(Sob os cuidados da Antropologia e do Folclore…)
O patrimônio cultural imaterial, em resumo, trata dos bens culturais de um local específico, uma região: os saberes, as tradições, as formas de expressão como festas religiosas e profanas, expressões cênicas, plásticas, celebrações, a música, o lúdico, enfim, toda e qualquer prática coletiva.
Entre os exemplos mais comuns, temos as danças populares, os usos e costumes e ela: a música. E, neste espaço, o ritmo Bugio…
Hoje, o popular ritmo bugio, está muito próximo de ver o parecer técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE), ser incluído no Livro de Registros das Formas de Expressão do Estado.
Numa terra (Região Serrana) que pariu quase a totalidade dos maiores gaiteiros do Estado e do Brasil; numa terra onde há um festival único sobre esse ritmo musical – o “Ronco do Bugio”, em São Francisco de Paula; numa terra de muitos historiadores, escritores e pesquisadores, não surpreende a publicação do livro abaixo, um grato presente do autor…

( Capa do livro )
Por outro lado, o que surpreende é a riqueza de detalhes com que o autor se cercou ao escrever o referido livro. Além, é claro, da própria história do ritmo, ele aborda os principais gaiteiros, modelos de gaitas, tipos de afinação, etc. Um ritmo com passado, o presente e o futuro.
A bem da verdade, sobre o gaiteiro e professor Israel, além de pesquisador, sabemos que é campeiro, homem do lombo do cavalo, criando gado, domando, revisando cercas, fazendo queijos, etc…
Gosto de pensar e dizer que o seu livro veio em muito hora, quando “o ritmo bugio, considerado o primeiro gênero musical genuinamente gaúcho, está prestes a se tornar patrimônio cultural imaterial do Rio Grande do Sul”… a nossa terra!