CONSELHO de educação está elaborando Parecer Normativo para o Sistema de Ensino de Canela, Agora é lei. Está proibido o uso de telefones celulares e outros tipos de dispositivos eletrônicos portáteis de forma indiscriminada em sala de aula e também em demais dependências físicas do ambiente escolar. A legislação (Lei Federal nº 15.100/2025) está em vigor desde 13 de janeiro e, como lei é lei, vem sendo cumprida pelas redes de ensino municipal, estadual e privado em Canela. A restrição é válida para a Educação Infantil e Ensinos Fundamental e Médio de escolas públicas e particulares. A norma estabelece que os aparelhos somente podem ser usados em sala de aula com finalidade pedagógica ou didática, com orientação de professores. A medida foi proposta por meio de um projeto de lei, pelo deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB). Ela tem como finalidade proteger a saúde mental, física e psíquica de crianças e adolescentes, durante o período de estudos nas escolas e em momentos de convivência escolar, como recreio e intervalos entre as aulas. A expectativa é de que, entre os impactos positivos, a nova regra contribua para uma mudança de comportamento dos alunos melhorando a concentração e a participação dos estudantes no ambiente de aprendizagem. Também pode ajudar a reduzir a exposição a conteúdos inadequados e a combater o bullying. “O objetivo da lei não é proibir o uso de celulares, mas proteger nossas crianças e adolescentes por meio da restrição a esses aparelhos”, comenta o ministro da Educação, Camilo Santana. A regulamentação também exige uma adequação dos estabelecimentos de ensino. Os educandários terão que implementar estratégias para tratar da saúde mental dos alunos da educação básica, com conteúdo informativo sobre riscos, sinais e prevenção do sofrimento psíquico, incluindo o uso exagerado dos celulares e outros aparelhos eletrônicos. A nova lei também determina que as escolas devem acolher alunos e funcionários que estejam passando por sofrimento psíquico, principalmente decorrente do uso excessivo de telas. Rede municipal de ensino aprovou normas da lei A Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer (SMEL) vem tratando o assunto com muita seriedade. A rede municipal de Ensino Fundamental conta com 3.212 alunos, os quais voltaram às aulas na segunda-feira (17). Deste montante, 2.524 alunos terão aulas em turno integral. Canela conta com 14 estabelecimentos de ensino, os quais estão se adaptando à nova realidade. “Estamos nos adequando, enquanto rede, para que cada instituição de ensino, alinhada à normativa do Conselho Municipal de Educação, que segue tal regulamentação, junto aos conselhos escolares, faça suas próprias normativas regimentais”, comenta a coordenadora pedagógica, da SMEL, Aline Roos. Segundo ela, o corpo docente da educação fundamental avaliou como positiva a implementação da lei que restringe o uso indiscriminado de telefones celulares nos estabelecimentos de ensino por parte dos estudantes. “Vimos como um ganho à comunidade escolar. Entendendo como comunidade escolar a escola, família e estudante. É primordial o trabalho para esta conscientização, do uso adequado às tecnologias, com estratégias pedagógicas para a Educação Midiática visto que a sociedade atual é mediada pela conectividade”, considera Aline. “O uso dos aparelhos de celulares nas salas de aula e cotidiano escolar como um todo, se não utilizado como ferramenta que viabiliza a aprendizagem, impacta negativamente no processo de aprendizagem dos jovens e em sua saúde mental. Estudos apontam malefícios ao uso excessivo às telas associando ao aumento nos índices de depressão, ansiedade, atrasos cognitivos importantes, como linguagem, escrita, leitura e na socialização”, opina a coordenadora pedagógica. Aline conta que as escolas municipais estão recomendando às famílias e estudantes, para não levarem os aparelhos aos educandários. Caso seja necessário portálos, as escolas foram orientadas a organizarem um local seguro onde estes aparelhos ficarão guardados para serem entregues aos donos ao final das aulas. “No cotidiano escolar, é perceptível o baixo rendimento destes jovens pelas poucas horas de sono, pois ficam até muito tarde em jogos eletrônicos e redes sociais. Tendo a saúde mental afetada, aumentando casos de depressão nesta faixa etária, assim como alguns distúrbios, como de sono, alimentar e psicológicos”, alerta Aline. AMBIENTE EDUCACIONAL MAIS SAUDÁVEL A nova realidade sobre o uso de telefones celulares e outros dispositivos eletrônicos nas escolas por parte de estudantes também vem sendo pauta no Conselho Municipal de Educação (CME). O órgão está elaborando um Parecer Normativo para o Sistema de Ensino de Canela, para orientar professores, gestores, famílias e estudantes sobre os benefícios e obrigações da nova legislação. “O Conselho Municipal de Educação compreende que esta regulamentação busca promover um ambiente educacional mais saudável e seguro, favorecendo assim a aprendizagem, a convivência e o desenvolvimento integral dos estudantes. Importante destacar que a tecnologia deverá ser valorizada nos espaços escolares, quando esta estiver atrelada a uma intencionalidade pedagógica”, comenta a presidente do CME, Vanessa Tomé. “Mais uma vez iremos nos adaptar”, diz professora EDUCADORA Nayara Rocha Para a professora Nayara Rocha, 31 anos, da EMEIEF João Alfredo Corrêa Pinto, não basta somente proibir o uso de telefone celular na escola, mas para o êxito da legislação é necessário empenho conjunto entre escola, família e município. “Sou favorável à proibição, visto que poucas famílias manifestavam apoio quando alguns problemas relacionados surgiam, como bullying virtual, exposição da imagem dos colegas, consultas inapropriadas, ameaça à interação social e o livre acesso sem supervisão responsável”, opina ela. Docente há nove anos e atualmente professora de 80 alunos, Nayara comenta sobre o desafio que essa nova regra impõe no dia a dia em sala de aula. “Sempre fiz uso de ferramentas digitais, mas creio que mais uma vez iremos nos adaptar”, afirma ela. Uma nova realidade para alunos A rede de ensino em Canela também conta com duas escolas particulares e outros sete estabelecimentos de ensino estaduais. Juntos, os educandários têm milhares de estudantes no Ensino Médio. As escolas também estão se adaptando às novas normas sobre o uso de telefones celular e outros aparelhos eletrônicos no ambiente escolar. Um dos educandários estaduais de maior tradição, a Escola Neusa Mari Pachec – CIEP, no bairro Canelinha, completará 112 anos de história
Está Chegando o Carnaval!
A época é de muita folia e talvez alguns excessos e nada melhor do que manter uma dieta saudável, natural e refrescante. Selecionamos algumas receitas de Sucos Detox Naturais ideais para esta época. Os sucos podem ser doces ou salgados. Não tenha preconceitos, experimente! Suco de Couve, Pepino e Maçã Ingredientes: 1 folha de couve, suco de ½ limão, 1/3 de pepino com casca, 1 maçã pequena com casca, 150 ml de água de coco. Modo de Preparo: Lave bem a couve, o pepino e a maçã. Corte a maçã e o pepino em cubos, rasgue a folha da couve e coloque tudo no liquidificador. Adicione os demais ingredientes e bata por 2 minutos. Coe e beba. Suco de Tomate e Limão Ingredientes: 2 tomates médios, suco de 1 limão, sal a gosto, pimenta-do-reino a gosto, gelo. Modo de Preparo: Bata os tomates no liquidificador até obter um suco homogêneo. Adicione o suco de limão, sal e pimenta-do-reino. Misture bem e sirva com gelo. Suco de Abacaxi com Hortelã Ingredientes: 4 rodelas de abacaxi descascado, 2 copos de água, 2 punhados de hortelã orgânica. Modo de Preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador. Sirva imediatamente. Suco de Melancia Ingredientes: 1 melancia média, 1 punhado de hortelã, 1/2 limão, 1 colher (de sopa) de gengibre ralado, 1 copo de água. Modo de Preparo: Corte a melancia ao meio e retire as sementes. Bata a metade da melancia no liquidificador com a hortelã, limão, gengibre e água. Coe e beba. Dicas para hidratar o corpo no Carnaval 1. Beba Água Constantemente: Sempre tenha uma garrafinha de água com você e beba regularmente, mesmo se não sentir sede. 2. Evite Bebidas Alcoólicas em Excesso: Se for consumir bebidas alcoólicas, intercale com água para evitar a desidratação. 3. Use Protetor Solar: Aplique protetor solar regularmente para evitar queimaduras e manter a pele hidratada. 4. Escolha Roupas Leves e Confortáveis: Use roupas de tecidos leves e que permitam a ventilação para evitar o superaquecimento. 5. Consuma Alimentos Leves e Ricos em Nutrientes: Prefira frutas, saladas e alimentos leves antes de sair para a folia. Sunset especial de Carnaval do Grande Hotel Canela Preparem-se para um dia incrível com muita música e diversão para todas as idades. Será no domingo, 2 de março, com nada mais nada menos que a tradicional Feijoada do Grande Hotel e Open Bar de Therezopolis, Coca-Cola e Schweppes. Haverá também bar de drinks, bailinho de Carnaval para a criançada, tudo ao som da Banda Sunset Vibes! Os ingressos podem ser comprados direto pelo WhatsApp 54.3282 1285 ou pela plataforma do Sympla. O preço está superacessível que é para encher a casa de amigos e começar o ano com o pé direito! Faça seu bloco de amigos, vista sua fantasia e venha se divertir. O Carnaval no Grande Hotel Canela será imperdível !
Social da Samanta – 664
Gabriela Michaelsen curtiu o show icônico da Shakira, recentemente! Foto: Divulgação CARNAVAL GRANDE HOTEL Para quem curte um Carnaval mais relax, a dica é curtir o Sunset especial do Grande Hotel, no domingo, 2 de março, com nada mais nada menos que a tradicional Feijoada do Grande Hotel e Open Bar de Therezopolis, Coca-cola e Schweppes. Além disso, bar de drinks, bailinho de Carnaval pra gurizada e tudo ao som do nosso amado trio residente da casa, a Banda Sunset Vibes! Imperdível!!! Para comprar ingressos é só entrar em contato com o hotel! Maria do Carmo e José Veeck comemoraram Bodas de Ouro! Foto: Divulgação Therezinha Licks estava de aniversário esta semana e o registro é ao lado de uma das netas, a Manu Licks Renck! Foto: Divulgação Juliana recebendo todo o amor das amigas no Chá do Pedro, que é tão esperado por todos! Foto: Divulgação Mariana Prochsch Caberlon festeja amanhã seus tão sonhados 15 anos! Foto: Dani Bat
Social da Bina – 664
Coletivo Mentes Verdes conecta indivíduos, lideranças, organizações e sociedade na construção e manutenção de um pacífico e dinâmico círculo de proteção que envolva e preserve o meio ambiente. O coletivo tem em sua formação Kira Luá, Hana Ariel Falk e Ana Rita de Calazans Perine Foto: Divulgação VEM FESTA A Roda Canela preparou programação para celebrar o Carnaval. Durante dois finais de semana, os visitantes poderão desfrutar de atividades temáticas e música ao vivo. A folia da Roda Canela ocorre no dias 1º, 2, 8 e 9 de março. Detalhes da programação no instagram: @parquemundoavapor A embaixadora da Movelsul, arquiteta Clarissa Zanatta, que articulou a visita dos membros da Associação Sala de Arquitetos na maior feira de móveis da América Latina Foto: Fábio Grison Pra renovar as energias e descansar, Paula Lira escolheu a Costa do Sauípe (BA) como destino de férias Foto: Divulgação Férias em Hollywood para Cândido Borges e Richele Festugato Foto: Divulgação A arquiteta Jaqueline Crocoli está a frente de projetos arquitetônicos residenciais e comerciais do escritório Crocoli Tomazelli, em Gramado. A profissional acumula premiações em todo país por projetos sofisticados e funcionais Foto: Divulgação
Árvores de Canela
A cidade de Canela está assentada sobre uma geografia que mistura áreas de campos e de matas, vales e encostas, nascentes e banhados. Neste contexto topográfico, a urbanização incipiente e progressiva da cidade substituiu ecossistemas originais por novos, formados por ruas, calçadas, praças, prédios pequenos e grandes e um sistema de abastecimento de água e energia, entre outros. Andando pela cidade, vejo, aqui e ali, alguns representantes nativos das matas de outrora, demonstrando a força genética das espécies arbóreas da flora original, tão importantes para os primeiros madeireiros. O cedro-rosa é um destes emblemáticos representantes. Na praça central da cidade vejo alguns exemplares de grande porte com suas sombras na primavera, verão e outono, além do calor do sol no inverno, devido à perda anual das folhas. Seus frutos são secos, portanto, não atrativos para consumo, mas servem para trabalhos artísticos nas mãos hábeis de artesões. As minúsculas sementes, dotadas de finas membranas que as tornam leves e facilmente carregadas pelos ventos, são consumidas por papagaios, fungos e insetos. A madeira avermelhada é utilizada para confecção de gamelas e móveis. Imponente, destaca-se pelo crescimento rápido e beleza de sua folhagem verde brilhante. A araucária, outra espécie nativa, conta muito sobre o passado recente da região, quando foi explorada quase à exaustão devido à sua madeira de alta qualidade. Quando vejo uma localizada num jardim ou praça, tento fazer o caminho do pinhão que a originou. Veio de longe ou de perto? Trazida por alguma gralha ou mão humana? Impossível saber. Apenas me detenho no fato do perfeito funcionamento do sistema natural de dispersão da espécie. O ipê-amarelo, icônico representante da mata ancestral como o cedro e a araucária, ainda resiste na zona urbanizada, imiscuindo-se pelos terrenos baldios, jardins e na praça central da cidade. Igual ao cedro, perde as folhas no inverno deixando o chão, no seu entorno, coberto por elas, parecendo uma manta protetora das raízes durante as geadas de julho. Andando por uma rua central, encontro dois destes baluartes da mata antiga, mostrando a formação de um fragmento da floresta, representado por apenas duas espécies, lado a lado: uma araucária e um ipê-amarelo. Faço um exercício de abstração e, por minutos, retiro a calçada, a rua, os carros, caminhões, prédios e as pessoas. Logo, este dueto terrunho fica cercado por dezenas de árvores, arbustos, cipós, musgos, samambaias e uma bicharada intimamente interligada. Uma buzina estridente de caminhão me acorda do devaneio, e tudo volta ao normal. Deixo um saludo à resiliência destas duas espécies que, no meio da calçada, como dois pedestres, parecem conversar sobre as coisas do passado e do presente.
VIDA LONGA ÀS FERNANDAS
A Salada Cultural dessa semana homenageia duas Fernandas que orgulham o Brasil em uma época de certa desesperança nesse país de imensas possibilidades que, como sempre, só se concretizam em parte. Um imenso e heterogêneo território cujo povo tem alternado voto e salvo conduto para a direita e a esquerda, e as duas não mostram competência, por razões que enchem páginas. Vivemos num país que desperdiça potência patinando, avança pouco. Por isso, celebremos quando alguém daqui mostra excelência ao mundo através do cinema. Mesmo que essa arte premiada mostre as mazelas do país lindo e sofrido, como nas grandes realizações Central do Brasil e Ainda estou aqui. Catapultada à fama na mídia em diversos países, a atriz Fernanda Torres é prova acabada que genética e privilegiada influência familiar podem, sim, resultar em um grande talento. Some-se dedicação e todo um entorno humano propício, temos mais um produto brasileiro fora da curva, uma artista cuja trajetória registra coincidências, ou conspirações do destino, com a da própria mãe, Fernanda Montenegro. Trajetórias semelhantes Se você, que talvez lembre de Central do Brasil (1988), não viu Ainda estou aqui, vá ver, continua em cartaz no Cine Gracher, na Havan. É mesmo muito bom, sem entrarmos no mérito de merecer ou não os Oscar a que concorre. Se bem lembro, até fiquei mais impactado com o Central do Brasil da Fernanda mãe, mas a Fernanda filha também atua magistralmente em Ainda estou aqui. Alguns pontos em comuns das duas películas: Mesmo diretor, Walter Salles; Mesma busca por um pai, seja por parte menino Josué (interpretado por Vinícius de Oliveira) depois da morte da mãe, seja por uma família depois que as forças da Ditadura Militar levam o chefe de família Rubens Paiva (interpretado por Selton Mello); Dentre premiações no exterior, os dois filmes foram aclamados em mesmo certame: Globo de Ouro foi concedido a Central do Brasil, como melhor filme, e a Ainda Estou aqui na categoria melhor atriz; Indicações semelhantes: por Central do Brasil, Fernanda Montenegro foi indicada ao Oscar de melhor atriz e o filme concorreu como melhor filme estrangeiro. O mesmo acontece agora com Ainda estou aqui, além do fato de este também concorrer a melhor filme. Mãe e filha, as duas Fernandas na mesma produção, Ainda estou aqui. ALGUNS FRAMES Cineclube, o retorno Falando em cinema, neste fim de semana o Gramado Cineclube retorna, para sessões com dois filmes considerados novos clássicos. No sábado (22), será exibido “Sinédoque, Nova York” (2008) do cultuado diretor e roteirista Charlie Kaufman. A obra faz um paralelo entre o teatro, a vida do personagem e o cinema. A sessão começa às 19h no Museu Estação Férrea, na Várzea Grande (Rua Oscar Wille, 165 – Vila do Sol) e terá participação do cineasta gramadense Enrico Peccin, que conduzirá o debate ao final do filme. Já no domingo (23), o Cineclube exibe “Quero ser John Malkovich” (1999) filme que aborda o mundo do bonequeiro interpretado por John Cusak com participação de Cameron Diaz. O evento acontece no Ateliê do Centro de Cultura Arno Michaelsen, junto ao Lago Joaquina Rita Bier, às 19h. Após a sessão, dois convidados: os bonequeiros gramadenses Beth Bado e Nelson Haas. A entrada é franca e a classificação para os dois eventos é de 14 anos.
O que nos torna diferentes
Viajar é sempre uma experiência que nos enriquece, nos transforma e nos faz felizes! Eu, particularmente, amo viajar e conhecer novos lugares. Entretanto, por a minha cidade ter uma vocação turística, sempre que viajo, as comparações se tornam inevitáveis. Na semana passada, visitei Minas Gerais. Um estado gigante que, em seu povo, guarda o melhor de sua essência. Os mineiros são receptivos, simples, educados e muito atenciosos. Dentre os locais que explorei, destaco a região de Ouro Preto. Encravada entre as montanhas, essa cidade foi responsável por aproximadamente 40% de todo o ouro produzido no mundo entre os séculos XVIII e XIX. Isso mesmo, leitor! De lá saiu a maior parte do ouro gerado no mundo durante quase 200 anos. Visitamos diversas igrejas, locais históricos, museus, entre outros. No entanto, o que mais nos impressionou foi um local relativamente novo, inaugurado em 2022, chamado Palácio D’ouro. Trata-se de uma residência do século XVIII totalmente restaurada, que pertenceu a um grande minerador. Além da casa, também é possível visitar uma mina de ouro nos fundos da propriedade, tudo cuidadosamente restaurado, inclusive as senzalas. É impossível não imaginar e refletir sobre as atrocidades do período da escravidão. Apesar do enorme potencial turístico daquela região, que abriga o maior patrimônio histórico do barroco, assim como em quase todo o Brasil, a estrutura é bastante improvisada. Infelizmente, as estradas mineiras são péssimas, o que torna o deslocamento dentro do estado complicado e perigoso. Além disso, as igrejas, talvez o principal atrativo turístico da região, não apresentam horários de visitação regulares, e, invariavelmente, os turistas não conseguem acessá-las. Nós, por exemplo, não conseguimos visitar a igreja que possui o maior acervo de Aleijadinho. Quando chegamos lá, um papel escrito à mão nos informou que ela estaria fechada devido ao falecimento de um funcionário. Agora, imaginem quem vem do outro lado do mundo para visitar essa igreja, chegar lá e se deparar com esse tipo de aviso! Descrevo isso porque percebo um verdadeiro abismo em termos de serviços entre nossa região e as demais regiões turísticas do Brasil. Temos falhas, sim, mas nosso atendimento e profissionalismo no turismo estão muito à frente de qualquer outro local do país. Voltei encantado pelas maravilhas que conheci, mas triste ao ver que um local com potencial para receber milhões de turistas de todo o mundo é totalmente subaproveitado. Por fim, precisamos preservar nossos dois maiores ativos turísticos da região, que nos diferenciam do Brasil inteiro. Devemos manter a segurança e nosso serviço de excelência. Sem esses fatores, não teríamos como competir com destinos que oferecem praias paradisíacas ou tesouros históricos.
Expressões do dia a dia
(E a voz do povo…) Abandonar o navio (desistir); abrir o coração (desabafar); abotoar o paletó (morrer); acertar na mosca (adivinhar), etc, etc, etc… Os provérbios, ditados e expressões – segundo registros – já eram usados há tempos, inclusive antes de Cristo (a.C.). E eram usados por reis, rainhas, filósofos…. E até os dias de hoje, por nós. Arroz de festa 1 – Pessoa que está presente em tudo quanto é evento. Isso é relacionado ao costume de se jogar arroz nos noivos… Ou seja, numa “grande festa”; 2 – Ou, segundo o folclorista Câmara Cascudo (especialista na culinária brasileira) “a culpa é do arroz-doce. A sobremesa era quase obrigatória nas festas do século XIV, satisfazendo o paladar dos portugueses e brasileiros. Chato de galocha É sobre o antigo calçado de borracha que se coloca por cima do sapato, protegendo-o da chuva e lama. A hipótese mais comum é a de que antes das ruas serem pavimentadas, muitos entravam nas casas “de galocha”, sujando e molhando todo o assoalho. Daí, para as visitas inconvenientes, etc… Amigo da onça Expressão criada através do personagem de Péricles A. Maranhão da revista O Cruzeiro (1943 – 1961). Tem o foco no desejo de se levar vantagem em tudo, sempre colocando o outro em situação embaraçosa. Chutar o balde Há várias versões, sendo a mais comum, aquela a respeito da vaca que dá um coice no balde (derramando o leite) quando está impaciente na hora da ordenha. E, significa, abandonar repentinamente, um projeto ou obra. Segurar a vela Uma das versões: Na França há a expressão tenir la chandelle que se refere aos criados obrigados a segurar candeeiros (todos de costas, é claro) enquanto seus patrões mantinham relações sexuais. Hoje “segurar vela” é traduzido pelo famoso “chá de pera”, ou seja, acompanhar um casal. Negócio da China Segundo Reinaldo Pimenta – livro A Casa da mãe Joana – na época das expedições ao Oriente, o mercador Marco Polo em pleno século 13, dizia da atração, exuberância e natureza exótica do país. Assim despertou a atenção de outros comerciantes. Em inglês, há a expressão “Chinese deal”. Elas – as expressões populares – são referências comuns de determinados lugares e até países… Como acontece aqui no Rio Grande do Sul… a nossa terra!