VIDA LONGA ÀS FERNANDAS

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A Salada Cultural dessa semana homenageia duas Fernandas que orgulham o Brasil em uma época de certa desesperança nesse país de imensas possibilidades que, como sempre, só se concretizam em parte. Um imenso e heterogêneo território cujo povo tem alternado voto e salvo conduto para a direita e a esquerda, e as duas não mostram competência, por razões que enchem páginas. Vivemos num país que desperdiça potência patinando, avança pouco. Por isso, celebremos quando alguém daqui mostra excelência ao mundo através do cinema. Mesmo que essa arte premiada mostre as mazelas do país lindo e sofrido, como nas grandes realizações Central do Brasil e Ainda estou aqui.

Catapultada à fama na mídia em diversos países, a atriz Fernanda Torres é prova acabada que genética e privilegiada influência familiar podem, sim, resultar em um grande talento. Some-se dedicação e todo um entorno humano propício, temos mais um produto brasileiro fora da curva, uma artista cuja trajetória registra coincidências, ou conspirações do destino, com a da própria mãe, Fernanda Montenegro.

Trajetórias semelhantes

Se você, que talvez lembre de Central do Brasil (1988), não viu Ainda estou aqui, vá ver, continua em cartaz no Cine Gracher, na Havan. É mesmo muito bom, sem entrarmos no mérito de merecer ou não os Oscar a que concorre. Se bem lembro, até fiquei mais impactado com o Central do Brasil da Fernanda mãe, mas a Fernanda filha também atua magistralmente em Ainda estou aqui.

Alguns pontos em comuns das duas películas: Mesmo diretor, Walter Salles; Mesma busca por um pai, seja por parte menino Josué (interpretado por Vinícius de Oliveira) depois da morte da mãe, seja por uma família depois que as forças da Ditadura Militar levam o chefe de família Rubens Paiva (interpretado por Selton Mello); Dentre premiações no exterior, os dois filmes foram aclamados em mesmo certame: Globo de Ouro foi concedido a Central do Brasil, como melhor filme, e a Ainda Estou aqui na categoria melhor atriz; Indicações semelhantes: por Central do Brasil, Fernanda Montenegro foi indicada ao Oscar de melhor atriz e o filme concorreu como melhor filme estrangeiro. O mesmo acontece agora com Ainda estou aqui, além do fato de este também concorrer a melhor filme.

Mãe e filha, as duas Fernandas na mesma produção, Ainda estou aqui.

ALGUNS FRAMES

  • Por que o mesmo nome para as duas? Porque Fernando Torres, o pai de Fernanda Torres, achou por bem “oficializar” uma das Fernandas, haja vista que a mãe só é Fernanda Montenegro artisticamente falando. Seu nome real é Arlette Pinheiro Esteves da Silva.
  • Fernanda Montenegro declarou ao saber da premiação da filha com o Globo de Ouro: “Desde os 12 anos, no grupo ‘O Tablado’, a Nanda já acontece como ser criativo. Cenicamente, é uma vocacionada desde cedo. O Golden Globe reconhece, pontua e ilumina essa grande atriz brasileira que é Fernanda Torres. É um fato difícil de se alcançar. Eu sei na pele. Como artistas, criadores, nós somos representantes de uma cultura altamente referencial, mas abaixo da linha do Equador. De vez em quando, nós conseguimos atravessar essa linha e temos o reconhecimento internacional do nosso talento amplo e irrestrito.”
  • Fernanda Torres também é escritora. Seu romance de estréia, Fim (Companhia das Letras), já vendeu 200 mil cópias. Fala de um grupo de amigos cariocas às voltas com a morte e as próprias frustrações, em linguagem flash, rápida, impaciente e divertida. É a Fernanda Torres em versão impressa. O livro já foi adaptado para uma série homônima, lançada no Globoplay.

Cineclube, o retorno

Falando em cinema, neste fim de semana o Gramado Cineclube retorna, para sessões com dois filmes considerados novos clássicos.

No sábado (22), será exibido “Sinédoque, Nova York” (2008) do cultuado diretor e roteirista Charlie Kaufman. A obra faz um paralelo entre o teatro, a vida do personagem e o cinema. A sessão começa às 19h no Museu Estação Férrea, na Várzea Grande (Rua Oscar Wille, 165 – Vila do Sol) e terá participação do cineasta gramadense Enrico Peccin, que conduzirá o debate ao final do filme.

Já no domingo (23), o Cineclube exibe “Quero ser John Malkovich” (1999) filme que aborda o mundo do bonequeiro interpretado por John Cusak com participação de Cameron Diaz. O evento acontece no Ateliê do Centro de Cultura Arno Michaelsen, junto ao Lago Joaquina Rita Bier, às 19h. Após a sessão, dois convidados: os bonequeiros gramadenses Beth Bado e Nelson Haas. A entrada é franca e a classificação para os dois eventos é de 14 anos.

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