A prática de contratos “extra” utilizada por uma grande parte das empresas de Canela, aparentemente é uma grande jogada para o empresário que visa o lucro rápido além de fugir da pesada carga tributária. Porém, essa informalidade trouxe, como consequência, o descompromisso do “extra” que comparece quando quer ou sente necessidade.
Assim como o “empregado” padece com a ausência de direitos sociais – férias, 13%, FGTS, contribuição para aposentadoria, o “patrão” vê seu estabelecimento tratado com desprezo por aqueles que deveriam preservá-lo. Os “profissionais”, na sua grande maioria bem jovens, que pipocam pela informalidade não se sentem motivados a entender e aprender sobre o funcionamento do ambiente onde trabalham sem vínculo “quando o Gerente chama”.
Lá na ponta, está o cliente que padece com o despreparo e, por vezes, uma atenção precária recheada de tratamento bem desleixado que não atrai uma próxima visita. É perceptível quando encontramos um atendente que sabe o que está fazendo, gosta do seu labor e se sente comprometido com o salário que receberá no final do mês. Como resultado, o cliente se sente motivado a voltar.
É comum ouvir empresários falando sobre o valor da marca “Canela” e por isso aqui os produtos podem ter um custo mais elevado do que em outras cidades. Seria prudente valorizar a marca com qualidade nas relações de trabalho e, também no atendimento ao público porque existe muita habilidade na cobrança de ações das três esferas de governo – federal, estadual e municipal, porém sempre que possível, uma sonegadinha aqui e outra ali, além de olhar a antiga CLT com o mesmo desprezo que alguns funcionários tratam os Clientes. Não existe marketing ou promocional que supere a falta de empatia e cresce entre nós este fator demolidor de imagem.