Nane de Souza – Nutricionista
Uma das maneiras de aplicar a alimentação saudável na sua vida é aprender a reconhecer os alimentos que trazem saúde. Neste sentido, o Guia Alimentar da População Brasileira, do Ministério da Saúde, ensina a interpretar e selecionar o que é um bom ou mau alimento a partir do grau de processamento industrial, e não por outros fatores, como valor calórico do alimento ou a sua quantidade de carboidratos.
O Guia Alimentar da População Brasileira, em sua última versão atualizada (2014), explica os alimentos:
Alimentos in natura: são obtidos diretamente de plantas ou de animais e não sofrem qualquer alteração após deixar a natureza. Exemplos: carne, verduras, frutas, batata e outras raízes e tubérculos, nozes e castanhas, leite.
Alimentos minimamente processados: são alimentos in natura que foram submetidos a algum beneficiamento, como moagem, fermentação, pasteurização. Exemplos: arroz, feijão, farinha de mandioca, leite em pó, iogurte natural sem açúcar, suco pasteurizado (o resfriado sem adição de açúcar).
Alimentos processados: são alimentos in natura que passaram pela adição de açúcar, sal ou óleo para aumentar a durabilidade e intensificar o sabor. Exemplos: sardinha em lata, fruta em calda, pepino conservado em salmoura, carne seca.
Alimentos ultraprocessados: são produtos industriais em que a substância alimentícia é apenas derivada de um alimento in natura, todo o restante da constituição é gordura hidrogenada, além de realçadores de sabor e corantes sintéticos, e vários tipos de aditivos para dotar os produtos de propriedades sensoriais atraentes. Exemplos: salgadinhos de pacote, biscoito recheado, cereais de milho açucarado, macarrão instantâneo, empanados tipo nugget, refrigerante.
A Regra de Ouro para se alimentar de forma saudável, segundo o Guia Alimentar Brasileiro: Prefira sempre os alimentos in natura e minimamente processados e suas preparações culinárias a alimentos ultraprocessados.
O Guia Alimentar da População Brasileira é um documento oficial do Ministério da Saúde. Ele foi criado para nortear ações dos profissionais do SUS com a população, mas serve e deve ser utilizado por qualquer pessoa que deseje ou precise se instruir para prevenir ou sair de doenças advindas da desnutrição (carência de um ou múltiplos nutrientes) e obesidade (excesso de alimentos errados).