(Seguindo os costumes…)
A medicina caseira, pra início de conversa, tem seu uso generalizado independente de posição social ou cultural, tanto no interior quanto na cidade.
São ervas, cascas, sementes, folhas, etc, tudo à mão no quintal da casa e que são empregadas para todos os fins…
Essa “farmácia” empírica, se encontra em todas as casas!
Gripes e resfriados
A chamada constipação. Tiro e queda: cachaça, mel e alho. Ou, um chá de alho frio. Ou chá quente de limão, canela e mel. E para “botar a febre pra fora”, um suador com chá quente de folhas de laranjeira.
Pressão alta
Chá de folhas de chuchu, mimoseira, maracujá ou cipó-peludo.
Sarampo
Para ajudar a “arrebentar” o sarampo (que hoje quase ninguém mais fala!), e fazer sair a febre, nada com um chá de sabugueiro.
Caxumba
Outra enfermidade que parece estar “fora de moda”… Sapecar folhas de porongo e untá-las com sebo. Depois, aplique essas folhas no pescoço, amarrando com um lenço.
Dor de garganta
Gargarejos com folha de malva cozida, misturada com sal torrado.
Queimaduras
Aplicar no local banha de porco sem sal. Ou uma “papa” de batata crua ralada, misturada com mel.
Vômitos
Chá de losna. Detalhe: ao colhê-la, “lascar” o galho para cima!
Os estudos de folclore no Brasil inteiro trazem testemunhos de muitas outras práticas…
Entre nós, podemos citar o saudoso mestre Cel. Hélio Moro Mariante, incansável pesquisador e historiados que, entre outros livros, escreveu Medicina Campeira e Povoeira (Martins Livreiro – 1984)
E os remédios caseiros, ao lado das rezas, benzeduras e simpatias, constituem a medicina folclórica do Rio Grande do Sul… a nossa terra!