Nane de Souza – Nutricionista
Se até o final de 2024 você achava que fruta, por ser fonte de muitas vitaminas e ter baixa caloria, podia ser consumida à vontade, a partir de 2025 você saberá aproveitar melhor os seus benefícios sem colocar em risco um aspecto negligenciado da fruta: seu impacto à glicemia – tal como o açúcar, você sabia?
Sim, a fruta é um carboidrato de alto impacto glicêmico, a frutose (“o açúcar da fruta”) se assemelha ao açúcar branco no teor de glicose. A explicação está no peso molecular dos carboidratos. Os carboidratos são divididos em simples e complexos, quanto menor a cadeia de glicoses de um carboidrato, menos trabalho digestivo ele requer, estes são chamados de simples, de digestão facilitada.
Assim, carboidratos que passam rápido pela digestão, como doces, produtos de farinha de trigo refinada e frutas, têm suas glicoses simplificadas (livres/prontas) para atravessarem para o sangue.
Para que a fruta não altere a glicose sanguínea você deve aprender a frear sua velocidade digestiva, isso é possível se você acompanhá-la de um alimento ou refeição de maior complexidade, nunca coma fruta sozinha de estômago vazio! No café da manhã acompanhe a fatia de mamão com ovos; no lanche da tarde acompanhe a banana com iogurte natural integral.
A circunstância perfeita para se comer fruta é junto ou logo depois das refeições maiores – almoço e jantar -, a presença de carne e outros alimentos com algum teor de gordura criam um obstáculo ao trânsito da glicose, tornando lenta a sua passagem para a corrente sanguínea.
Para este final de ano: nas ceias de natal e ano novo, melancia, cereja, ameixa, romã, figo e passas aparecem como frutas festivas. Acompanhe-as com saladas e carnes, conforme a proposta dos pratos. E em 2025 compreenda o almoço e o jantar como as melhores circunstâncias para você comer fruta, neste contexto ela só trará saúde, não será problema na glicose.