(E o saber do povo…)
Toda a cultura popular é enriquecida por termos e expressões da literatura oral. Sendo o Folclore de natureza dinâmica, o espírito de criatividade do povo está sempre enriquecendo os fatos folclóricos de novas expressões… Como bem esclarece Doralécio Soares em seu “Folclore Brasileiro”, edição da Funarte.
Cultura popular traz os provérbios, as adivinhações, os contos, as frases feitas, as orações, os cantos, as histórias, o canto popular e tradicional, as danças de roda, as danças cantadas, as danças de divertimento coletivo, as rondas e jogos infantis, as cantigas de ninar, os romances populares, as trovas, os aboios, as anedotas, os mitos, as lendas os versos improvisados dos cantadores repentistas, os cantos dos folguedos e outros temas.
Ela é enriquecida diariamente, na vivência contínua do povo que nasce, que chora, que canta, que ri, que dança, que joga, que caça, que nada, que fuma, que bebe, que diz-que-diz, que adoece, que sofre, que… morre!
Como bem lembra o autor “com ou sem fixação tipográfica, essa matéria pertence à Literatura Oral”.
Improvisos:
“Nós chegamos hoje / salvar nossa praça;
Oh! São Benedito sejais / Nossa Senhora da Graça”.
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“Lá em cima daquele morro / vem um tucano avoando;
se o bico vai escrevendo, / as asas vêm apagando”.
Desnecessário lembrar, essas manifestações espontâneas são vigentes em todo o Brasil!
Uma biografia
Barbosa Lessa:
Profissional de Jornalismo, Propaganda e Relações Públicas. Ainda folclorista, poeta, escritor, músico, compositor e historiador. Compôs em 1951 a canção “Negrinho do Pastoreio”; além da canção “Quero-Quero” e quase meia centena de outras… Em 1956, fez o filme “Paixão de gaúcho”. Escreveu dezenas de livros, entre os quais “Rio Grande do Sul – prazer em conhece-lo”, “História do Chimarrão”, “O crime é um caso de marketing”, “Nativismo”, “São Miguel da Humanidade”, “Os Doze Rio Grandes”, “Os guaxos”… Foi um dos fundadores do Movimento Tradicionalista Gaúcho em 1948 (com Paixão Côrtes e Glaucus Saraiva)… E muito mais, teria para se dizer!
Luiz Carlos BARBOSA LESSA, nasceu em Piratini a 13 de dezembro de 1929 e faleceu a 11 de março de 2002, em Camaquã, no Rio Grande do Sul a nossa – e muito sua! – terra!