(Brincando de aprender…)
Em comemoração ao Dia da Criança (amanhã), feriado de Nossa Senhora Aparecida – Padroeira do Brasil – lembramos alguns títulos aos pequenos (e futuros) leitores. Uma “iniciação” à poesia.
Uma edição de 1972 em três mini livros, traz um grande número de poetas transmitindo cultura, sensibilidade e civismo através da poesia.
Festa no brejo
(Carlos Drummond de Andrade)
A saparia desesperada / coaxa, coaxa, coaxa.
O brejo vibra eu nem caixa de guerra
os sapos estão danados.
A lua gorda apareceu / e clareou o brejo todo.
Até à lua sobe o coro / da saparia desesperada.
A saparia toda de Minas / coaxa no brejo humilde.
Hoje tem festa no brejo!
Canção da garoa
(Mário Quintana)
Em cima do meu telhado, / pirulin, lulin, lulin,
um anjo todo molhado / soluça no seu flautim.
O relógio vai bater:/ as molas rangem sem fim.
O retrato na parede / fica olhando para mim.
Chove sem saber por quê… / e tudo foi sempre assim!
Parece que vou sofrer: / pirulin, lulin, lulin…
História
(Álvaro Moreira)
Dom Pedro Primeiro / chegou de viagem
e trouxe o Brasil. / Foi lá no Ipiranga,
foi lá em São Paulo, / que ele gritou, (Deus!)
que tudo era nosso, / que tinha de ser
Deus brasileiro.
Brasil enfeitado / de verde e amarelo,
no campo, no mato, / no rio, no mar, e lá na montanha!
Brasil namorado / chamando outras raças
para amar e criar / a raça mais linda
de todo esse mundo!…
E, falando em criança, lembramos uma espécie de provocação, comum tempos atrás, em forma de diálogo…
– “Nunca me viu, cara de pavio?”
– É a primeira vez que te vejo, seu cara de percevejo!”
Conforme reza a Antologia “A Criança e a Poesia”, “a cultura de um povo pode ser medida pelo amor à poesia”. Da mesma forma como acontece com livros “Poesia para Piás e Prendinhas” em inúmeras obras aqui no Rio Grande do Sul… a nossa terra!