Prestes a completar sete anos de existência, a Bunny Bear é uma instituição de ensino, situada entre Canela e Gramado, onde os alunos aprendem a língua inglesa seguindo um método próprio voltado ao desenvolvimento não só acadêmico, mas pessoal e emocional. Em um ambiente marcado pela felicidade, a Bunny Bear, no bairro Carniel, recebe desde crianças pequeninas a adolescentes, que fazem uma imersão no idioma passando a vivenciá-lo a cada momento em que estão lá. A ideia da criação de uma escola que colocasse, desde os primeiros anos de vida, a criança em contato com um segundo idioma tão importante como é o inglês surgiu da amizade e da convicção, de duas amigas, na eficácia do método imersivo, onde todos os sentidos estão imersos em um propósito. A empresária e advogada canelense Mariana Krause Corrêa e a educadora Anelise Salgado – esta, com 30 anos de experiência no ensino de idiomas, mentora de projetos e oficinas bilíngues e qualificações como Especialista em aquisição da linguagem na primeira infância – implantaram a Bunny Bear com o propósito de fazer com que o estudante evolua naturalmente no aprendizado desenvolvendo as quatro habilidades básicas (falar, ouvir, escrever e ler), além de sentir, vivenciar o novo idioma. VIVA O UNIVERSO BILÍNGUE Os diferenciais da Bunny Bear, pilares do seu sucesso, vão do período de permanência na escola (dois encontros semanais de duas horas e meia) ao formato das salas de aula; dos ambientes integrativos à didática adotada, em que até os 11 anos não se utiliza livros didáticos, todo o material é desenvolvido pelo professor com participação do aluno. A premissa é: o aprendizado tem que ocorrer de forma prazerosa. “Ninguém aprende sem estar feliz”, afirma Anelise Salgado. A escola monitora a qualidade dos lanches e bebidas que os alunos trazem, para que sejam essencialmente naturais, desenvolvendo hábitos alimentares saudáveis. Promovendo a integração, na Bunny Bear é comum o fato de alunos mais velhos servirem às vezes de monitores e de teachers informais para as crianças pequenas. Comprometimento também é palavra de ordem, e a escola demonstrou-o ao dar continuidade às aulas em plena pandemia de covid-19. Durante todo o período, foram entregues nas casas de cada um dos alunos, com toda segurança, as atividades para que não houvesse interrupção e estabeleceu-se atividades online. APRENDIZADO DENTRO E FORA DA BUNNY BEAR Atividades extra-curriculares, com todos se comunicando sempre em inglês, são outro ponto forte da Bunny Bear. Nos quase sete anos de existência e cada vez mais, as saídas para visitar locais de interesse, sejam os parques e atrações de Canela e Gramado, seja em locais fora daqui, reforçam a importância do contato com o mundo e a natureza. Um exemplo de interação com o meio ambiente ocorre nas aulas que seguidamente acontecem no endereço onde iniciou a escola, o casarão do Grande Hotel Canela e seu entorno com o verde exuberante. A originalidade da Bunny Bear avança em outras áreas, como na celebração de datas comemorativas. Além das principais dos calendários gaúcho e brasileiro, o aprendizado é posto em prática em festividades típicas americanas, inglesas, irlandesas e de outros países de fala inglesa. Vale citar a Texas Party (semelhante à nossa Festa Junina) e o Saint Patrick´s Day, famoso na Irlanda. As comemorações das datas vêm acompanhadas de um estudo sobre os locais onde ocorrem. O EXAME DE CAMBRIDGE E OS INTERCÂMBIOS Pensando nos adolescentes e nas oportunidades profissionais e de convivência que o mundo oferece hoje, a Bunny Bear prepara para o Exame Internacional de Cambridge. Trata-se de uma certificação internacional que comprova seu nível de conhecimento e habilidades na língua. Essas certificações são exigidas por grandes universidades e empresas ao redor do mundo. Em dois anos de preparação para as provas, sob a supervisão da coordenadora pedagógica Márcia Ferrari, alunos da Bunny Bear comprovaram a sua qualidade ao conquistar as certificações, dentro de suas categorias e faixas etárias, com excelentes resultados. De olho em outras portas do mundo que se abrem para os jovens, que são os intercâmbios, a Bunny Bear escola é parceira do Rotary Clube Canela Inspiração e oferece atividades voltadas à preparação, em todos os aspectos, para essa experiência enriquecedora. AGORA TAMBÉM COM O ESPANHOL Todas essas iniciativas aqui relatadas mostram que a Bunny Bear continua trilhando o caminho certo e proporcionando oportunidades de crescimento e desenvolvimento para seus alunos. Elas são melhor sentidas se você visitá-la pessoalmente e conhecer o seu dream team de professores. Uma verdadeira escola em movimento, a Bunny Bear está com matrículas abertas e oferece, para 2025, a opções de aprender espanhol. BUNNY BEAR – RUA JOÃO CARNIEL, 284 – GRAMADO – FONE 54 98150 3248 – WHATS 54 98104 7111
Canela terá oito eventos oficiais
Canela terá oito eventos oficiais promovidos pela Prefeitura ao longo de 2025: Páscoa, Semana dos Namorados, Feira do Livro, Temporada de Inverno, 31ª Festa Colonial, Semana Farroupilha, 32° Festival Internacional de Teatro de Bonecos e 38º Sonho de Natal. A programação das festividades foi anunciada para a imprensa e o trade turístico na manhã de quinta-feira (6), no Grande Hotel. PREFEITO Gilberto Cezar enfatizou que mesmo com pouco recursos eventos terão qualidadeFoto: André Fernandes O calendário foi elaborado pela Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, com o objetivo de valorizar Canela como destino turístico e fortalecer a economia local. A maioria das atividades neste ano será realizada com recursos externos com o apoio da iniciativa privada em razão do curto espaço de tempo e ausência de projetos para a busca de verbas, uma vez que, a atual administração está a pouco mais de 30 dias à frente do governo municipal. A intenção dos organizadores é captar patrocínios por meio de leis de incentivo para 2026, editais de patrocínio e licitação de proponentes para a execução das festividades. Qualidade e conteúdo deverão ser os pilares dos eventos. “Nossa equipe do Turismo é extremamente qualificada e está trabalhando forte, mesmo com poucos recursos apresentarão eventos de qualidade”, destacou o prefeito Gilberto Cezar. O chefe do Executivo municipal também ressaltou, que Canela contará com um moderno centro de eventos. “Não estamos de brincadeira, não entramos para brincar”, disse Cezar. Responsável pela Secretaria de Turismo, Rafael Carniel ressaltou que o desenvolvimento do turismo envolve o setor público e privado. “Nosso papel como gestores públicos é sermos facilitadores para que o turismo possa acontecer, mas é extremamente fundamental e produtiva a participação da iniciativa privada”, disse Carniel. O secretário também observou a busca pela qualidade na execução dos eventos públicos. “Fazer um monte de coisa, não entrega resultado, mas sim fazer a coisa certa. Não importa o tamanho do evento, o que importa é a essência e o nosso capricho”, comentou Carniel. Ele também lembrou que conforme dados da Associação Internacional de Parques de Diversões e Atrações (IAAPA), Canela está inserida no terceiro polo de parques e atrações das Américas. SECRETÁRIO Rafael Carniel apresentou o calendário de eventosFoto: André Fernandes A Páscoa abre a temporada de eventos promovidos pelo Poder Público, mas o calendário ganhou uma nova atração. Para celebrar o Dia dos Namorados e atrair os apaixonados para Canela, uma programação especial será montada. A Semana dos Namorados, voltada para o turismo romântico e de casais irá envolver as redes hoteleira e gastronômica da cidade. “A Semana dos Namorados em Canela é o nosso novo evento do calendário, oferecendo Canela como um lugar perfeito para viver o amor. E não importa o tipo de amor, Canela é acolhedora para todos os públicos, então a gente vem com esse evento que é uma celebração do amor”, explica Carniel. Após cinco anos sem realização, está confirmado o retorno do Festival Internacional de Teatro de Bonecos de Canela à grade de eventos. “Para alcançarmos o sucesso na divulgação turística do município é fundamental trabalharmos com a essência da cidade, resgatando todo os potenciais, naturais e culturais, enfim, toda a hospitalidade autêntica que a cidade oferece”, enfatizou Carniel. A coletiva de lançamento do Calendário Oficial contou com a tradução em Libras da intérprete Letticia Francisco, CEO da Semearhis. A empresa é especialista em ações e estratégias que desenvolvem acessibilidade nos eventos e será parceira de Canela na implementação de ações graduais para fazer com que todos os eventos municipais estejam e sejam para todos. SECRETÁRIO FALA SOBRE RECURSOS E FESTIVAL DE BONECOS NE – Os eventos contarão com patrocínios ou recursos próprios? Carniel – A ideia é trabalhamos com patrocínios de verbas de marketing das empresas, tendo em vista que não houve nenhum tipo de projeto de Rouanet ou de Lei de Incentivo à Cultura realizado pela Secretaria de Turismo no prazo que era hábil em 2024. De fevereiro a outubro não houve esse cadastramento de projetos, como já não vinha acontecendo há vários anos, eram usados recursos do município para isso. A ideia é que a gente tenha um trabalho mais consistente de captação. 2025 ainda é um ano particularmente difícil porque nós dependemos das verbas de marketing das empresas, e aí nesse sentido é um trabalho de captação com empresas parceiras que se identifiquem com o conteúdo que nós vamos trazer para os eventos, e também complementar se é necessário com recursos do município, tentando desonerar- ao máximo o caixa do município, considerando que existem várias outras prioridades, que se naturalmente a gente capta recurso com eficiência, desocupa os recursos do município para serem investidos em saúde, educação, segurança e entre outras áreas. Importante complementar também que nesse ano nós já vamos trabalhar com a licitação para proponentes e editar ou para captação de recursos. Naturalmente, vamos trabalhar consistentemente em 2025 para ter uma excelente performance de captação já em 2026. NE – O Festival de Bonecos voltará a ocorrer? Carniel – Sim, nós estamos anunciando no calendário oficial a volta do Festival Internacional de Bonecos. É um evento que é de Canela, que tem histórico, que vem de um legado de artes cênicas que era pulsante, que era muito forte na cidade. Canela é uma cidade criativa, por excelência, é uma cidade que poderia, naturalmente, buscar chancelas, inclusive da Unesco, como cidade criativa, por ter artes cênicas como base da sua cultura também ao longo do tempo, além de várias outras manifestações culturais. Naturalmente, a gente tem que recuperar aquilo que é da nossa essência, o orgulho de pertencer da nossa comunidade, enfim, o resgate do Festival Internacional de Bonecos já é um movimento nesse sentido, da valorização do que é nosso e da retomada daquilo que era bom. SECRETARIA QUER ENTREGAR QUALIDADE A Secretaria Municipal de Turismo dispõe de um orçamento anual de R$ 13 milhões, porém aproximadamente R$ 3 milhões podem ser destinados à execução de eventos de autoria da Prefeitura. O montante é considerado insuficiente para viabilizar a grade de eventos
Verão pede saladas!
O verão e a nossa saúde pedem saladas. Pratos coloridos e refrescantes, perfeitos para serem usados como refeição única ou acompanhamento. Então vamos lá, aqui e nas próximas edições vou publicar um verdadeiro festival de saladas para todos os gostos. Sem esquecer que um dos segredos de uma boa salada são os temperos que dão o toque final. Sobre a arte de temperar saladas Segundo um antigo provérbio difundido na Itália, “são necessárias quatro pessoas para temperar adequadamente uma salada: um avarento para despejar o vinagre, um pródigo para adicionar o azeite, um sábio para salgá-la e um louco para misturá-la”. E se os econômicos, os brilhantes e os sábios pudessem se expressar livremente, talvez dissessem ao louco para se acalmar um pouco… Não é de surpreender que, até o final do século XVII, a mistura da salada fosse feita por jovens donzelas: : com as próprias mãos, elas viravam delicada e uniformemente, sem “machucar” a salada. Salada Tropical Ingredientes Mix de folhas de sua preferência Palmito, Manga, Tomates cereja Castanha do Pará Para o molho: 3 colheres de sopa de azeite, 1 colher de sopa de mel, 2 colheres de sopa de aceto balsâmico, sal e pimenta do reino a gosto Modo de Fazer: – Lave, seque e reúna todas as folhas – Pique o palmito e os tomatinhos em cubos e a manga em lascas – Em uma tigela, coloque as folhas rasgadas, o tomate, o palmito, a manga e as castanhas. Misture; – Em uma vasilha, coloque o azeite, o mel, o aceto e tempere com sal e pimenta; – Misture bem e derrame esse molho sobre as folhas; Salada de Grão de Bico e Bacalhau Ingredientes 500g de grão de bico cozido 2 postas de bacalhau cozido 1 cebola pequena 1 raminho de salsa 3 ovos 1 abacate 5 colheres (de sopa) de azeite 3 colheres (de sopa) de vinagre 1 raminho de salsa Moinho de pimentas Modo de Fazer: – Levar uma panela ao fogo com os ovos cobertos com agua para cozinhar. – Escorrer os grãos e colocar numa saladeira. – Retirar as peles e espinhas do bacalhau e separar em lascas. – Adicionar o bacalhau aos grãos juntando a cebola picada. – Temperar com azeite, vinagre, salsa picada e pimenta moída na hora. – Misturar bem. – Descascar os ovos e cortar ao meio. Descascar o abacate, cortar em cubos e reservar. – No momento de servir a salada colocar uma porção de grãos no prato, colocar o abacate no centro e os ovos por cima temperando com um pouco de pimenta. Sobre os molhos para saladas O molho é uma arte e uma ciência. Primeiro, os ingredientes de uma salada precisam mostrar seus aromas, sabores e cores. Então, uma certa ordem precisa ser respeitada na sequência de adição de ingredientes. Finalmente, a salada deve ser temperada logo antes de servir, para que os vegetais não murchem. O molho clássico consiste em sal, vinagre (ou suco de limão) e óleo. O sal deve ser usado com moderação e, se possível, é melhor usar sal marinho “integral”, que conserva toda a riqueza das substâncias suspensas na água do mar. O sal deve ser dissolvido no vinagre antes de adicioná-lo à salada. O vinagre pode ser de uma ampla variedade de tipos: vinagre de vinho, branco ou tinto; vinagre balsâmico tradicional de Modena (o melhor para saladas); ou mesmo vinagre feito de cerveja, maçã ou leite. Depois, há os vinagres saborizados, como os aromatizados com framboesas, rosas ou estragão. O óleo vegetal, também, pode ser produzido de várias fontes, mas o ideal para uso cru é o azeite de oliva, de preferência extra virgem, com um sabor delicado, para não sobrepujar a salada. Semana que vem tem mais…
Social da Samanta – 662
Michele Oliveira, gestora Comercial Sul da Gramado Parks, com Thiago Samejima, CEO da Parksnet e Rudinei Souza, Diretor de Vendas em evento no Hard Rock Café Gramado. O encontro reuniu representantes de parques da região e premiou os 20 melhores afiliados Parksnet que se destacaram ao longo da campanha da temporada de Natal. Foto: Divulgação Ana Cardoso, Carla Leidens e Simone Becker celebrando uma amizade de outras vidas. Foto: Divulgação A equipe da Voges & Barbacovi teve um bate papo com Caia Tissot sobre imagem e comportamento no ambiente corporativo. Foto: Divulgação Entre os pais Andrea e André, a canelense Alice Wender é só alegria na partida para o intercâmbio de um ano na Nova Zelândia. Foto: Divulgação Provador Black Bull- um projeto que exalta a beleza e a personalidade de mulheres reais. A convidada do mês foi a empresária Manu da Costa, que contou sobre sua rotina e provou peças de modelagem exclusiva em couro legítimo Black Bull. Foto: Usina Comunicação digital
Social da Bina – 662
A empresária Manoela da Costa Moschem, foi a convidada do provador Black Bull, participando de um bate-papo com a relações públicas da marca, Renata Willrich, e após, provou peças que fazem parte do seu lifestyle Foto: Usina Comunicação Digital VOLTEI Depois de duas semanas de férias, estou de volta assinando a coluna que faço com tanto carinho para você, leitor do Nova Época. Nas duas últimas edições minha querida amiga, Tábatha Colla foi quem cuidou desta página para mim. Obrigada, Tabs! CARNAVAL A agenda de Carnaval do Olivas de Gramado está cheinha de atrações. De 22 de fevereiro a 4 de março, sempre a partir das 16h, vai ter uma programação especial com shows como Cariocas Samba Clube e Os Calamares. Ingressos à venda no site do parque. Chris Carpes e Oséas Tomasi em tour por Chicago, onde conheceram a escultura The Bean Foto: Divulgação Rosa Helena Volk, presidente da Gramadotur, recebeu a visita do gerente de marketing da Prawer Chocolates Cássio Castilhos, durante o Gramado in Concert Foto: Divulgação A jornalista Andréa Spalding recebe a relações públicas Aline Viezzer no lounge da Owneric Gramado, no evento Paleta Atlântida 2025 Foto: Divulgação Férias em Nassau, nas Bahamas! Maria Clara Coletto e Tiago Port Foto: Divulgação
Na costa do rio Muniz
Em um dia agradável de sol forte e luz boa, com o calor sendo temperado, de tempos em tempos, pela passagem de algumas nuvens, fui caminhar no campo para ver e sentir o local. O terreno descia em direção a um pequeno vale, onde já avistava as águas transparentes do rio Muniz, calmo e com o negro leito exposto devido a estiagem. Quaresmeiras-do-campo, pequenas como as carquejas, mostravam a estação do ano através de suas flores, havendo grande movimentação de abelhas por todos os lados. Um capão de mato, quase redondo, parecia uma ilha num oceano de gramas, trevos e outras tantas ervas. É um abrigo natural para o gado contra sol e chuva, deixando o chão sem grama,dizem pelo grande movimento de cascospor ali. Em uma área de grandes rochas expostas, encontrei um mirante natural. Pela altura e visibilidade, vi a perfeita ferradura desenhada no vale, criando um cenário espetacular. Ao Norte, as nascentes, matas de araucárias e campos dobrados; a oeste,segue seu curso natural até encontrar o rio Caí, alguns quilômetros abaixo. O Muniz é um daqueles cursos d’água típicos de planalto, percorrendo, ligeiro, áreas de campos dobrados, matas de pinus ou de araucárias e culturas diversas, como batata e soja. Logo adiante, vi a majestosa e ameaçada criúva, uma árvore de campo com seu tronco retorcido e imponente, porte mediano e folhas finas. É uma autêntica guardiã do campo, solitária e singular, evitando o aglomero da mata próxima. É uma dissidente.Deve ter pensado nos habitantes do campo e na necessidade de algum abrigo e, assim, passou a viver solitária. Andei até encontrar o leitoescuro, raso e refrescante, com pequenas corredeirase um espelho de águas tranquilas parecendo dormir um bom sono, naquele quente verão. Caminhei sobre uma vegetação aquática, mais parecida com um carpete natural, agradável e sem o perigo de escorregar sobre um limo traiçoeiro. O prazer da ausência de sons urbanos e o convívio com a sinfonia das pequenas cascatas; martim-pescador gritando; o farfalhar de assas de um gibão-de-couro caçando insetos no ar; o alívio do calor trazido pela sombra da passagem de alguma nuvem;o som distante de uma perdiz oculta no denso gramado; a curiosidade do gado vindo conferir o intruso; o frescor dos pés sendo massageados pela corrente e o avistamento de uma cobra-d’águapelos degraus de rochasem busca de algum lambari, completaram o quadro natural. Assim passei algumas horasno convívio com amigos queridos desfrutando dos preciosos elementos naturais encontrados em algum lugar do vale do rio Muniz, em São Francisco de Paula.
É cultural?
A prática de contratos “extra” utilizada por uma grande parte das empresas de Canela, aparentemente é uma grande jogada para o empresário que visa o lucro rápido além de fugir da pesada carga tributária. Porém, essa informalidade trouxe, como consequência, o descompromisso do “extra” que comparece quando quer ou sente necessidade. Assim como o “empregado” padece com a ausência de direitos sociais – férias, 13%, FGTS, contribuição para aposentadoria, o “patrão” vê seu estabelecimento tratado com desprezo por aqueles que deveriam preservá-lo. Os “profissionais”, na sua grande maioria bem jovens, que pipocam pela informalidade não se sentem motivados a entender e aprender sobre o funcionamento do ambiente onde trabalham sem vínculo “quando o Gerente chama”. Lá na ponta, está o cliente que padece com o despreparo e, por vezes, uma atenção precária recheada de tratamento bem desleixado que não atrai uma próxima visita. É perceptível quando encontramos um atendente que sabe o que está fazendo, gosta do seu labor e se sente comprometido com o salário que receberá no final do mês. Como resultado, o cliente se sente motivado a voltar. É comum ouvir empresários falando sobre o valor da marca “Canela” e por isso aqui os produtos podem ter um custo mais elevado do que em outras cidades. Seria prudente valorizar a marca com qualidade nas relações de trabalho e, também no atendimento ao público porque existe muita habilidade na cobrança de ações das três esferas de governo – federal, estadual e municipal, porém sempre que possível, uma sonegadinha aqui e outra ali, além de olhar a antiga CLT com o mesmo desprezo que alguns funcionários tratam os Clientes. Não existe marketing ou promocional que supere a falta de empatia e cresce entre nós este fator demolidor de imagem.
Os 200 anos da chegada de Carl Leopold Voges
– O 2º Pastor do RS – (Historiando… em homenagem a pesquisadora Diana) Passados apenas 4 meses da chegada do Pastor Ehlers, chegaria a São Leopoldo o Pastor Carl Leopold Voges. O Pastor Voges – como passou a ser chamado – nasceu em Friedberg junto a Hildesheim / Hanôver. Atravessou o Atlântico a bordo da galera dinamarquesa “Georg Friedrich” que transportava aproximadamente 500 passageiros, entre colonos e soldados. A viagem para Porto Alegre foi realizada pelo bergantim “Flor de Porto Alegre” que, em janeiro de 1825, naufragou nos bancos de areia na altura de Mostardas. Onde pereceram dois colonos.O Pastor Voges chegou em São Leopoldo no dia 11.2.1825, tornando-se Pastor Adjunto de Ehlers ministrando e realizando os atos religiosos do lado direito do Rio dos Sinos (Hamburgo Velho, Dois Irmãos, Campo Bom e Ivoti), enquanto Ehlers ocupava-se na margem esquerda do rio (Feitoria Velha e São Leopoldo). Em meados de 1826 o Governo Imperial fundou uma colônia alemã próximo a Torres. Para lá foram remetidos de São Leopoldo cerca de 400 colonos. Pastor Voges, que ainda era solteiro acompanhou esta caravana que lá chegou em novembro de 1826. Desses colonos, 184 eram católicos e foram assentados na Colônia São Pedro (hoje São Pedro de Alcântara); e, 237 (evangélicos), instalaram-se em Itati (hoje Três Forquilhas). Além de Três Forquilhas Voges mantinha sua atividade eclesiástica na região de Dois Irmãos, onde, inclusive se casou com Luísa Elisabetha Diefenthäler em 24.3.1828. Para sua subsistência em Três Forquilhas o Pastor Voges recebeu 2 colônias de terras, onde construiu sua residência, a igreja, a escola e uma casa de comércio. Faleceu em Três Forquilhas em 1892, após 66 anos de atividade eclesiástica. Seu túmulo, “levado” por uma enchente, já restaurado por seus descendentes e amigos, é objeto de visitas constantes no cemitério evangélico no município de Três Forquilhas. Hoje seus descendentes espalham-se por grande parte do Rio Grande do Sul e vários estados brasileiros. De nossa parte, descendente de Diva Voges de Oliveira (trineta do Pastor), vemos com orgulho seu trabalho e dedicação à atividade pastoral.A família Voges tem, hoje, sua história contada em várias obras publicadas, a exemplo dos livros Raízes (e Raizinha!) de Cambará do Sul, outros “Raízes” e várias outras publicações com a história de Cambará do Sul. O Pastor Carlos Leopoldo Voges (meu tetravô!), é hoje referência constante em muitas pesquisas e seu nome gravado nos Anais da História da Igreja Evangélica no Rio Grande do Sul… a nossa terra!