Mais de R$ 2,4 mi em perdas na produção agropecuária

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As chuvas intensas entre 26 de abril e 3 de maio de 2024 causaram grandes prejuízos à produção agropecuária de Canela. No período, a região enfrentou precipitações extremas de 503,4 milímetros, mais que o triplo do volume normal para a época. Depois, uma pequena trégua e as chuvas voltaram, com mais 326,6 milímetros, totalizando 830 milímetros de chuva no período de 26 de abril a 16 de maio. Este cenário resultou em deslizamentos de terra, isolamento de comunidades e danos severos à infraestrutura e às atividades econômicas locais.

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) em Canela realizou um levantamento detalhado dos impactos causados pela enxurrada na produção agropecuária do município. Com base em dados obtidos em inúmeras visitas a propriedades rurais e outros fornecidos pela Secretaria Municipal de Obras, Serviços Urbanos e Agricultura, pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, entre outros, IBGE e INMET, além de medições empíricas realizadas por comunidades locais, o estudo da Emater aponta que as perdas na agropecuária local somam aproximadamente R$ 2,4 milhões.

“Os prejuízos ainda estão sendo contabilizados, uma vez que os efeitos das chuvas intensas persistem. Dada a magnitude do evento, algumas perdas ainda poderão evoluir, principalmente por causa da instabilidade do terreno em algumas áreas”, afirma o responsável pela Emater em Canela, Alexandre Meneguzzo. “A dificuldade de acesso e as restrições de circulação também dificultaram muito a obtenção dos dados, mas já temos uma ideia do que tivemos quanto à produção agropecuária”, finaliza.

Cerca de 700 famílias ficaram sem energia elétrica, afetando a conservação de alimentos e o funcionamento de equipamentos médicos essenciais. A falta de energia elétrica e comunicações também causou prejuízos, principalmente a algumas agroindústrias que dependem da conservação de matéria-prima ou produto pronto em suas instalações, além de impedir o processamento e o escoamento dos produtos.

As autoridades locais continuam a monitorar a situação e buscar soluções para mitigar os danos causados pelas chuvas, garantindo apoio às comunidades afetadas e buscando recuperar a produção agropecuária de Canela.

PREJUÍZOS foram ocasionados em quase toda a área rural

PRINCIPAIS PERDAS

Agropecuária

Milho: Em 195 hectares plantados, grãos maduros apodreceram devido ao excesso de umidade, lavouras foram arrastadas e também houve acamamento de lavouras, inviabilizando a colheita mecanizada e favorecendo o apodrecimento. Destes 195, 60 hectares sofreram impacto direto, pois uma parte já havia sido colhida antes do evento.

Na olericultura, houve perdas de lavouras inteiras por conta da intensidade das chuvas. Hortaliças hidropônicas também sucumbiram pela falta de luz e necessidade de partilhar geradores de energia em atividades de maior necessidade. Estufas com morango tiveram produção reduzida por conta da excessiva umidade e falta de luminosidade.

Feijão, Aipim, Frutas Cítricas e Maçã: Áreas também foram severamente afetadas, comprometendo a colheita atual e futuras safras.

Pecuária:

Bovinos de Corte: Animais perderam peso devido à dificuldade de acesso a áreas de alimentação.

Aves: Houve retardo na reentrada de 52.500 frangos em um aviário por falta de acesso. Também considera-se a perda de peso em outros 50.000 frangos por conta de inanição, motivada pela falta de acesso dos caminhões com ração às unidades produtoras.

Secretaria de Obras atua na recuperação de estradas

Assim como outros municípios, Canela busca recuperar-se após as fortes chuvas que atingiram o município. Há muito trabalho a ser feito, são desafios significativos que o município está enfrentando. A zona rural foi a mais prejudicada, onde a enxurrada fez vítimas fatais, danificou estradas e provocou vários danos. A Secretaria de Obras vem concentrando seus esforços para equacionar os problemas causados pelos temporais seguidos de deslizamentos de terra.

ZONA RURAL foi a área mais atingida pelas fortes chuvas em Canela

Mesmo após o patrolamento de mais de 95% das vias do interior, muitos trechos estão intransitáveis e até bloqueados. Equipes da Obras estão atuando nos pontos críticos priorizando as áreas interrompidas com barreiras. “Trabalhamos incansavelmente para remover barreiras e garantir a trafegabilidade para os moradores do interior, bem como para permitir o escoamento da produção e a entrega de alimentos para os nossos aviários”, afirma o secretário de Obras, Adair Bohn.

 “Sabemos da importância das estradas para os nossos atrativos turísticos localizados no interior e para os demais empreendimentos, mas pedimos a compreensão pois os trabalhos precisam ser realizados com segurança para a equipe e para o transeunte das localidades” completou o adjunto Laurício.

O prefeito Constantino Orsolin, junto com o secretário Adair e o adjunto Laurício, tem realizado visitas constantes aos locais afetados, mobilizando todo o maquinário disponível e mantendo os servidores em turnos integrais, incluindo finais de semana. O objetivo é restabelecer a trafegabilidade o mais rápido possível, dando prioridade às estradas em piores condições.

TRECHOS como na Linha Moreira estão intransitáveis e estão sendo desobstruídos

DICAS PARA A SUA SEGURANÇA

Evite caminhar pelas águas para evitar riscos de correnteza, ferimentos ou doenças.

  • Mantenha distância das margens de córregos e rios.
  • Não tente atravessar vias alagadas com seu veículo.
  • Dirija com extrema cautela e mantenha os faróis ligados.
  • Procure abrigo em locais seguros e evite áreas alagadas.

Deslizamentos:

  • Não se aproxime de áreas de deslizamento, deixe o resgate para os especialistas.
  • Em caso de deslizamento, contate imediatamente os bombeiros.
  • Saia imediatamente do local em caso de risco.

Sinais de alerta para deslizamentos:

  • Fendas no solo, depressões, rachaduras nas paredes.
  • Inclinação de árvores ou postes.
  • Surgimento de minas d’água.

SAQUE CALAMIDADE DO FGTS ESTÁ LIBERADO PARA TODOS OS MORADORES DE CANELA

A Caixa Econômica Federal liberou o saque calamidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para todos os trabalhadores de Canela. Em caso de saldo disponível, o limite para saque é de R$ 6.220,00. Anteriormente o pagamento do FGTS está limitado somente às pessoas que tinham sido afetadas diretamente pela catástrofe climática. A solicitação do saque emergencial deve ser feita via aplicativo da Caixa. O pedido será analisado e, se estiver tudo correto, o valor será creditado na conta bancária do trabalhador.
Como solicitar o Saque Calamidade pelo APP FGTS:

  1. Acesse o APP FGTS e clique em “Meus Saques”.
  2. Escolha a opção “Outras Situações de Saques”.
  3. Selecione o motivo “Calamidade Pública”.
  4. Selecione o município de residência (Canela) e clique em “Continuar”.
  5. Escolha como deseja receber seu FGTS: Crédito em conta bancária de qualquer instituição ou saque presencialmente. Faça o upload dos documentos requeridos.
  6. Confira e confirme os documentos anexados.

Parques temáticos deverão reabrir até dia 30 de maio

Segmento importante para a economia e geração de empregos em Canela e Gramado, os parques temáticos deverão em sua maioria voltar às atividades normais até dia 30 deste mês. O retorno coincide com o feriadão de Corpus Christi, data importante para o turismo que em tempos normais costuma atrair grande número de visitantes para a região. Alguns atrativos já estão em pleno funcionamento e outros com operações reduzidas. “Gramado e Canela foram atingidas em alguns pontos específicos, mas a área onde ocorre o fluxo turístico está preservada. A situação está melhorando, mas ainda não está resolvida. Entdendemos que é necessário que a roda da economia continue girando em razão da preservação de empregos e outros fatores. O trade pode ser o indutor, podemos ajudar na reconstrução do Rio Grande do Sul através do turismo”, comenta o presidente da Associação dos Parques e Atrações da Serra Gaúcha (Apasg), Renato Fensterseifer Jr.

Mais de 15 mil refeições servidas para desalojados

Em meio aos estragos causados pelas recentes chuvas intensas que atingiram Canela e o Rio Grande do Sul, um movimento de solidariedade tem trazido alívio e esperança para as famílias desalojadas. Desde o início da calamidade, mais de 15 mil refeições foram distribuídas a essas famílias, garantindo alimentação e conforto em um momento de grande necessidade.

A ação foi contabilizada de 1º a 19 de maio e é fruto de um esforço conjunto entre a Defesa Civil, Prefeitura, organizações não governamentais, empresas locais, forças de segurança e voluntários da comunidade. O espaço comunitário montado junto ao Salão Paroquial tem permitido a preparação e distribuição de alimentos de forma rápida e eficiente. Além das refeições, também estão sendo distribuídos os produtos para o café da manhã e lanche da tarde para os afetados.


Futuro

Região unida pelo Aeroporto das Hortênsias

A partir de uma iniciativa de lideranças empresariais de Canela, o trade turístico e a classe política da região estão unidos para tornar realidade o projeto de construção do Aeroporto Internacional das Hortênsias. A proposta voltou à pauta devido à inundação do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, causada pela catástrofe climática que assola o Estado.

Com isso, o fluxo turístico na Região das Hortênsias ficou extremamente prejudicado, uma vez que centenas de visitantes desembarcavam diariamente em Porto Alegre com destino à Serra Gaúcha, especialmente Canela e Gramado.

A mobilização visa tirar do papel o projeto do aeroporto para voos comerciais em Canela, permitindo que a região tenha vida própria no receptivo de turistas por via aérea e que a indústria do turismo não dependa exclusivamente do Aeroporto Salgado Filho para ao cesso de turistas a região.

Com o envolvimento pessoal da CEO do Grupo Brocker, Any Brocker, e da Associação Comercial e Industrial de Canela (ACIC), cerca de 300 pessoas participaram de uma reunião histórica para debater e buscar caminhos para que o Aeroporto Internacional das Hortênsias decole. “Estou confiante de que demos um passo importante com a união em torno do aeroporto. Conseguimos unir as entidades e comprometer os prefeitos com a viabilização do projeto”, avalia o presidente da ACIC, Maurício Boniatti.

“O Aeroporto Internacional das Hortênsias será um marco para a região, pois hoje dependemos do Salgado Filho e das vias que cercam Gramado e Canela. Um aeroporto aqui trará muitos benefícios e fomentará o turismo, aproximando nossa região dos grandes centros do país”, conclui ele.

Para a empresária Any Brocker, a construção do Aeroporto Internacional em solo canelense é de extrema importância para o giro da economia na região. “A reunião surgiu pelo movimento de vários empresários acharem necessário de termos um aeroporto aqui na região, em razão de Canela e Gramado serem os indutores do turismo no Estado. O aeroporto é vital para todos os negócios da nossa região, a nossa economia é o turismo”, destaca Any.

“Nós temos muitos hotéis, restaurantes e atrativos turísticos, e por isso, precisamos de volume de turistas para sustentar toda essa cadeia. É importante enfatizar que tendo um aeroporto aqui vamos ter novos clientes de poder aquisitivo alto, os quais muitos não vem pra cá porque não querem perder tempo no deslocamento de Porto Alegre para cá. Hoje 50% dos desembarques em Porto Alegre vem para Canela, Gramado e Serra Gaúcha. Tendo aeroporto aqui, esse número vai aumentar ainda mais”

Empresária Any Brocker

PROJETO ORÇADO ENTRE R$ 600 E R$ 700 MILHÕES

O encontro sobre o equipamento turístico ocorreu no Grande Hotel e reuniu representantes de todas as entidades atuantes no segmento turístico e comercial. Estiveram presentes os prefeitos de Canela, Constantino Orsolin (MDB), de Gramado, Nestor Tissot (PP), e os chefes dos executivos municipais de Cambará do Sul e São Francisco de Paula. Vereadores de Canela, Gramado e ex-prefeitos das duas cidades também participaram.

“Este projeto tem potencial para ampliar o fluxo turístico e impulsionar ainda mais a economia local,” afirmou Orsolin. Ele destacou que o aeroporto facilitará o acesso de turistas nacionais e internacionais, colocando Canela e cidades vizinhas em destaque no mapa turístico global. “Pelo bem da nossa economia e pela nossa sobrevivência, a única maneira de nos erguermos é nos dando as mãos, porque juntos sempre seremos mais fortes”, ressalta o prefeito.

O prefeito de Gramado, Nestor Tissot, também manifestou seu apoio ao empreendimento, reforçando a união das lideranças locais pelo desenvolvimento regional.

Os secretários estaduais de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo (PP), e de Turismo, Luiz Fernando Rodriguez Júnior, também participaram da reunião. Rodriguez Júnior comprometeu-se a colaborar na busca por parcerias e recursos necessários para a concretização do aeroporto.

O projeto está orçado entre R$ 600 e R$ 700 milhões e poderá ser viabilizado em regime de concessão, com investimento privado incluindo desapropriações de terras. A proposta é que o aeroporto seja instalado na localidade de Tubiana, interior de Canela, com acesso pela ERS 476.

O projeto já possui outorga federal e agora deverá avançar para a fase de processos burocráticos e ambientais para ser licitado o mais rápido possível.

Reunião histórica atraiu mais de 300 pessoas

REUNIÕES COM AUTORIDADES ESTADUAIS E NACIONAIS

Com a mobilização intensa e o apoio das autoridades e do setor privado, o projeto do Aeroporto Internacional das Hortênsias avança para as etapas finais de planejamento e aprovação. A expectativa é que, em até cinco anos, a Região das Hortênsias conte com uma infraestrutura aeroportuária de nível internacional em Canela, impulsionando o turismo e o desenvolvimento econômico local.

O encontro terminou com um consenso sobre a necessidade de aprofundar os estudos e buscar financiamento. Nos próximos meses, serão realizadas novas reuniões com autoridades estaduais e federais, além de possíveis investidores privados, para discutir parcerias e estratégias de implementação.

A ideia agora é levar o projeto adiante, já que o Aeroporto Internacional das Hortênsias promete ser um divisor de águas para Canela e municípios adjacentes, promovendo o desenvolvimento econômico e elevando a região a um novo patamar de competitividade turística.

A empresa Cápsula, responsável pela iniciativa, expôs detalhes técnicos destacando a importância estratégica da obra para a região. Também apresentou um plano abrangente, prevendo uma estrutura moderna, capaz de receber aeronaves de grande porte e oferecer completa infraestrutura para passageiros e cargas.

Lideranças do trade e políticas da região estão mobilizadas para tornar o aeroporto Internacional das Hortênsias em realidade


Saúde mental é uma preocupação

Eventos de calamidade provocam perdas materiais e afetivas e podem gerar traumas psicológicos. Por isso, diante da catástrofe climática que assola o Rio Grande do Sul, os cuidados com a saúde mental da população, principalmente das pessoas atingidas pelas fortes chuvas, devem ser redobrados. A rede de assistência às pessoas atingidas pelas enchentes conta com voluntários que estão prestando serviços de psicologia e até mesmo psiquiatria.

Afinal, é fundamental buscar apoio e fortalecer-se para superar as dores causadas pelas fortes chuvas. É necessário buscar forças para recomeçar após as enchentes e dar um novo sentido para a vida. O Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) tornou-se uma preocupação constante para especialistas em saúde mental. Em entrevista exclusiva ao Jornal Nova Época, o médico psiquiatra Paulo Roberto Zimmermann fala sobre os riscos do desenvolvimento do transtorno. Doutor em Psiquiatria pela UNIFESP e ex-professor da Escola de Medicina da PUCRS, Zimmermann também explica como identificar o transtorno e também como tratá-lo.

ENTREVISTA – PSIQUIATRA Paulo Roberto Zimmermann

NE: Diante do estado de calamidade pública que estamos enfrentando, como o senhor avalia o impacto desses eventos traumáticos na saúde mental da população, especialmente em relação ao desenvolvimento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)?

Zimmermann: O impacto é terrível. Não falo só das perdas de pessoas e materiais mas também de histórias que nunca mais serão encontradas. Objetos, fotos, móveis, etc. que tem um significado histórico para os indivíduos se perderam para sempre. São vários lutos. Além da sensação de vulnerabilidade. Cada pessoa reage de uma forma específica, sendo as mais comuns a ansiedade, a depressão e o TEPT que é muito devastador para a vida.

NE: Considerando o contexto atual de calamidade, quais são os principais sinais de alerta de TEPT que a população deve monitorar em si mesma e nos outros?

Zimmermann: Os principais sinais de alerta da existência de um quadro de TEPT são: Pensamentos recorrentes relacionados ao evento, pesadelos também recorrentes, algumas mudanças de conduta como evitar situações que lembrem a tragédia, mesmo que isto comprometa o desempenho da pessoa entre ouros por mais de um mês após o final da tragédia. Todos levamos algum tempo para elaborar situações de trauma. Como o indivíduo não tem capacidade de fazer isto instantaneamente, vai repetido a situação e em cada repetição elabora um pouco. Se espera que em 1 mês isto já possa estar resolvido. Algumas pessoas não conseguem passar por isto e estes sintomas permanecem configurando um quadro de TEPT.

NE: Em situações de calamidade como a que vivemos, quais são os efeitos do estresse prolongado nos hormônios e, consequentemente, na saúde física e mental dos indivíduos afetados?

Zimmermann: O stress crônico é um estado de permanente alerta que implica em algumas modificações hormonais e de outras substâncias como aumento das catecolaminas, adrenalina, citocinas entre outras. Com a cronicidade poderemos ter aumento da pressão arterial, diminuição da imunidade , sintomas de exaustão, irritabilidade entre outros.

NE: Qual é a relevância de uma abordagem integrada que inclua tanto tratamentos farmacológicos, como os antidepressivos, quanto terapias psicológicas no tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) em cenários de calamidade pública? Além disso, poderia nos explicar como os medicamentos auxiliam no manejo dos sintomas do TEPT nesse contexto de crise e por que é crucial não depender exclusivamente deles?

Zimmermann: O tratamento do TEPT inclui medidas farmacológicas, psicoterápicas e ambientais. Tem sido usado com bastante sucesso antidepressivos, principalmente os inibidores seletivos da receptação da serotonina (Sertralina, Paroxetina, Fluoxetina, etc.) que tem sua eficácia aumentada se associados a psicoterapia onde o paciente encontra um ambiente propicio para falar livremente sobre seus sentimentos e dividir com o terapeuta suas angustias e temores. Trata-se de uma psicoterapia focada no evento. Terapias Cognitivo Comportamentais também são úteis. Além disto a sensação de estar sendo protegido por uma rede de apoio faz com que a pessoa se sinta acolhida diminuindo a sensação de vulnerabilidade.

NE: Como a sociedade pode se mobilizar para combater o estigma associado à saúde mental, incentivando as vítimas de calamidades a buscar apoio e tratamento?

Zimmermann: Em primeiro lugar oferecendo estes serviços. Em segundo lugar enfatizando sempre que não se está procurando doenças mentais, mas sim que o objetivo é de aliviar o sofrimento imenso desta população. É da natureza humana que frente a traumas desta intensidade o sofrimento imenso exista e é nisto que os profissionais de saúde devem se focar. Não se está procurando doenças mas como ajudar a diminuir o sofrimento. No momento que a população aceitar isto ficará mais fácil procurar ajuda e se expor.

NE: Existem medidas de autocuidado ou intervenções preliminares que indivíduos afetados pela calamidade atual podem adotar para gerenciar os sintomas de TEPT enquanto aguardam ou complementam o tratamento profissional?

Zimmermann: A proximidade com pessoas de confiança ou voluntários genuinamente imbuídos de ajudar faz com que estas pessoas não se sintam tão vulneráveis, diminuindo os sintomas ou a chance de apresentá-los. Se sentir acolhido por uma rede de apoio e proteção é importantíssimo para mitigar estas situações. As pessoas que apresentem sofrimento mais intenso devem procurar ajuda especializada.

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