A terceira é a melhor idade?

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Segundo o IBGE, em 2022 Canela tinha 15% de sua população com mais de 60 anos, ou seja, 7.665 moradores. Cabe um questionamento de quais são as políticas públicas existentes para contemplar esse público que contribuiu com seu trabalho e tributos para construir um País que cultua a juventude como se somente quem vive o auge do poder de consumo e produção tivesse algum valor.

Existe uma crença de que a aposentadoria é o apogeu da vida, uma merecida conquista para àqueles que trabalharam desde muito jovens e passam a merecer um cotidiano confortável ao lado de quem amam, protegidos pelo Estado e assegurado o direito a usufruir tudo que até então não tiveram tempo ou dinheiro. Só que não é bem assim, infelizmente.

Nos orgulhamos com as comparações desta região do Estado com a Europa esquecendo que no velho continente ser idoso é uma prerrogativa que promove o ser humano a um patamar de alta qualidade de vida. Lá idoso não precisa cuidar de netos, fazer empréstimo consignado para os filhos, ser tratado como criança, ou ser condenado a apenas baile e bingo.

Quando penso no enorme potencial de consumo deste público que possui renda, tempo disponível e a maioria, grande disponibilidade para participar daquilo que a Cidade oferece, me questiono o que é proporcionado em Canela para que a famosa “melhor idade” seja de fato, um bom período da existência. E me refiro ao poder público e a iniciativa privada. Veranópolis adaptou seu sistema de saúde, seus órgãos públicos, seu comércio para os idosos e assim se transformou na cidade da longevidade e assim, aumentou sua arrecadação.

Será que os idosos gostam de ir a uma academia com som altíssimo? Shows em que necessitam permanecer mais de uma hora de pé? Ser atendidos por pessoas que mal balbuciam o teor dos produtos e murmuram palavras que necessitam de tradutor? Será que os mais velhos se sentem confortáveis em estabelecimentos comerciais onde não existe uma única cadeira para um breve descanso. Essa lista é interminável porque os idosos são invisíveis e sendo assim, não entram em nenhuma pauta de prioridades de quem quer que seja.

No Memorial Canela, uma organização sem fins lucrativos que se propõe a cuidar da memória da nossa terra, ainda sem um espaço físico para expor o acervo dos historiadores locais, as portas (imaginárias) estão abertas para este público que ali é imprescindível, é ouvido, sempre respeitado, admirado e bem-vindo. Ali é possível conversar, conhecer novos lugares, compartilhar experiências e histórias que permitem compreender melhor este tempo.

Outro dia vi a Dona Nely Boeira da Silva Andrade, com seus 93 anos de lucidez e bom humor, fazendo um crochê difícil porque assim mantém o cérebro ativo e pensei: bem que poderia haver um espaço para que ela ensine não só o crochê e o doce de leite inesquecível e sim, saúde mental para tantos outros que, mal-humorados, acreditam que o bom da vida são as facilidades promovidas pela tecnologia mal utilizada, o isolamento e a indiferença.

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