PARA O GAÚCHO LEMBRAR QUE TAMBÉM É ALEMÃO

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Diferente das outras do calendário por durar oito dias (pela sua importância) a Semana Farroupilha de Canela de 2024 vai novamente trazer um viés cultural interessante, mesmo para quem respeita mas não é um cultuador do tradicionalismo.

O escritor, jornalista, professor e advogado Márcio Cavalli mais uma vez colabora na organização do evento ao propor temas, sendo que um (dos dois deste ano) é 200 anos da imigração alemã ao RS.

E a tradição gaúcha, com isso?, pergunta a legião de leigos, que talvez inclua muitos tradicionalistas. Pois aí é que reside a importância de uma boa Semana Farroupilha, além do lado artístico. Márcio partiu do princípio de que, assim como o gaúcho ajudou a desenvolver a agricultura e pecuária em diversos estados do Brasil – ou seja, “exportou” o amor às coisas da terra -, a tradição é enraizada na nossa gente também porque aceitamos contribuições de quem veio para cá. “A alemã é etnia protagonista na formação do povoado de Canela e na formação do gaúcho em nossa região, inserindo costumes, danças, atividades econômicas e aspectos do folclore”, diz Márcio, que convidou um conhecedor do assunto, Marcelo Wasem Veeck, para trazer à tona diversos aspectos dessa simbiose alemães & gaúchos.

Marcelo Veeck antecipa ao leitor o teor da sua fala, nessa sexta (13), às 10h, no Multipalco da Praça João Corrêa, abrindo a Semana Farroupilha:

“Trata-se de uma abordagem sintetizada sobre as razões que motivaram o governo imperial do Brasil a desenvolver um programa de colonização na região Sul com povos de língua alemã, envolvendo interesses militares, sociais e econômicos. Suas contribuições para o embrionário da indústria gaúcha e o desenvolvimento de pequenas propriedades rurais, contrastando com as grandes extensões de terras das antigas estâncias e fazendas luso-açorianas; traz também aspectos desses povos imigrantes que influenciaram na cultura gaúcha, como música, dança, culinária e até mesmo no vocabulário regional, assim como na religiosidade e educação. Concluindo com os reflexos desses duzentos anos na sociedade gaúcha, da qual estima-se que 1/3 da nossa população é descendente de imigrantes germânicos”.


E A SEMANA TAMBÉM TERÁ O MOCINHO DO CINEMA GAÚCHO

O segundo subtema da nossa Semana Farroupilha é José Mendes, seresteiro e mocinho do cinema gaúcho: 50 anos de saudade. O Teatrão, ao lado do Multipalco, se pudesse abriria um sorriso ao saber que na quarta-feira (18) e na quinta (19), às 8:30, vai haver cinema no Multipalco, a exemplo do que acontecia ali, no saudoso Cine Marabá. A criançada e o público em geral que estarão lá para assistir a projeção de “Não aperta, Aparício”, estrelado por José Mendes na produção gaúcha de 1970, desta vez não vão poder fazer barulho com os pés antes de iniciar a sessão – isso só se fazia no cinema da família Selbach.

Referência no nosso cancioneiro popular, José Mendes (à direita, em cena de filme) também atuou no cinema e contracenou com Grande Otelo e José Lewgoy. Mendes foi cantor que estourou nacionalmente – e até em Portugal – com Para, Pedro. Ele faleceu cedo, aos 34 anos, em 1974, em acidente rodoviário.

Pergunta ao leitor: você sabe a história que motivou o Para Pedro? José Mendes viajava numa Kombi, para um show com colegas. O veículo quebrou, eles embarcaram em um ônibus e, a certa altura, dois ocupantes do coletivo começaram a discutir, até que um deles largou um “Para, Pedro!”. Mas Pedro, que queria confusão, não parava, até que o interlocutor voltou a falar: “Pedro, para!” Encerrada a viagem, José Mendes e Portela Delavy aproveitaram o rico diálogo dos briguentos e compuseram o famoso xote.


VENHAM OUVIR A PROFESSORA PALMYRA

Nessa sexta-feira (13) vai acontecer mais uma edição do Encontro com a Memória. Falando em memória, quem vai clarear a nossa sobre educação e música (ainda se dedica a ela) é uma referência no assunto em Canela. A alfabetizadora e professora de música Palmyra Colombo (83) vai recordar fatos como a vinda para cá em 1961, e que um dos motivos era aperfeiçoar-se no piano com Helma Schmitt. O Encontro com a Memória acontece no Cidica, na Rua São Francisco, às 19h30. Realização da Memorial Canela. Também se apresentará o Coral da Igreja Católica de Canela / Sonarte.

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