos talentos. Atualmente, a empresa conta com mais de 150 vagas abertas para diversas áreas, incluindo gastronomia (cozinheiro, auxiliar de cozinha, garçom e atendimento), parques (atendimento geral e cozinha) e multipropriedade (consultores e fechadores de salas de vendas). Além de salário compatível com o mercado, os colaboradores têm benefícios como refeição, transporte, plano de saúde e a oportunidade de integrar um grupo em expansão que é referência em hotelaria e entretenimento no Brasil.
Social da Samanta – 654
Ana, Ana Júlia, Maria Clara, a autora e formanda e Ismael Viezze durante o evento! Foto: Divulgação “O QUE (NÃO) EXPRESSO” Este é o título do livro escrito por Maria Clara Lodea Viezze, que relata a história da autora em relação à uma desilusão amorosa em formato de poemas e pequenos textos. O pré-lançamento do livro, que ocorreu dia 10 de dezembro de 2024 no Grande Hotel Canela em conjunto com a formatura da autora no curso “Formação básica em Produção Literária” pela Escola de Leitura José Luiz de Oliveira, promovido pela editora Criativa Leitura. O evento foi promovido pela família de Maria, Milena Correia e a Criativa leitura, repleto de emoções, músicas tocadas pelo cantor Diogo Candiago e intervenções teatrais de Márcio Marinho Nogueira. A pré-venda do livro teve início nesta noite com valor durante o período de vendas antecipadas de R$40,00. Mais informações basta entrar em contato pelo WhatsApp no número (54) 9 8449-7961. André Aguirre, Claiton Saul e Gilberto Thoen no lançamento de Faltam apenas 25 passos, trajetória do montanhista Gilberto escrita por Claiton. Foto: Divulgação Rotarianas do ROTARY Club de Canela escolheram o Café Cultura pra uma confraternização. Foto: Divulgação Patrícia Poeta fez gravações para o programa Encontro, em Gramado e no dia da transmissão ao vivo calçou uma bota de plica italiana da Designer Vera Rollof! Foto: Divulgação Cati Licks está sempre inovando em suas decorações e este certificado de qualidade é mais que merecido! Parabéns! Foto: Divulgação
Social da Bina – 654
A comediante Bruna Louise faz show em Gramado neste sábado Foto: Divulgação ELA TÁ CORRENDO ATRÁS Quem está afim de dar boas risadas e uma aliviada na correria de dezembro, não pode perder o show da comediante Bruna Louise. Sucesso nas redes sociais, ela tem lotado teatros com seu stand up. Através do riso, Bruna segue o seu propósito empoderando e combatendo os preconceitos, julgamentos e escolhas que tentam fazer por ela. Ela se apresenta no Hotel Master, a partir das 20h30, neste sábado (14). Ingressos em www.minhaentrada.com FEIRA CRIATIVA O V Habitat Criativo promove amanhã (14), a 12º edição da Feira Criativa, exposição de negócios e marcas locais, atrações culturais e comida boa. O evento é gratuito e aberto ao público, iniciando às 10h, vai ter ainda oficina de panetones caseiros e uma exposição de arte em comemoração aos 70 anos da cidade de Gramado. O humorista Paulinho Mixaria, recebeu do vice prefeito Luia Barbacovi e do prefeito Nestor Tissot, a Comenda das Hortênsias. Foto: Yas Almeida A Confraria SG ganhou o reforço de Patti Leivas, na foto com Maciel Burtett. Aliás, dia 29 de março de 2025 tem mais uma edição da Confraria SG, com open churras Foto: Dionathan Santos O presidente da Associação Sala de Arquitetos, Enio Stumpf, com as atenções da esposa, Carla Brisotto Foto: Fabio Grison A vice-presidente da Sala de Arquitetos, Gabriela Lampert, na companhia da sócia Camila Sirtori Foto: Fabio Grison Tiago Cardoso, Janete Mayer e Jordana Cardoso receberam convidados na inauguração da Casa dos Contos Florybal, em Gramado. Um marco especial para a história da marca Foto: Lucas Radmann
Construir e desconstruir
Cada tempo, uma ação. Iniciou, recentemente, a demolição de uma casa icônica localizada no centro de Canela. Tenho boas lembranças dela, de quando criança e adolescente, por ter frequentado, algumas vezes, o seu interior por ser amigo dos filhos do casal de proprietários. Tínhamos uma pequena banda incipiente, inspirada na onda beatlemania, motor da juventude nos primeiros anos da década de 1960. Ali, na sala daquela bela residência, fizemos uma apresentação do nosso grupo por ocasião do aniversário da filha. Orgulhosos e confiantes, cantávamos as músicas da época com nossas guitarras jurássicas e amplificadores ligados em rádios de válvulas. Era muito aconchegante, com uma cozinha de onde saíam almoços formidáveis e uns inesquecíveis bifes à milanesa, aos quais chamávamos de “bifes dourados”, preparados com maestria pela anfitriã. Era uma época de construir futuros, e, passados poucos anos, cada um direcionou-se para um lado, uma profissão, novas famílias e a morada ficou apenas com o casal. O tempo foi seguindo seu curso e a morte levou três, dos quatro que a ocupavam no meu tempo. Ela parou. As janelas, sempre alegres e parecendo olhos abertos para ver o dia, não piscaram mais. O gramado cresceu, o jardineiro diminuiu sua presença, a língua-de-vaca, grama e picão-preto assumiram a horta, abelhas habitaram a chaminé e a alegria do local seguiu junto com os falecidos. Agora, tudo ali está mudando. Os olhos dela já estão sendo retirados, as madeiras internas, encharcadas da história da família, já foram removidas, o telhado começa a desvestir-se. Tudo ao ritmo da desconstrução. Sem as telhas e janelas, a história se evola, seguindo um curso desconhecido. Para onde vão as lembranças? O cheiro e o gosto daqueles bifes dourados ainda persistem em mim, assim como o som tosco das nossas guitarras, com o chiado dos rádios/amplificadores, ressoam. A desconstrução é um processo tão natural como a construção. Isto é visto na natureza diariamente. Anos, décadas para formar um organismo, seja uma planta, um fungo ou um animal, e chega a hora da reciclagem, uma espécie de desmonte do organismo, fazendo suas partes constituintes voltarem a servir outros organismos. Nela, vejo o mesmo, e, na minha percepção, morreu e está em processo de decomposição. Suas telhas, tijolos, madeiras, aberturas, portas e o mais possível serão aproveitados e transformados em um novo lar, em outro local, com outra história, sendo a anterior totalmente apagada. A tristeza sobrevém àqueles que foram contemporâneos dela, mas, se pensar em quem dava vida à velha casa, constato que a ausência deles é determinante e, mesmo que muito esforço seja dispendido para mantê-la, nunca mais será a mesma. Tempo de construir, tempo de desconstruir, tempo de reconstruir. Assim é a vida, em cada tempo, uma ação.
O NOVA ÉPOCA EM CIMA DAS CLASSES
Em 13 anos de Nova Época sob a nossa gestão, um fato que orgulha sempre é vermos as páginas do nosso jornal inspirando e ajudando a educar crianças em escolas. Hoje vamos ilustrar essa iniciativa conjunta com o exemplo da Escola Estadual de Educação Básica Neusa Mari Pacheco – Ciep, em algumas turmas. As turmas de 7º ano produzirammanchetes de capa de jornal, utilizando os diferentes tipos de sujeito, depois de analisarem edições do Nova Época. Já uma de nossas reportagens sobre formas de reciclagem do lixo e controle de resíduos também serviu de fonte de estudo em sala de aula. As responsáveis pelas atividades foram as professoras Camila Brum e Rosângela Marisa da Silva. SEMPRE É TEMPO DE LER GARCÍA MARQUEZ O fato de ser fã de carteirinha do Gabriel García Marquez faz com que eu ponha ênfase nesse convite para irem à Biblioteca Cyro Martins, em Gramado, na segunda-feira (16) às 17 horas. Vai acontecer o último encontro de 2024 da Roda da Leitura e os participantes escolheram o conto “A sesta da terça-feira”, do autor colombiano, Prêmio Nobel de Literatura de 1982 e um dos pais do chamado Realismo Mágico Gabriel García Marquez. Lendo uma passagem do conto, localizei Aureliano Buendía, um dos personagens icônicos de “Gabo” , que povoa até hoje a imaginação de quem curtiu seu best seller Cem Anos de Solidão: Levantou-se, procurou tateando no guardaroupa um revólver arcaico que ninguém havia disparado desde os tempos do coronel Aureliano Buendía, e foi para a sala sem acender as luzes. Orientando-se menos pelo ruído da fechadura que por um terror desenvolvido nela por 28 anos de solidão, localizou na imaginação não só o lugar em que estava a porta como a altura exata da fechadura. Segurou a arma com as duas mãos, fechou os olhos e apertou o gatilho. A Roda de Leitura é gratuita e aberta a todos os interessados. Para participar, basta realizar a leitura prévia da obra selecionada, e confirmar presença através do WhatsApp da biblioteca. O conto está disponível em PDF através do QR Code indicado, assim como em formato impresso, o qual pode ser obtido diretamente com a biblioteca, que se localiza nos findos da Câmara de Vereadores de Gramado. DOMINGO DE MÚSICA NO PARQUE No domingo, (15), ocorre a última edição do ano do ciclo Fins de Semana no Parque do Palácio, projeto mensal com atrações gratuitas que ocorreu durante todo o 2º semestre de 2024. Até o momento, foram realizadas 5 edições, totalizando cerca de 2 mil pessoas presentes. Isabel Scheid, uma das idealizadoras do Coletivo Amigos do Parque do Palácio, comemora o sucesso do projeto: “A presença do público, nestes meses todos, foi surpreendente, superou nossas expectativas!”Na derradeira edição, na parte da tarde vai rolar muita música. Conforme Jeferson Rodrigues, um dos produtores do projeto, será uma mostra de bandas e músicos autorais da região que possuem obras relacionadas à questão de meio ambiente, natureza e liberdade, valores que traduzem o amor pelo Parque do Palácio e por Canela. Segundo Jeferson, o projeto paga um cachê simbólico, mas espera-se que em 2025 possa remunerar ainda melhor as atrações que se dispõem a enriquecer os Fins de Semana no Parque. As atrações são gratuitas e a organização pede que o públicoleve repelente, protetor solar, boné, água, lanche e uma toalhinha ou cadeira para sentar. O projeto Fins de Semana no Parque do Palácio tem apoio cultural do Reserva da Serra, Velha Laje Vinhos, Rissul Supermercado, MR Arquitetura da Paisagem, Panni e Empório Canela. Tem apoio de mídia da Rádio do Canella e é produzido pela Epuã Produções Culturais, Movimento é Arte e Bacanas Produções. É realizado pelo coletivo Amigos do Parque do Palácio, com financiamento da Lei Paulo Gustavo / Governo Federal.
SAIBA QUEM VAI CUIDAR DA SAÚDE
O prefeito eleito de Canela, Gilberto Cezar, continua a formar uma equipe de governo que promete modernidade e eficiência, desta vez com foco na saúde municipal. Anunciando Jean Spall e Ana Maria Rodrigues como novos nomes, Cezar reforça seu compromisso em transformar Canela em um modelo de referência em saúde pública. As escolhas de Spall e Ana Maria refletem a visão estratégica do prefeito eleito, que busca não apenas responder às demandas de saúde imediatas, mas também estabelecer uma fundação sólida para o bem-estar comunitário a longo prazo. Em entrevista ao Jornal Nova Época, eles compartilham suas visões e objetivos para suas respectivas funções. Spall detalhou suas prioridades, como a melhoria nas Unidades Básicas de Saúde e o aperfeiçoamento do transporte de pacientes do SUS. Ana Maria Rodrigues discutiu suas estratégias para elevar o padrão de atendimento e assegurar a eficiência administrativa do Hospital de Caridade. ANA MARIA RODRIGUES – HOSPITAL DE CARIDADE Ana Maria Rodrigues assume a administração do Hospital de Caridade de Canela (HCC) com uma sólida carreira em gestão de unidades de saúde e reestruturação administrativa. Com experiência em implantar programas de qualidade e capacitação de equipes, seu desafio será garantir a sustentabilidade financeira do hospital e a melhoria contínua dos serviços prestados. Sua liderança busca assegurar um ambiente de atendimento que priorize a qualidade e a eficiência. NE – Quais estratégias você considera essenciais para garantir a sustentabilidade financeira do Hospital de Caridade de Canela? ANA – A base de toda sustentabilidade financeira de qualquer setor, e na área da saúde não é diferente, é o levantamento da Receita atual do HCC e a análise da atual despesa do HCC. Precisaremos realizar um redimensionamento do hospital, baseado na sua área assistencial atual e à medida que se for expandindo serviços esse redimensionamento segue sendo feito. Análise da folha de pagamento, da folha médica, insumos, contratos, a atual estrutura hospitalar e de manutenção. Será necessário diagnosticar a operação hospitalar frente aos serviços ora pactuados e, a partir dessa análise realizar o planejamento de novas habilitações, captação de recursos, emendas parlamentares federais e impositivas e fazer com o HCC tenha uma saúde financeira estável para que consigamos resgatar a credibilidade do HCC. NE – Que medidas você pretende implementar para melhorar a qualidade do atendimento aos pacientes? ANA – A qualidade do atendimento passa pelas equipes, desde a equipe assistencial, médica, administrativa, operacional. Todos serão chamados a trabalhar em prol do HCC ser um hospital que acolha, que escute, que resolva os problemas de saúde da comunidade. Teremos que investir muito na humanização do atendimento. Todos os esforços serão feitos para que desde a entrada, permanência e saída do paciente do HCC seja marcada por ele não ser mais um, mas o paciente ser o centro das nossas atenções.A primeira medida será sensibilizar as equipes, apresentar as equipes o que esperamos de cada uma delas e que todos são responsáveis pelo paciente e por sua recuperação dentro do HCC. NE – Como você planeja trabalhar a capacitação de equipes para elevar o padrão dos serviços hospitalares oferecidos em Canela? ANA – Vamos organizar um espaço para termos uma sala de educação permanente e criarmos um plano anual de capacitações. Investir muito forte na segurança do paciente, trabalhar com Procedimentos Operacionais Padrão e Protocolos. NE – Qual a principal mudança que você deverá promover na gestão do HCC? ANA – A principal mudança será de acreditação do HCC perante à população, à Coordenadoria de Saúde (5ª CRS) e frente à SES/RS e ao Ministério da Saúde. No momento que mudarmos a visão que as pessoas tem do HCC, poderemos crescer, evoluir e tornar o HCC um equipamento de saúde viável que possa atender SUS, convênios e particulares. JEAN SPALL – SECRETARIA DA SAÚDE À frente da Secretaria Municipal de Saúde estará Jean Spall, cuja trajetória de mais de 36 anos no serviço público é marcada por realizações significativas. Spall, que já desempenhou o papel de Secretário de Saúde anteriormente, foi peça-chave na implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e na construção da UBS Central em Canela. Ele é conhecido por sua atuação em conselhos regionais e estaduais, sempre focando na ampliação e qualificação dos serviços de saúde. Sua nomeação sinaliza um empenho em robustecer a infraestrutura de saúde e otimizar o atendimento à população. NE – Quais são suas prioridades imediatas para melhorar o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde? SPALL – Primeiro vamos recuperar a autoestima dos servidores, assim como recompor as equipes, depois teremos que recuperar vários programas de Saúde que foram ao longo do tempo abandonados. Precisamos de políticas públicas para atender a comunidade e não a política de favores. Precisamos atingir a todos com universalidade, equidade e integralidade que são preceitos do SUS. NE – Como você pretende aprimorar o transporte de pacientes do SUS para garantir mais eficiência e conforto? SPALL – O transporte, já na minha outra passagem como secretário, foi implantado os dois horários para Porto Alegre e Caxias do Sul, o que já melhorou, para os usuário, a questão de não ficarem o dia todo fora do município. Hoje a demanda certamente é maior que 2018, precisamos avaliar cada situação. NE – De que forma você planeja aumentar a contratação de especialidades médicas no município? SPALL – Para que isso ocorra precisamos rever o credenciamento de profissionais especialistas, uma das formas será habilitar Ambulatórios Especializados junto ao HCC, uma das dificuldades hoje é espaço físico. Para isso, é preciso concluir as obras do hospital e buscarmos recursos para ampliação. Já na Atenção Básica a última Unidade de Saúde construída foi quando estive à frente da Secretaria de Saúde em 2010, e ampliação do Santa Marta em 2018 também quando estive como secretário de Saúde. Hoje para ampliarmos atendimentos precisamos de ampliação de UBS, ou construção de novas unidades. Havendo disponibilidade financeira iremos implantar um turno estendido no mínimo em uma UBS para facilitar o acesso da população e assim desafogar o hospital. NE – O que a
Como comer frutas em 2025
Nane de Souza – Nutricionista Se até o final de 2024 você achava que fruta, por ser fonte de muitas vitaminas e ter baixa caloria, podia ser consumida à vontade, a partir de 2025 você saberá aproveitar melhor os seus benefícios sem colocar em risco um aspecto negligenciado da fruta: seu impacto à glicemia – tal como o açúcar, você sabia? Sim, a fruta é um carboidrato de alto impacto glicêmico, a frutose (“o açúcar da fruta”) se assemelha ao açúcar branco no teor de glicose. A explicação está no peso molecular dos carboidratos. Os carboidratos são divididos em simples e complexos, quanto menor a cadeia de glicoses de um carboidrato, menos trabalho digestivo ele requer, estes são chamados de simples, de digestão facilitada. Assim, carboidratos que passam rápido pela digestão, como doces, produtos de farinha de trigo refinada e frutas, têm suas glicoses simplificadas (livres/prontas) para atravessarem para o sangue. Para que a fruta não altere a glicose sanguínea você deve aprender a frear sua velocidade digestiva, isso é possível se você acompanhá-la de um alimento ou refeição de maior complexidade, nunca coma fruta sozinha de estômago vazio! No café da manhã acompanhe a fatia de mamão com ovos; no lanche da tarde acompanhe a banana com iogurte natural integral. A circunstância perfeita para se comer fruta é junto ou logo depois das refeições maiores – almoço e jantar -, a presença de carne e outros alimentos com algum teor de gordura criam um obstáculo ao trânsito da glicose, tornando lenta a sua passagem para a corrente sanguínea. Para este final de ano: nas ceias de natal e ano novo, melancia, cereja, ameixa, romã, figo e passas aparecem como frutas festivas. Acompanhe-as com saladas e carnes, conforme a proposta dos pratos. E em 2025 compreenda o almoço e o jantar como as melhores circunstâncias para você comer fruta, neste contexto ela só trará saúde, não será problema na glicose.
Obrigado, Neusa Martinotto
Não se pode dizer que este foi um bom ano considerando que foram muitas as perdas com as enchentes; com os golpes que vitimaram, principalmente, milhares de idosos; com a situação econômica instável causando insegurança principalmente quando o partido do Presidente da República consegue a proeza de boicotar a sua política econômica; com um Governador que após uma viagem a China tudo o que tem pra nos contar é que, na volta, foi bem recebido pelos cachorros; com um Prefeito que, no auge no narcisismo, grava vídeos e consome mais de 50 mil reais em diárias no apagar das luzes do seu governo. Por todos esses tropeços dos políticos, cabe festejar o mundo das artes e, em especial aquele que está perto de nós. Lisi Berti que trouxe a cena dois belos espetáculos, o Brasa/Claiton Luiz Saul com seu instigante livro “Faltam apenas 25 passos”, o Pedro Oliveira que nos presenteou uma pesquisa imprescindível “Do Campestre à Cidade das Hortênsias”, além do Vitor Hugo Travi que publicou……………………… e o Memorial Canela que promoveu um grande encontro com a história e a arte no auge do inverno. O ano cultural terminou com chave de ouro com a tradicional mostra que a Academia de Dança Neusa Martinotto apresentou dias 07 e 08 dezembro, no espetáculo “Pequenos Grandes Sonhadores” que me fez lembrar que aquilo que é bom, não cansa. A dupla de roteiristas e produtores Priscila Martinotto e Cássio Colmann contaram com uma equipe de criativos coreógrafos apoiados por um conjunto de adereços, cenários, figurinos belos e surpreendentes. Sem esquecer de mencionar o designer de luz Anderson Zanch que transforma luz em arte. O espetáculo, apresentado no Teatrão – de onde infelizmente se ouvia o show do Multipalco – contou com um elenco de bailarinas (os) que oferecem o clássico, o contemporâneo, a dança cigana ou do ventre, com uma reflexão sobre o homem e a natureza, sob a direção geral da Neusa Martinotto que sempre consegue se superar, quando se trata de qualidade. Por mais de duas horas, o teatro lotado permitiu que o público se mantivesse distante do celular até quando se escuta, do meio da plateia, o grito de “vai Geniffer” com o amor sendo explicitado, um garotinho que gritava “bravo” no término das coreografias, pais acolhendo seus artistas com abraços cheios de ternura e avós limpando o rosto molhado de lágrimas porque afinal, as obras de Neusa Martinotto já deixa saudades antes mesmo de terminar e agora, só no ano que vem, se Deus quiser, com um teatro nas condições que belos espetáculos como este merecem. O espetáculo é uma verdadeira árvore de doces e muita esperança porque há mágica em todo lugar porque os pintores de sonhos constroem um futuro com base na diversidade e como disse a pequena Manuela Cigerza, dona de uma grande interpretação, no final do espetáculo: “nós juntos podemos fazer um lugar melhor para todos”.
Bolicho, Pulperia, Bodega, Venda, …
(“Oitavado” no balcão…) Retirados dos “grandes centros”, eles ainda vivem (e sobrevivem) indiferentes ao modernismo e com poucas intervenções tecnológicas. Na verdade, eles são uma espécie de patrimônio cultural. E, mais que isso, se mantém firmes ao seu propósito: nada além de prateleiras pelas paredes, um grande balcão e, na maioria deles, a presença do “caderninho” para as compras, que são pagas no fim de cada mês. No mais, a prosa calma em contraponto à pressa das ruas… Conforme os dicionários, há várias definições para eles, porém com um objetivo só: o entretenimento no interior. Em sua maioria, até bem pouco tempo, ofereciam jogo de cartas, rinha de galo, jogo de dados, cancha de osso, carreira e, em fins de semana, uma bailanta. Nota-se, também, grande semelhança entre as definições. Bolicho: casa de negócio de pequeno sortimento, pequena venda ou bodega típica da campanha. Pulperia: taverna de campo, pequena casa de negócio. (É termo platino muito empregado na fronteira e quase sem uso na região serrana). “… se podia consumir bebidas alcóolicas, assistir a brigas de galo, jogar dados, osso, cartas”. Bodega: pequena venda de campanha. O mesmo que bolicho. Típico da campanha. Venda: casa de comércio em que se compram e se vendem os produtos da terra, fazendas, secos e molhados, e que é ao mesmo tempo, taberna e local de pouso. Casa que – na campanha – armazena, expõe e coloca à disposição dos compradores uma grande variedade de mercadorias e gêneros… Em reportagem do Jornal Pioneiro “A Serra passa pelo bolicho”, são citados o “Bolicho do Bigode” (localidade de Juá – São Francisco de Paula), a “Bodega do Toni” (localidade de São Marcos – interior de Farroupilha), o “Bar e Armazém Cislagui – a Bodega da Neiva” (Linha 12, Carlos Barbosa), “Bazar Estrela- Guia”, bodega em São Jorge da Mulada (localidade de Criúva – Caxias do Sul). Assim, esses estabelecimentos na calma do dia a dia, resistem ao progresso com seu “comércio raiz”. Ah!, e sem esquecer os recados em cartazes dizendo, por exemplo, “Fiado, só amanhã”; “Dinheiro, mulher e garrafa, não se empresta”; “Se bebes para esquecer, pague antes de beber”. E de prosa em prosa, vendendo de tudo um pouco, eles resistem ao tempo, indiferentes à modernidade. E são hoje, um patrimônio histórico e afetivo do interior do Rio Grande do Sul… a nossa terra!