Fotos: Claiton Saul
No grande acampamento que se forma no Parque do Saiqui durante o Rodeio Crioulo Nacional de Canela a gente tem uma dimensão, não só do tamanho do evento, como do espírito de camaradagem que impera naquele meio. São dezenas de aficionados que “vão de muda” para o local, por quatro ou cinco dias para competir, levando as famílias. Há também os acampados que estão lá só para curtir a grande festa que é o Rodeio. Piquetes também alugam espaços e montam belas estruturas, como pudemos comprovar. Mas um dos fatos mais tocantes é a força da tradição, passada por gerações. Os adultos com a experiência e as crianças com a inquietude, no ambiente sadio do tradicionalismo, vão garantindo por muitos anos mais a grandeza de um rodeio que chega, em 2025, à 40ª edição.
COMPANHEIRISMO DE FORRAR O PONCHO
Da esquerda para direita, Benício, Lúcio e Luiz Licks, Alex e Clairton Schmitt
Estes aí da foto à esquerda são só cinco, dos 50 integrantes (40 peões e 10 prendas) do Piquete de Laçadores Poncho Serrano. Criado em Canela em 2002, é um dos mais dignos representantes destas agremiações que, somente no nosso município, ultrapassam as duas dezenas. Haja prateleira para todos os troféus ganhos em campeonatos locais, regionais e em outros estados.
Nos motorhomes não falta conforto, nos seus acampamentos não falta comida boa, como pudemos comprovar.
APRENDENDO COM O PAI
Se o número de cerca de 2.000 troféus significa algo, no mínimo serve para indicar que ele é provavelmente o mais laureado dentre os ginetes e laçadores de Canela. Hoje com 52 anos, Carlos Licks, o Fio, começou aos sete como um pequeno jockey de canchas retas. Daí em diante, tem sido uma vida às voltas com montarias, que lhe renderam muitas vezes prêmios em dinheiro, moto e carro, mas, ao mesmo tempo, oito pinos nas costas. “Não se compete pelos prêmios, mas para representar bem Canela”, diz Carlos. O que ele já fez, e muito bem, inclusive representando, após vencer eliminatórias, o Rio Grande do Sul em competição nacional em Rondonópolis (MT), onde se sagrou campeão.
Filha de Carlos, Thaina Licks tem só 15 e herdou o talento. Já ganhou por três vezes na prova de rédea e vai laçar neste Rodeio, categoria pai e filha), ao lado do seu inspirador.
CASAS PERFEITAS PARA RODEIOS
Além de gostarem de rodeios, o casal André e Paula Jardim viaja e se aloja no produto que a empresa de André faz com extrema qualidade. Trata-se de motor homes personalizados, voltados para o público das laçadas, domas e gineteadas, que podem levar o cavalo em um compartimento dentro do veículo, na parte traseira. A pequena fábrica só precisa que lhe entreguem um ônibus em bom estado e está feita a casa móvel, entregue em um prazo médio de dois meses.
HELENA COMEÇA CEDO
Quando ela começou a ganhar provas de Laço Vaca Parada, já fez seus pais se arrepiarem. Imaginem a emoção da mãe, Jessica Oliveira, ao ver Helena, do alto dos seus seis anos, laçando a cavalo, o que começou a acontecer em 2024 (foto abaixo).
No Rodeio de Canela deste fim de semana, a menina vai competir no Laço Pai e Filha, ao lado do orgulhoso Denilson Oliveira.
Foto: RP RODEIOS
APOIE O PROJETO CULTURA INDÍGENA E ETNOTURISMO DA FEIRINHA DE CANELA
O projeto da Associação da Feirinha Ecológia e Cultural de Canela está participando do edital de Emendas Parlamentares da deputada federal Denise Pessoa.
No momento, o projeto precisa angariar ao menos 100 votos para seguir para a próxima etapa.
A votação iniciou à meia noite desta quinta, e é permitido apenas um voto por CPF.
“O projeto da Feirinha é de Cultura, mas também vai dar início ao Etnoturismo em Canela e região, que é o formato de turismo para quem busca conhecer os povos originários dos destinos.”, informa Dani Reginatto, presidente da Feirinha. A página para votação é https://participa.denisepessoa.com.br/projeto/cultura-indigena-e-
etnoturismo