Você já parou para pensar o que seu corpo tem comunicado quando você não está falando? Ou pior, quando você fala alguma coisa e seu corpo demonstra exatamente o contrário do que você está expressando? Complicado não? A coreógrafa e bailarina Marta Graham que revolucionou a história da dança moderna, costumava dizer que a linguagem do corpo nunca mente. E ela tinha razão absoluta!
A comunicação não verbal é uma ferramenta poderosa que vai muito além das palavras ditas. Gestos, expressões faciais, postura e até mesmo o tom de voz fazem parte dessa linguagem silenciosa, que frequentemente revela mais sobre nós do que imaginamos. Em situações formais, como debates políticos ou campanhas eleitorais, essa forma de comunicação pode ser decisiva para moldar a percepção pública de um candidato. Por sinal, já reparou na linguagem não verbal dos nossos candidatos políticos municipais?
Muitas vezes, vemos políticos com discursos bem articulados, capazes de falar com eloquência sobre planos e promessas. Porém, a linguagem corporal deles pode contar uma história completamente diferente. Um candidato pode prometer segurança e confiança em seu discurso, mas suas mãos trêmulas, olhar evasivo ou postura encolhida podem transmitir o oposto — insegurança, dúvida ou desconforto.
O despreparo em comunicação não verbal é comum, especialmente entre aqueles que não estão acostumados a situações de pressão pública. Um candidato pode ser experiente em sua área de atuação, mas, se sua postura ou gestos não estiverem alinhados com o que está sendo dito, o público pode perceber uma falta de autenticidade. Afinal, como confiar em alguém que, enquanto fala com convicção, demonstra nervosismo ou hesitação através de seus movimentos?
Por outro lado, os candidatos que dominam essa arte se destacam. Aqueles que mantêm uma postura aberta, gestos firmes e um olhar direto transmitem confiança e credibilidade. Eles não apenas falam sobre suas propostas, mas “mostram” que estão prontos para liderar. É esse alinhamento entre o verbal e o não verbal que gera conexão com o público, permitindo que a mensagem atinja seu verdadeiro impacto. Preparar-se para uma campanha política não se resume apenas a dominar os discursos. Entender o que o corpo comunica é crucial. Afinal, em um cenário onde as palavras podem ser ensaiadas, o corpo raramente mente. Na dúvida, lembre-se que na comunicação é sempre importante ouvir aquilo que não foi dito. Observe! Observe-se!