Importância da Proteção Solar e Hidratação
O verão está em seu auge, e com ele, as altas temperaturas e os dias ensolarados convidam a aproveitar ao máximo as atividades ao ar livre. No entanto, essa estação tão apreciada traz consigo a necessidade de redobrar os cuidados com a saúde da pele, um assunto que muitas vezes passa despercebido em meio à agitação da temporada. Diante da importância do tema, o Jornal Nova Época decidiu pesquisar e trazer informações relevantes sobre a proteção da pele durante o verão. Buscamos oferecer aos leitores orientações úteis sobre os cuidados necessários nesta época do ano.
A exposição prolongada ao sol, comum durante as atividades de verão, pode resultar em danos à pele. Desde queimaduras solares até o envelhecimento precoce, passando pelo aumento do risco de câncer de pele, os perigos são reais e demandam atenção constante. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer de pele responde por cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil, o que destaca a importância da prevenção. O protetor solar é essencial nessa batalha contra os efeitos nocivos do sol. Seu uso diário é imprescindível, mesmo em dias nublados, já que os raios UV atravessam as nuvens. A recomendação geral é optar por produtos com fator de proteção solar (FPS) de no mínimo 30, reaplicando a cada duas horas ou após o contato com água ou suor excessivo.
Cuidados Adicionais com a Pele e Alimentação
Além disso, a hidratação desempenha um papel importante na manutenção de uma pele saudável durante os meses de calor. O sol e as altas temperaturas podem levar à desidratação, tornando a pele mais suscetível a irritações e ressecamento. Manter-se bem hidratado, bebendo água regularmente, e utilizar cremes hidratantes adequados ao tipo de pele são práticas essenciais para preservar a barreira cutânea. As variações climáticas ao longo do dia exigem adaptações nos cuidados. Pela manhã e à noite, quando as temperaturas podem ser mais amenas, o uso de cremes mais nutritivos pode ser benéfico. Durante o dia, produtos mais leves são preferíveis para evitar a obstrução dos poros.
A proteção externa também conta. Acessórios como chapéus, bonés e óculos de sol são aliados eficazes na proteção contra a radiação solar, oferecendo uma barreira adicional, especialmente para áreas sensíveis como o rosto, orelhas e pescoço. A alimentação é outro aspecto importante. Uma dieta rica em antioxidantes, encontrados em frutas e vegetais, ajuda a combater os radicais livres gerados pela exposição solar. Nutrientes como as vitaminas C e E, além do betacaroteno, são aliados na proteção da pele.
Cuidados Especiais para Crianças
Para as mães, os cuidados com a pele das crianças merecem atenção especial. Crianças têm a pele mais sensível e suscetível aos danos solares. O uso de protetores solares específicos para a pele infantil, preferencialmente os de barreira física, é essencial. Roupas com proteção UV e a limitação da exposição solar direta, especialmente entre 10h e 16h, são medidas importantes para proteger os pequenos.
Adotar uma abordagem preventiva e contínua é vital para garantir a saúde da pele durante o verão. Combinando proteção solar adequada, hidratação constante, uma dieta equilibrada e cuidados específicos para cada faixa etária, é possível desfrutar plenamente das atividades que a estação oferece, sem comprometer a saúde cutânea.
O Nova Época, através desta matéria, busca conscientizar seus leitores sobre a importância desses cuidados. Lembramos que é sempre recomendável consultar um dermatologista para orientações personalizadas. Com os cuidados adequados, podemos aproveitar cada momento do verão com a tranquilidade de estarmos protegidos, fazendo deste um verão não apenas divertido, mas também saudável para nossa pele.
Fontes: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Instituto Nacional de Câncer (INCA), Associação Brasileira de Dermatologia.
UMA HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO
Roberto com a afilhada Rafaella
Além de servir como mais um alerta para a importância do acompanhamento médico quando surgem nódulos no corpo e da prevenção ao câncer de pele, relatar aqui fatos ocorridos com o canelense Roberto Gallas Lucena é uma oportunidade de estampar o exemplo de uma pessoa que não se deixou abater com os infortúnios da doença.
Residindo atualmente no Centro de Canela, Roberto (44) sempre gostou do contato com a natureza no meio rural, onde tem propriedade na localidade de Pai Bitu, São Francisco de Paula. Não tinha grandes cuidados com a exposição ao sol, o que, apesar de não provado, pode ter lhe causado uma consequência gravíssima.
Em 2008 verificou que crescia, na altura de um dos tornozelos, um nódulo (ou seja, uma destas pequenas lesões sólidas que podem surgir em qualquer parte do corpo, na maioria das vezes, palpáveis). Modificações na “feridinha” levaram o dermatologista a aconselhar a extração, o que foi feito sem maior demora, com a chamada ampliação de margem e biópsia de material colhido. A partir de então Roberto passou a adotar cuidados como o uso constante de protetor solar e roupas compridas, muitas com proteção UV. Cerca de dois anos após surge um novo nódulo, perto do local do primeiro. Os procedimentos se repetiram, novas incidências insistiam em ocorrer a ponto de Lucena, há quatro anos atrás, adotar a prática da imunoterapia. Trata-se de procedimento dispendioso (tornado possível graças ao plano de saúde) que realizou durante um ano, sem o uso de quimioterapia e radioterapia.
No final de 2023, infecções e dores indicavam que a situação não estava nada boa. Sempre procurando os melhores procedimentos, Roberto submeteu-se à chamada perfusão de membro isolado, quando então medicações quimioterápicas foram infundidas apenas no local afetado. Processo, mesmo assim, invasivo e que exigiu restabelecimento por dias na UTI. Infelizmente a ampliação do problema não estancou e a amputação da perna de Roberto passou a ser necessária, o que veio a acontecer.
Em julho de 2024, uma metástase ocorreu e verificou-se o surgimento de nódulos no pulmão. Sempre seguindo em frente, cabeça erguida, Roberto passou por uma operação microinvasiva para extirpar os “intrusos”.
A cada três meses, submete-se a exames totais e segue na sua rotina de vida, ainda adaptando-se à prótese na perna. Perguntado sobre a vida antes e depois de tudo o que passou, Roberto dá show de otimismo. Relata que a única vez que tomou antidepressivo foi por conta da chamada “dor fantasma” – que muitos amputados sentem em um membro que o cérebro insiste em detectar como ainda presente – e que não lhe deixou dormir por dias a fio. Hoje é fato superado, assim como é de superação exemplar a história desse canelense que sempre contou com o apoio da família, a fé inabalável e as orações da mãe, Dona Helena.
