Aos poucos a ampla área coberta da Estação Campos de Canella vai se firmando como polo irradiador de cultura. Mostras de arte plástica, pintura e fotografia são frequentes no local, que tem se mostrado aconchegante também para a música.
Neste sábado (4) os festejos de fim de ano começam a dar tchau – apesar de o Sonho de Natal se entender por mais uns dias – com uma bela apresentação de canto.
O projeto Música na Estação apresenta o Coro de Vozes de Gramado (abaixo) com participação especial do tenor Alexandre Borges, às 15 horas. O Coro reúne cantores que admiram e se dispõem a estudar com dedicação a boa música. Surgiu a partir do festival Gramado in Concert, quando cantores de vários coros reuniram-se com o objetivo de cantar com a orquestra Sinfônica de Gramado. Daí em diante a afinação do pessoal os levou longe, inclusive para o templo da arte do Teatro São Pedro. Para a apresentação de sábado, a play list terá, entre outras: I Can see clearly now (Johnny Nash), Surgem Anjos (Edward Shippen Barnes), White Christmas (Irving Berlin), Joy to the World (Isaac Watts), Jingle Bell Rock (Joe Beal & Jim Boothe), Frank Sinatra), Hallelujah (L. Cohen), Boas Festas (Assis Valente) e Feliz Navidad (J. Feliciano). É gratuito.
DE KOMBI NO MUNDO – XXI
No mapa do Brasil desenhado na lateral da Kombi 2009, são três ou quatro os pontos marcados em vermelho por Luis Bernardo da Silva e Maria Gorete da Silva. Significa os Estados que eles ainda não conhecem, mas, para que pressa?
Militar aposentado, paulista que aos 20 anos mudou-se para Rondônia, Luis e a esposa sempre gostaram de estrada, no início usavam automóvel e veio a necessidade da auto-suficiência de abrigo que a Kombi proporciona. O ponto de partida e retorno é Manaus (onde estão os quatro filhos) daí o leitor imagina as distâncias percorridas nas três jornadas que fizeram em seis anos. A terceira, a bem da verdade, está em curso, saíram do Amazonas em março de 2024 e vieram riscando o mapa: Ceará, Pernambuco, Bahia, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Espirito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e aqui. Com a perua / casa que já rodou, só com eles, mais de 200 mil quilômetros, talvez estejam de volta em Manaus, com escala em São Paulo, lá por agosto.
“Viajar é bom, mas conhecer pessoas é melhor ainda”, diz Luis Bernardo.
RETRATOS DE CANELA
TESTEMUNHA DAS MUDANÇAS DA PRAÇA
Talvez os muitos canelenses que a conhecem não saibam que Onira Oliveira dos Santos, a Tia Onira – aquela do cachorro-quente mais antigo da Praça João Corrêa -, já trabalhou no fervo da Rua Doutor Flores, em Porto Alegre e teve restaurante em Canoas. De regresso a Canela, assumiu outros afazeres mas, há 21 anos, voltou para a gastronomia de lanches. Preocupada com Canela, cujos problemas às vezes refletem na Praça, já concorreu a vereadora.