Chegou 2025. Para o indiferente, um ano igual aos outros; para o cientista, mais uma volta da Terra em torno do Sol; para o esotérico, um novo ciclo de mudanças; para o pessimista, um ano de dificuldades; para o otimista, um ano de esperanças; para o realista, um ano de trabalho. Dizem que, quando um ano é ruim, ele deve ser esquecido. Mas não deve.
O ano 2024, por tudo o que ocorreu, não pode ser deixado de lado. É preciso aprender com as dificuldades. Foram vários problemas. Tivemos as enchentes onde as perdas foram grandes.
Em 1941 o Estado já tinha passado por uma grande enchente e em 2024 se repetiu. E como as cidades cresceram nesse intervalo de tempo, os estragos foram maiores. Os mecanismos de proteção não foram suficientes para evitar a tragédia. E a falta de preparo do Poder Público no atendimento às vítimas foi visível. Ninguém sabia o que fazer. A economia do Estado ainda terá consequências por algum tempo. Em outubro Canela viu o fogo destruir pertences históricos do seu CTG. Parte da história virou cinzas.
Em Gramado a queda de um avião na área urbana vitimou os 10 ocupantes e deixou 17 feridos em imóveis vizinhos. Ficou clara a fragilidade dos protocolos de segurança do tráfego aéreo em nossa região. E com a transformação do aeródromo de Canela em aeroporto, a tendência é aumentar o número de vôos. Outro problema evidente e que ainda persistirá por muito tempo é o fornecimento de água tratada. Parece ironia ter falta de água numa região com várias barragens.
A população de Canela e de Gramado se aproxima dos 100 mil habitantes e com os turistas esse número pode mais que dobrar. Não podemos ficar dependentes de um único local de captação de água. Se ocorrer algum problema ali, as duas cidades ficam sem abastecimento. Foi um Natal com luz e sem água. Mas como brasileiros que somos, devemos ter fé e esperança que tenhamos dias melhores e que situações como essas tenham impactos minimizados.
Não podemos evitar que chova, não podemos evitar que tenha neblina, não podemos evitar tempestades. Mas podemos nos preparar para enfrentar situações de calamidade. Que os problemas da água, do fogo, do ar e da terra sejam enfrentados pelas autoridades e gestores públicos com a seriedade e a competência necessárias para tenhamos todos um Feliz Ano Novo.
