Mario Palermo em Canela, em 2014
Artista plástico que privilegiou Canela com a sua presença durante muitos anos, Mario Palermo está sendo homenageado com um mostra de seu talento incomum. Na falta atual de um espaço público em Canela para receber à altura a exposição, agradeçamos ao Centro Municipal de Cultura de Gramado. E que a distância de 6 km até o CMC, junto ao lago Joaquina Rita Bier, não sirva de desculpa para você não ir apreciar, até 31/10, o trabalho deste grande escultor, ceramista e pintor, falecido em 2015.
Mario Palermo, uma vida de arte, é uma exposição póstuma com curadoria da mulher com quem ele viveu por muitos anos, a artista Kira Luá. Kira é, juntamente com os filhos de Mario, detentora do acervo.
Em agosto de 2014 pude ir ao lugar, no interior de Canela, onde Mario e Kira viveram. O Solar Azul do Galo Cantante era um sítio com natureza exuberante que favorecia a inspiração do casal e onde ele compartilhava generosamente a sua técnica e expertises. Decimo Mario Francesco Matucci Palermo lembrou suas andanças e contou fatos pitorescos, como o destino do primeiro dinheiro que ganhou vendendo entalhes, no Uruguai: uma calça Lee americana.
Italiano de berço (da Calábria), uruguaio de formação (estudou Medicina, Psicologia e Belas Artes em Montevidéu), brasileiro por opção desde 1982, Palermo sofreu nas garras da ditadura uruguaia, uma fase triste que ele soube mostrar em algumas peças. Mas seguiu em frente, com a sua arte como bálsamo para as feridas, galho que vergou mas não quebrou, da árvore que explodiu em frutos na forma de obras de arte.
Um pouco do muito que há na exposição de Palermo
No sábado tem teatro lambe-lambe
O nome deste teatro encenado em pequenas caixas, para uma “plateia” de uma ou duas pessoas, faz alusão ao trabalho dos antigos fotógrafos de rua, cujas máquinas eram caixotes sobre tripés e as fotos eram reveladas lambendo-se os filmes. A Sétima Mostra de Teatro Lambe-Lambe acontecerá no sábado, 19, em Canela. Às 11h, no Complexo Esportivo Grande Canelinha – Vila Miná; às 15h, na Estação Campos de Canella.
Assisti a uma edição desta mostra há alguns anos atrás, no Centro Social Padre Franco, e sai perplexo. Não imaginava que tinha tanta magia e talento escondidos dentro daquelas caixas. Desta vez, os espetáculos simultâneos serão “O Pequeno Príncipe e a Raposa” “e “O Pequeno Príncipe e o Reizinho” de Daiene Cliquet; “A Visita” e “O Rapto” com Sandra Coelho e Leandro Maman, do Grupo Éranos Círculo de Arte, de Itajaí/SC; “Come-come”, com Juliana Graziela, de Cuiabá/MT; “Lanche Rápido” com João Vasconcelos e “A Caixa” com Alex Kleine, do Coletivo Caixa de Pandora de Porto Alegre. Se chover, rola tudo na Estação Campos de Canela.
Leandro Maman e os espetaculozinhos O Pequeno Príncipe e o Reizinho e Come Come
Chegou!
O livro chegou da gráfica, vejam a cara de alegria do autor e do protagonista da história. Tive o prazer de escrever a trajetória de Gilberto Thoen (à esquerda), por trekkings e montanhas pelo mundo afora. Faltam apenas 25 passos será lançado em breve.