As férias escolares chegaram, trazendo consigo não apenas a promessa de diversão, mas também uma excelente oportunidade para os pais introduzirem um tema crucial na vida de seus filhos: a educação financeira. Enquanto as crianças desfrutam de um merecido descanso das aulas tradicionais, este período pode ser perfeitamente aproveitado para semear as primeiras noções de economia e finanças. Imagine transformar a organização de um simples passeio em família em uma aula prática sobre orçamento. Esta é uma abordagem que muitas famílias podem adotar nestas férias. Envolver as crianças no planejamento financeiro das atividades familiares, elas irão aprender sobre responsabilidade, mas também entender o valor do dinheiro de forma concreta. Um exemplo criativo está relacionado ao lazer, onde ao planejar uma visita a um dos diversos parques da cidade, os pais podem incentivar os filhos a pesquisar preços de ingressos e sugerir formas de economizar. Esta abordagem lúdica não apenas educa, mas também torna a experiência mais rica e participativa para toda a família. “De onde vem o dinheiro?” Esta pergunta, aparentemente simples, abre portas para conversas profundas sobre trabalho, esforço e recompensa. Quando as crianças entendem que o dinheiro é fruto do trabalho dos pais, elas desenvolvem um respeito maior pelos recursos familiares e aprendem a valorizá-los. Uma atividade prática que muitos pais estão considerando é envolver as crianças na criação de um “mini orçamento” semanal. Isso pode incluir listar gastos básicos como lanches na escola ou pequenas compras, ajudando-as a entender conceitos como priorização e planejamento financeiro. Economia na Era Digital O tradicional cofrinho ganha uma versão moderna nesta nova abordagem de educação financeira. Apps e jogos educativos como “Mesada” e “Meu Dinheiro” estão sendo usados para ensinar crianças sobre poupança de forma divertida e interativa. Definir metas de economia para comprar um brinquedo desejado ou um ingresso para o cinema favorito é uma excelente maneira de ensinar sobre planejamento financeiro. Esta prática não apenas ensina sobre economia, mas também desenvolve habilidades cruciais como paciência e perseverança. Quando uma criança economiza por semanas para comprar algo que deseja, ela aprende sobre gratificação adiada, um conceito fundamental para o sucesso financeiro na vida adulta. A educação financeira nas férias vai além de ensinar a economizar. É uma oportunidade de mostrar às crianças como o dinheiro se relaciona com diversos aspectos da vida familiar. Pais estão aproveitando para explicar contas básicas como luz e água, mostrando como pequenas ações de economia podem impactar positivamente o orçamento da casa.Estas lições práticas são inestimáveis. Elas preparam as crianças para um futuro onde terão que lidar com decisões financeiras complexas, desde o planejamento de uma viagem até a compra de uma casa. Investindo no Futuro As férias escolares, portanto, se apresentam como um terreno fértil para plantar as sementes da educação financeira. Longe de ser uma tarefa árdua, esta abordagem transforma conceitos econômicos em experiências divertidas e memoráveis. À medida que as crianças retornam às aulas, levam consigo não apenas lembranças de momentos felizes, mas também um conjunto de habilidades que as prepararão para um futuro financeiro mais estável e consciente. Educar financeiramente nossas crianças hoje é investir em uma sociedade economicamente mais saudável amanhã. Para especialistas, é uma Oportunidade de ouro O Jornal Nova Época (NE) conversou com João Richa e Caroline Martins, do Escritório Black XP. Eles oferecem insights sobre métodos modernos de educação financeira voltados para crianças. As experiências desses especialistas certamente adicionarão uma perspectiva profissional significativa a este tema relevante. Para baixar os aplicativos mencionados, “Mesada” e “Meu Dinheiro”, visite a loja de aplicativos do seu dispositivo móvel. No Android, procure na Google Play Store, e no iOS, na App Store. Basta digitar o nome do aplicativo na barra de busca e seguir as instruções para instalação. Entrevista João Richa e Caroline Martins NE – Quais são os principais benefícios a longo prazo de introduzir a educação financeira na infância? A alfabetização financeira desde cedo contribui para a formação de jovens adultos mais preparados para lidar com decisões complexas que a vida nos impõe, reduzindo comportamentos impulsivos e endividamentos desnecessários. Para se ter uma ideia, segundo a última Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), 78% das famílias brasileiras se encontram endividadas, com jovens adultos representando uma parte significativa deste grupo. A educação financeira precoce pode ajudar a reverter esse quadro, ensinando conceitos importantes de juros compostos, bem como habilidades práticas, a exemplo do controle de gastos e uso responsável de crédito. NE – De que maneira os pais podem equilibrar as lições de educação financeira com a diversão característica das férias escolares? Um exemplo prático é envolver as crianças no planejamento do orçamento familiar para viagens, decidindo em conjunto como alocar o dinheiro disponível – Essa abordagem incentiva as crianças a participarem ativamente de decisões financeiras. Outra forma divertida de ensinar conceitos importantes é incentivá-las a realizar pequenos projetos empreendedores, como vender bijuterias ou doces. Isso permite que as crianças aprendam sobre custo, lucro e o valor do trabalho enquanto se divertem. Além disso, estabelecer metas financeiras específicas para as férias, como economizar uma parte da mesada para comprar um brinquedo ou um ingresso para um evento especial, ajuda a introduzir o conceito de planejamento financeiro e recompensas de maneira prática fácil. NE – Quais estratégias ou atividades práticas você recomendaria para que os pais comecem a ensinar seus filhos sobre finanças em casa? A melhor forma de ensinar é envolver as crianças em situações do dia a dia e explicar a lógica por trás das decisões financeiras. Quando eu era pequena, minha mãe me levava ao supermercado e pedia que eu ajudasse a encontrar os melhores preços. Ela me ensinava a dividir o preço pelo peso dos alimentos, mostrando que nem sempre o pacote mais barato era a melhor escolha. Isso me incentivava a fazer contas de divisão e me dava um senso prático de economia. Outra estratégia eficaz é estimular o investimento desde cedo. Comprar ações de empresas com as quais as crianças se identificam pode despertar sua curiosidade. Quando meu sobrinho completou 11
Social da Samanta – 661
Ingrid Basler e Jeferson Braga Foto: Gustavo Meroli PALETA ATLÂNTIDA Um dia de confraternização, encontros, bate-papos, música e um delicioso churrasco à beira-mar. Assim pode ser descrito o elegante lounge da incorporadora gramadense Ownerinc, no Paleta Atlântida 2025. O CEO da empresa, Jeferson Braga, recebeu convidados e imprensa, que se divertiram e degustaram o saboroso churrasco feito pelo assador premiado Fernando Schimanoski, harmonizado com espumante e o refrescante drink Tinto de Verano, elaborado pela equipe de Cristiano Ribeiro, da vinícola Arte Líquida, de Gramado, entre outrasiguarias, e demais atrações. Samir Hoffschneider, Cristiano Ribeiro e Duda Couto Foto: Divulgação/Dixon Comunicação Para comemorar o aniversário de 74 anos de Mario Petry, estiveram presentes, entre outros, os amigos Neca Fonseca, Julio Arsand, Bira Gil, Paulo Perotoni, Elton Franzen, Paulo Bergamaschi, Vitor Hugo Travi, o aniversariante, Gerson Arsand, Libório Schilieper e Marcelo Soprano Foto: Divulgação O mano Bernardo, a mamãe Adriana Rambo e o papai Leandro Oliveira realizados com a chegada da pequena Bella! Foto: Divulgação
Social da Bina – 661
Tábatha Colla – (Interina) – tabathacolla@gmail.com Eficiência e discrição que fazem a diferença, Liane Carvalho comanda a Addera, oferecendo atendimento remoto como secretária executiva para empresas e profissionais em Gramado, Canela e região Foto: Nathália Monteiro Com dedicação e conhecimento, a psicóloga Mariane Oliveira Till e a graduanda em psicologia Talia Ozório transformam vidas, acolhendo crianças, adolescentes e adultos, elas oferecem uma escuta sensível e um olhar profissional para o bem-estar emocional Foto: Tabatha Colla Mari Oliboni Bianco, a mente criativa por trás da Fragram, idealizadora e proprietária da marca, ela transforma paixão em essências Foto: Divulgação Momentos especiais à beira-mar! Em Garopaba, Natacha Bonaspetti e os filhos Alexia e Gugliermo, a colunista Bina Santos, Fábio Franck e Lucas von Ameln aproveitam o melhor do verão catarinense Foto: Divulgação Charlene Koetz e Domi Muller um casal lindo em um lugar encantador, em meio à beleza surreal do Templo Branco de Wat Rong Khun, em Chiang Rai. Um cenário que combina arte, espiritualidade e encanto na Tailândia Foto: Divulgação
Feliz ano novo!
Nesta semana essa mensagem ecoou em milhares de lugares neste vasto mundo. É que o 29 de janeiro de 2025 marcou o Ano Novo Chinês, ou Ano Novo Lunar. Para entender a diferença com o nosso 31 de dezembro, a data da virada na China e em alguns países na Ásia não ocorre sempre no mesmo dia, como aqui, onde adotamos o calendário gregoriano de 365 dias fixos. Os chineses têm a Lua como referência e o final de ano ocorre na segunda Lua Nova que segue o solstício de inverno. É o fim dos doze ciclos completos da Lua, o que dá, na maioria das vezes, 354 dias. O ano de 4723 (2025), na China, começou então no dia 29 e se encerrará no dia 16 de fevereiro de 2026. Também chamada de Festival da Primavera, a passagem de ciclo é o mais importante feriado da China, que dura oito dias ou mais, com uma movimentação recorde de pessoas, quando milhões viajam para ver suas famílias. O novo ano que se inicia, sempre celebrando um dos doze animais mitológicos do calendário chinês, será o Ano da Serpente de Madeira. Na cultura tradicional chinesa, a cobra é vista como símbolo de sabedoria, mistério e transformação. Este período une a sabedoria da serpente com a energia criativa e expansiva da madeira. Será um período propício para decisões conscientes e avanços pessoais, para a introspecção e a busca por autoconhecimento. Chega no momento certo Com a Terra clamando por socorro, as premissas do Ano Novo Lunar são auspiciosas pois, segundo estudiosos, os anos da Serpente costumam trazer avanços culturais, criatividade e soluções inovadoras. Entre as áreas com potencial de crescimento estão tecnologia verde, projetos colaborativos e soluções sustentáveis para desafios globais. Mas pode haver dificuldade de troca de informações nos relacionamentos pessoais e profissionais, dada a introspecção da serpente. Rituais do ano novo lunar Junto com as comemorações, vêm as superstições dos chineses: • Não lavar o cabelo no Ano-Novo Lunar. Em algumas tradições, não se deve nem tomar banho ou lavar roupas no primeiro dia do Ano Novo; • Não varra o chão nem tire o lixo. Estará levando sua sorte embora; • Para atrair riqueza no ano, não se deve comer mingau; • Não apresse alguém a sair da cama, significa que será apressado o ano inteiro; • Não cumprimente alguém que ainda está na cama com votos de Ano-Novo. Pode fazer com que a pessoa fique de cama doente; • Não tire uma soneca à tarde, indica preguiça no próximo ano; • Mulheres casadas não devem visitar a casa dos pais; • Ao dar dinheiro como presente, o valor deve ser um número par. De kombi no mundo – XXII Enfim dois viajantes kombeiros de Gramado nesta coluna, Fladimir Freitas dos Santos e Vilma Tomasini recém estrearam em Santa Catarina a Kombi 2012, equipadíssima, que adquiriram em Londrina (PR) depois de três anos de procura. Já viajavam e dormiam dentro de uma Dobló adaptada, então a Kombi impecável, de teto elevado e chuveiro interno, é um verdadeiro upgrade de conforto. Nos planos imediatos para o segurança de banco aposentado e a companheira, estão conhecer tudo o que o Rio Grande tem de bonito, depois o Brasil.
A nova Guerra Fria
Certa vez, escutei a frase: “Se você acha que é bom em algo, pode acreditar que existe um chinês que é melhor.” Adoro frases que resumem grandes lições de vida e de mercado, e essa, em particular, foi algo que pude comprovar pessoalmente. Em outubro de 2024, tive a oportunidade de visitar Xangai. Foram apenas cinco dias, mas foi uma imersão intensa, repleta de experiências marcantes. Desde assistir ao badalado torneio de tênis, o ATP Masters de Xangai, até passar um dia inteiro na sede do Alibaba, vi de perto a verdadeira máquina de execução que é a China. A experiência foi tão intensa que, ao voltar, passei quase um mês doente — claro, a idade e as 36 horas da viagem de volta certamente contribuíram. Amigos que já estiveram por lá me disseram que isso é normal; os ares do Oriente às vezes podem nos abalar. Esta semana, quem se abalou com os “ares chineses” foi o mercado acionário americano. O destaque é a nova “corrida espacial” no mercado de inteligência artificial (IA). Nesta segunda-feira, 27 de janeiro, a turbulência no setor fez evaporar impressionantes US$ 1 trilhão. Por muito tempo, a supremacia americana na corrida da IA parecia inquestionável. As big techs investiram — e continuam investindo — bilhões de dólares em pesquisa e infraestrutura para atender às demandas crescentes dessa tecnologia transformadora. E então, surge do outro lado do mundo uma pequena startup chinesa para chacoalhar o status quo da indústria. A DeepSeek, com supostamente menos de 200 funcionários e recursos limitados, apresentou, na semana passada, dois novos modelos de linguagem que rivalizam — ou até superam — as opções mais avançadas de gigantes como OpenAI, Anthropic e Meta. É verdade que, praticamente todos os dias, surge um novo modelo no mercado, o que vem progressivamente commoditizando esses recursos. Hoje, a Meta tem seu modelo, a OpenAI o dela, e assim por diante. Como ocorre com qualquer produto commoditizado, a vantagem competitiva pertence a quem consegue entregar o melhor custo-benefício — ou seja, operar com custos menores e eficiência superior. E foi exatamente isso que a DeepSeek alcançou. A inovação da DeepSeek está em ter sido a primeira a implementar, de forma pública, ideias teóricas que já circulavam no mercado — com algumas sacadas próprias que fizeram toda a diferença. Essa abordagem permitiu que seus modelos fossem, por algumas métricas, até 45 vezes mais eficientes do que as principais alternativas. Para treinar o modelo V3 (sua versão de IA), por exemplo, a empresa afirma que o custo foi de apenas US$ 5 milhões, enquanto gigantes como a OpenAI gastam centenas de milhões no desenvolvimento de suas soluções. Em um mercado onde eficiência e custo são cruciais, a DeepSeek mostrou que grandes revoluções nem sempre vêm de grandes orçamentos — e, mais uma vez, a China prova sua capacidade de inovar e desafiar os gigantes. Mas será que isso realmente acontecerá? Existe um fator estrutural que pode limitar a capacidade de longo prazo da China nessa corrida: o acesso aos chips mais avançados. Sob restrições de exportação dos EUA, o país enfrenta dificuldades para obter semicondutores de ponta, essenciais para o treinamento de modelos de inteligência artificial cada vez mais complexos. Enquanto os EUA seguem com acesso irrestrito a tecnologias como os chips da Nvidia, a China precisa lidar com alternativas menos avançadas ou encontrar formas de contornar essas barreiras. Outro ponto a ser considerado é que um modelo de origem chinesa pode gerar resistência entre governos e empresas ocidentais, especialmente considerando o uso estratégico da IA em setores críticos. Apesar de todos os avanços, no Ocidente ainda enxergamos a China como uma “caixa preta”. Independentemente de quem será o vencedor nessa corrida, uma coisa é certa: a inteligência artificial transformará profundamente nossa economia e nosso cotidiano. Essa revolução criará oportunidades únicas para investidores. Estar atento a essas oportunidades e saber aproveitá-las será fundamental para quem deseja capturar valor no longo prazo. E lembrando que independente de qualquer coisa que venha a acontecer: “sempre haverá um chinês…”
A Dieta da Gracyanne do BBB
Nane de Souza – Nutricionista Entenda por que ela come tantos ovos. Gracyanne é uma musa fitness que entrou para o Big Brother Brasil no último dia 13. No passado, ela se tornou conhecida porque namorou o cantor Belo, hoje ela está nas notícias por causa da sua dieta: Gracyanne come quarenta ovos por dia! A dieta dos ovos já estava em alta principalmente porque a influenciadora @virginia aparece no Instagram comendo muitas claras de ovos e tem igualmente o corpo magro e fitness, com a entrada de Gracyanne no BBB, não se fala em outro assunto: por que comer só ovos? Pode comer tantos ovos assim? Por que comer só ovos: O motivo pelo qual Gracyanne e Virgínia comem ovos é porque para construir e sustentar a massa magra precisa comer muita proteína, e ovos – a parte da clara – é proteína pura. Pode comer tantos ovos assim? Gracyanne é uma mulher com muito músculo, os quarenta ovos que ela come nutrem a sua musculatura e é proporcional à carga de treino que ela faz na academia. Pessoas que fazem musculação podem sim comer muitos ovos, pois tanto o nutriente proteína como a caloria da gordura são utilizados para sustentar a massa magra construída, e formar mais. Qual seria a minha direção dietética para quem deseja construir músculo: Eu manteria o consumo de ovos, pois ovo é uma ótima proteína com a vantagem de ser muito barata, porém, comer só ovo é monótono e enjoativo. Eu colocaria outras proteínas para variar o cardápio, como: peito de frango, atum, carne vermelha magra e whey protein. Ovo é um alimento perfeito, hipernutritivo, visto que ele é um complexo que gera vida. Hoje já se sabe que até mesmo a sua parte gordurosa, antes muito temida, é rica em vit A, colina, coenzima Q10: nutrientes riquíssimos. É ultrapassado apontar que ovo faz mal à saúde, agora, quarenta ovos, só mesmo um atleta de alta performance de academia, como a Gracyanne, pode comer por dia.
VAGALUME SERRA GAÚCHA?
“Rio de Janeiro cidade que nos seduzDe dia falta águaDe noite falta luz(De dia falta água)(De noite falta luz) Abro o chuveiroNão cai um pingoDesde segunda até domingoEu vou pro matoÔi, pro mato eu vouVou buscar um vagalumePra dar luz no meu chateau(Ô, ô, ô)” No ano de 1954 o compositor carioca Afonso Victor Simon compôs a marchinha de carnaval Vagalume. 71 anos depois, em pleno Século XXI, possivelmente essa será a marchinha de Carnaval da Serra Gaúcha. As cidades de Canela e Gramado têm sofrido com constantes faltas de água e de energia elétrica. Não é de se acreditar que, com a tecnologia que temos atualmente, essas infraestruturas sejam tão precárias.Há alguns anos se criticava o poder público quando essas estruturas eram de empresas estatais. Atualmente esses serviços estão privatizados, mas os velhos problemas continuam. Eu considero que uma privatização é boa quando gera concorrência, como foi no caso da telefonia. Mas quando a privatização gera monopólio, não parece ter vantagem para o consumidor. E esses problemas não são de agora.Há anos vem se repetindo. E nem dá para dizer o velho ditado: “era a gota que faltava”, pois está faltando mesmo. As duas cidades juntas se aproximam dos 100 mil habitantes. Com os turistas esse número pode dobrar. É visível a grande quantidade de empreendimentos imobiliários em ambas as cidades. E tudo isso vai utilizando uma infraestrutura que não acompanhou o crescimento das cidades.A Lei do Plano Diretor deveria existir para regular isso. E aqui falo somente da água e da energia elétrica. O esgoto precisa de um texto só para ele. Então esses problemas chegaram ao limite do tolerável pela população, pois as faturas chegam pontualmente nos endereços e no primeiro dia de atraso já incidem multas e juros. Hora dos gestores públicos agirem e pensarem também nos moradores e não só em turistas.Fica feio trazer turistas e ver eles passearem pisando no esgoto que corre das calçadas ou ver sua hospedagem ser abastecida com caminhão pipa. Gestores e empresas precisam encontrar essas soluções, senão poderemos ver em breve o colapso da infraestrutura. E hoje até vagalume está difícil de encontrar.
Saudade… em prosa e verso!
(Falando de interiores…) No dia 30 de janeiro, ontem, (pra quem não sabe!), é comemorado o dia da saudade. Em resumo, saudade significa “sentimento causado pela distância ou ausência de algo ou alguém”. Tem origem no latim, com significando de solidão. É nostalgia, ausência, mágoa, melancolia,… Mas também é alegria, bem estar e mote para escritores e poetas, como veremos abaixo: Saudade é um amor estocado no peito Do título acima (jornal Pioneiro, texto de Adriana Antunes –a.adriantunes@gmail.com), destacamos um pequeno fragmento: “Todo mundo tem um jeito de falar de saudade, mas o que é mesmo, ninguém sabe. Nem eu, nem tu. Mas talvez seja uma espécie de dor que brota bem dentro da gente. Uma dor sem despedida. Sem medida. Sem tamanho. Que aparece quando a gente menos espera. Uma dor misturada com lembrança. Porque saudade a gente só tem de algo que viveu. Viveu e terminou. Mas não é qualquer lembrança. É aquela que a gente sabe que faz falta. E como faz. Faz falta o cheiro, o sorriso, a conversa, o abraço, a risada alta, o modo com que falava. Faz falta a emoção, o cigarro aceso sobre o balcão, as conversas. A saudade nasce logo depois de um tempo. Nasce quando menos se espera. Um dia chega e desabrocha. Perfuma o ar e faz a gente chorar. A saudade é sempre úmida. É uma brisa suave que se espalha pela casa, invade o coração, a cabeça e a alma. A saudade invade o tempo sem pedir licença e se senta junto. Não dá para fugir. Quem viveu um amor, quem viveu uma alegria, quem viveu um sonho, sente saudades. Parece um sentimento ruim porque só aparece depois que tudo acaba, mas na verdade, é a certeza de que algo bom, de fato, aconteceu. Às vezes a saudade se esconde dentro de um livro lido pela metade e nunca mais tocado. Ou no chapéu pendurado no cabide e nunca mais usado. (…………………………………….)”. Na poesia popular brasileira: “A Maria, só por maldade, deixou minha casa vazia; Hoje, lá em casa, a saudade. / E na saudade, a Maria!” E o poeta gaúcho, então? E o nosso cancioneiro gaúcho, na poesia Saudade ( ? ) com muita propriedade expressa esse sentimento: “Saudade é dor que belisca / não se sabe dizer onde; é tropilha muito arisca / que no passado se esconde. É uma doçura amarguenta / como o mate chimarrão, tironaço que rebenta / o sovéu do coração. (…………………………) É potranca pelo-duro / gaviona, barbaridade, não há coração, eu lhes juro / que palanqueie a saudade”. O rico tema saudade, é frequentemente lembrado pelo prosador e o poeta do Rio Grande do Sul… a nossa terra!