Comer de 3 em 3 horas era um dos aconselhamentos dados a quem buscava somar estratégias para emagrecer. E será que ajuda mesmo?
A defesa de se usar esta manobra para impulsionar a perda de peso se dava no sentido de que, ao comer com mais frequência, aumenta-se o gasto energético do organismo, uma vez que a própria digestão gera gasto de energia.
Mas, este é um comando muito fraco, entenda, o emagrecimento se dá por comandos, algo como programações que instalamos sobre o nosso organismo. O que comemos e de que modo espaçamos as refeições provoca uma resposta metabólica de guardar ou gastar energia. Ao se comer toda hora, acionamos a insulina [o hormônio do estado alimentado] e a insulina é anabólica >> anabolismo significa programar o corpo para armazenamento e síntese, no excesso deste comando se sintetiza novos tecidos, podendo estes serem células de gordura.
O comando que emagrece é o do jejum. Quando não estamos alimentados o corpo se obriga a degradar tecidos, a isso damos o nome de catabolismo. No emagrecimento saudável o que se trabalha é o catabolismo de células de gorduras.
Se não de 3 em 3 horas, qual o intervalo entre refeições que ajuda emagrecer?
Uma maneira de educar o corpo para emagrecer é comer em apenas quatro momentos no dia: café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. Este espaçamento provoca um jejum brando, porém, muitas pessoas não fazem nem este mínimo, pois têm o hábito de beliscar toda hora.
Outra forma de jejum aplicável a todas as pessoas é jantar até 19h e só voltar a comer após as 7 da manhã. Esta janela de 12 horas de jejum é muito favorável ao emagrecimento, entre outros benefícios como repouso digestivo.
A condição que exige que se coma mais vezes ao dia é quando se está trabalhando para formar músculo, este anabolismo é de síntese de massa magra. Precisa comer regrado, periódico e com uma alimentação alta em proteína.