Nane – Nutricionista
O que será falado a você agora é uma verdade que talvez nunca ninguém tenha te dito: o que determina se o pão irá engordar ou não, se irá provocar pico glicêmico ou não, está muito mais relacionado com o que você coloca em cima dele, do que com a sua composição farinha branca ou integral.
O pão integral, apesar das fibras, continua sendo um carboidrato de alto índice glicêmico (que provoca pico de açúcar no sangue ↑↑↑) ele tem sim uma melhor composição [é rico em fibras +++] mas fibra associada à farinha de trigo não muda o status do pão para saudável quando se pensa em controle do açúcar, nem confere saciedade quando se pensa em escolhas estratégicas para emagrecimento.
O que dá a condição saudável para o ato de comer pão é como você constrói ele. Se você comer pão integral com geleia será como colocar açúcar na veia, ao passo que se você comer um pãozinho francês acompanhado de um ovo mexido, este acompanhamento ‘gordo e proteico’ transforma o pão branco numa refeição de baixa carga glicêmica quando comparado ao pão integral lambuzado de geleia diet.
Na prática, o meu conselho é que você reduza o consumo de farinha de trigo, esteja ela no pão ou numa massa, seja ela branca ou integral! Limite-se a comer algo com farinha de trigo apenas uma vez ao dia, podendo ser o pão do café da manhã.
Se hoje o seu café da manhã é composto de um pãozinho integral com ricota + um mamãozinho com granola e um café preto, lamento dizer, mas a sua glicemia vai mal. Exclua o queijo branco e a granola doce e acrescente dois ovos mexidos ao seu pão seja ele branco ou integral, assim, o carboidrato será liberado bem lentamente na sua corrente sanguínea, você entrará no modo estável a manhã inteira: estável em saciedade; com glicemia estável.
Dada as farinhas e pães convencionais, não faz tanta diferença se o pão é branco ou integral, preocupe-se em como você irá construir o seu pão>> o que você irá colocar sobre ele, como irá recheá-lo.
Como você acompanha o pão é a condição para que você não ganhe peso e não desenvolva doenças de desordem da glicemia – que hoje, se sabe, envolve muitas outras formas de diabetes, como a do cérebro, a recém denominada Diabetes tipo III, que você conhece como Alzheimer.