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… NÃO DEPENDER DA PREVIDÊNCIA PÚBLICA


CAROLINE ANELI MARTINS
Sócia da Black Investimentos
@investlikeagirl_

“Provavelmente a maior barreira ao investimento para a aposentadoria – ou para qualquer outra coisa – é o medo”. Dentre todos os pontos trazidos pela carta anual escrita por Larry Fink, CEO e Cofundador da Blackrock, esta frase foi a que, de longe, mais ressoou em mim. Na extensa mensagem escrita pelo líder da maior gestora de valores do mundo, ele nos relembra uma verdade inconveniente sobre a qual possivelmente a maioria de vocês já estejam conscientes, porém alguns prefiram evitar pensar sobre: a de que não poderemos contar com a segurança social para a nossa aposentadoria.

Fink nos relembra que o modelo de previdência pública tal qual conhecemos hoje surgiu ainda na Alemanha pré-Primeira Guerra Mundial, e gradualmente foi se tornando popular ao longo do século 20, principalmente pelo fato de que tal padrão fazia muito sentido com a dinâmica demográfica daquela época. Colocando de forma simples, a aposentadoria aos 65 anos de idade funcionava basicamente porque mais da metade das pessoas que trabalhavam e contribuíam ao sistema à época nunca chegavam à idade da aposentadoria para de fato desfrutá-la. Esses trabalhadores, portanto, financiavam o grupo minoritário que vivia por mais tempo. A matemática fechava, simples assim!

Atualmente, a figura é completamente diferente. Não é segredo para ninguém que a nossa expectativa de vida vem aumentando consideravelmente ao longo das últimas décadas. Considerando a média de idade global, saímos de 47,7 anos na década de 60 para atuais 73 anos médios de vida, sendo a expectativa de vida média de um brasileiro ainda maior, de 76 anos. Daqui para a frente, segundo pesquisas recentes conduzidas pelo Centro de Longevidade de Stanford, viver até os 100 anos de idade provavelmente será a norma (e não exceção) para todos os recém-nascidos até 2050. Isto dito, a pergunta que o autor desta instigante carta nos traz é a seguinte: “Quando as pessoas estiverem vivendo acima dos 90 anos de idade regularmente, qual deveria ser a idade da aposentadoria?” Aliás, será cada vez mais comum nos depararmos com mais profissionais economicamente ativos na melhor idade, por decisão própria e também por demandas do mercado de trabalho. Larry Fink tem 71 anos de idade e acumula os cargos de CEO e Presidente do Conselho da BlackRock. Meu pai é outro exemplo: tem 76 anos de idade e é mais ativo profissionalmente do que a grande maioria dos millenials que eu conheço.

Nem Larry Fink tampouco aquela que vos escreve consegue responder a essa e outras perguntas trazidas pelo mesmo em sua carta. Concordamos 100%, no entanto, quanto àquilo que me parece não só óbvio, mas também correto: o fato de que precisamos investir por conta própria a fim de nos prepararmos para uma aposentadoria tranquila e de qualidade. O autor, nesta oportunidade, faz uma inteligente provocação aos governantes, gestoras e instituições financeiras a (re)pensarem em formas mais facilitadas e “automatizadas” para os trabalhadores investirem – sejam eles “CLTs” ou profissionais liberais, no sentido também de criarem mais vantagens aos investidores longo-prazistas.

Neste ponto, finalmente, gostaria de trazer uma verdade bastante conveniente para nós, trabalhadores brasileiros. No quesito “planos de previdência privada”, que seriam os planos denominados “PGBL e VGBL” contratados diretamente através de instituições financeiras (equivalentes ao “IRA” na terra do Mr. Larry), nós brasileiros temos muito mais flexibilidade do que os nossos amigos gringos. Os planos previdenciários disponíveis atualmente aos brasileiros são, sem dúvida, a estrutura mais inteligente para aqueles que buscam investir dentro de um horizonte de 10 anos ou mais. Vantagens fiscais, flexibilidade na escolha do ativo subjacente, possibilidade de portabilidade dentro de uma infinidade de fundos de investimento e facilidade no planejamento sucessório são alguns pontos que saltam aos olhos quando comparamos o investimento através dos fundos de previdência com os fundos chamados “555” ou os fundos que não estão dentro desta estrutura eficiente. Para deixar vocês com um gostinho de “quero mais”, seguiremos com o assunto Previdência nos próximos artigos. Até a próxima!

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